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Egressa do técnico integrado expõe pinturas no Museu de Artes de Canoinhas: “Foi no IFSC que conheci a aquarela”

EVENTOS Data de Publicação: 06 mai 2021 17:41 Data de Atualização: 07 mai 2021 09:39

Dos primeiros exercícios em aquarela nas aulas de Artes do curso técnico integrado em Alimentos, no Câmpus Canoinhas, à primeira exposição, foram quatro anos, muitas experiências, bastante treino, algumas dúvidas e uma gratidão: “A arte no IFSC é totalmente diferente. A gente aprende a valorizar as coisas que o ambiente que a gente está valoriza”, destaca Nicolly de Castro, que está com onze aquarelas em exposição no Museu de Arte de Canoinhas (MAC).

Conforme Nicolly, foi quando começou no IFSC que percebeu sua afinidade com a arte. “Foi a primeira vez que eu pude estudar numa escola que tinha um laboratório de artes daqueles, com materiais bons e que estavam à disposição da gente”, relata Nicolly, sem esquecer outro fator importante neste processo, o papel da professora de Artes, Micheline Raquel de Barros. “Mesmo sendo uma matéria com poucas horas de aula, a professora Micheline se empenhava em passar as técnicas e fazer a gente praticar, emprestando material para levar pra casa ou deixando a gente ficar mais tempo no laboratório. Foi assim, no IFSC, que conheci a aquarela, uma das técnicas que mais gosto”, conta.

Para a jovem artista, a pintura e a arte como um todo têm o papel de identificação. “É mais fácil para eu me conhecer a partir da perspectiva da pintura”, comenta Nicolly, que gosta especialmente de retratar mulheres em seus trabalhos, inspirada no exemplo da mãe e das duas irmãs. “Representação de força é mulher pra mim.”

Nicolly concluiu o curso técnico no final de 2019 com o sonho de fazer um curso superior de Artes Plásticas, mesmo sabendo das dificuldades que teria para se manter longe de casa, já que a região não tem curso gratuito nesta área. No ano passado, trabalhou para juntar dinheiro e se dedicou aos estudos preparatórios para o Enem. No início deste ano, conseguiu uma vaga no curso que queria, em Belo Horizonte – MG, mas precisou voltar.

Passada a frustração inicial, a oportunidade da exposição lhe deu um novo ânimo. “Antes, achava que precisava que a arte fosse meu ambiente de trabalho. Mas, entendi que não poderia desistir, mesmo que demore até que se torne algo profissional”, analisa Nicolly, que vai iniciar o curso de Letras Português-Espanhol na Universidade Estadual do Paraná (Unespar).

O lugar da aquarela nas aulas

Aquarelista, professora Micheline tem boas justificativas para inserir a aquarela nas aulas de Artes com os alunos dos cursos técnicos integrados, apesar de ser uma técnica que exige bastante treino: a tinta rende muito, é de fácil manipulação, preenche desenhos com facilidade e, principalmente, é lúdica, desperta a intuição e, por envolver água no preparo, ajuda no equilíbrio emocional.

Micheline usa a técnica para trabalhar, no mínimo, em dois conteúdos: vitrais da arte gótica e arte imperial no Brasil, a partir do estudo das obras do pintor francês Jean-Baptiste Debret. “A Nicolly sempre foi uma aluna excelente, em todas as áreas de conhecimento. Mas se destacou nos projetos culturais. Nas aulas de aquarela, emprestava o estojo da aquarela de pastilha e trazia de casa vários exercícios maravilhosos. Demonstrou um talento e uma devoção pela pintura que são cativantes”, elogia Micheline.

Para a professora, acompanhar o crescimento da aluna e agora egressa lhe traz uma força muito grande. “Meu papel é estimular arte na vida das pessoas, para que se realizem como seres humanos. Estou muito orgulhosa desta semente que apenas reguei, como uma jardineira que rega um jardim. Nicolly é uma flor em potencial que eu reguei, mas que saiu sozinha, está ganhando o mundo e jogando seus frutos para Canoinhas com esta exposição”, orgulha-se.

A exposição

A exposição dos trabalhos em aquarela de Nicolly de Castro no MAC começou domingo (2) e segue até 15 de maio. O espaço é compartilhado com desenhos de outro artista local, Rafael Michel, que também representa figuras humanas em seus trabalhos O evento é organizado pela Fundação Cultural Helmy Wendt Mayer.

O espaço é aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30. É obrigatório o uso de máscara e respeito aos demais protocolos de biossegurança.

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