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Projeto do IFSC recebe financiamento da Fapesc para estudar modos de conservação do mel de abelhas sem ferrão

PESQUISA Data de Publicação: 30 mar 2021 09:35 Data de Atualização: 31 mar 2021 11:14

Um projeto do Câmpus São Miguel do Oeste do IFSC, que vai estudar modos de conservação do mel de abelhas sem ferrão, foi aprovado na Chamada Pública nº 23/2020 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Com isso, o projeto recebe investimento de R$ 30 mil e terá o prazo de 24 meses para ser executado.

Com o título “Mel de abelhas sem ferrão: estratégias de conservação para garantia de parâmetros de qualidade e para estabilidade de compostos bioativos”, o projeto é coordenado pela professora Stefany Grutzmann Arcari e faz parte dos trabalhos do Grupo de Pesquisa em Análise de Alimentos do Câmpus São Miguel do Oeste do IFSC.

A proposta de pesquisa surgiu de uma demanda da sociedade, que veio do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional e da Epagri, para qualificar a produção de mel de abelhas sem ferrão. Esse mel, reconhecido pelo seu benefício à saúde, é muito produzido na região, mas ele não se conserva por muito tempo. Isso porque tem um conteúdo de água mais elevado em relação a outros tipos de méis, como o da abelha africana (Apis mellifera), que é a espécie mais conhecida no Brasil. 

Proposta de trabalho

Com o intuito de aumentar o tempo de vida útil do alimento, a pesquisa vai comparar três modos de conservação: a refrigeração, por ser um método mais barato e mais acessível aos produtores; a pasteurização, tratamento térmico para minimizar a carga microbiana e impedir a fermentação do produto; e a desumidificação para diminuir o conteúdo de água do mel. 

Entre as diversas espécies de abelhas sem ferrão, o trabalho vai se dedicar ao estudo das três mais criadas na região, que são a mandaçaia (Melipona quadrifasciata), jataí (Tetragonisca angustula) e mandaguari (Scaptotrigona postiça).

Após a aplicação dos modos de conservação, o produto vai ser monitorado durante o período de 15 meses. A partir daí será possível chegar na resposta de qual deles garante o melhor resultado sem perda dos compostos bioativos, que são os responsáveis pelos efeitos benéficos à saúde, como a ação anti-inflamatória, antioxidante e a prevenção de doenças.

“O objetivo é conseguir dar uma resposta sobre qual metodologia é a mais adequada para a conservação do mel, para que ele consiga se adequar aos parâmetros de legislação nacional e internacional e acabe se comportando como o mel da Apis mellifera”, explica a professora Stefany. 

Além do valor de financiamento, o projeto recebe uma bolsa de iniciação científica para um estudante participar da pesquisa. “Recebi a aprovação com bastante alegria pelo fato que vamos conseguir fazer um investimento bem significativo no nosso laboratório de análise instrumental de alimentos, e também vamos ter a oportunidade de resolver um problema real da sociedade e estimular o emprego de novas tecnologias para consolidar a comercialização e consumo dos méis de abelha sem ferrão”, relata a professora Stefany.

A equipe é formada pelos professores Stefany Grutzmann Arcari (coordenadora do projeto), Adinor Capellesso, Priscila Flores Aguirre, Fernanda Stoffel, Roberta Garcia Barbosa, Keli Cristina Fabiane; pela técnica de laboratório Francieli Maria Libero; e pela bolsista de iniciação científica Thaiane Caroline Mezzalira, do curso de Agronomia do Câmpus São Miguel do Oeste do IFSC.

 

CÂMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE PESQUISA NEWS

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