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Estudantes e professores do Câmpus Florianópolis lançam livro sobre técnicas que usam plantas para imprimir imagens e fotos

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 24 set 2021 17:40 Data de Atualização: 27 set 2021 15:55

Nesta sexta, dia 24, às 19h, será realizado ol ançamento do livro digital Desfazendo Invisíveis – um passeio pela antotipia e fitotipia, escrito como parte do projeto de ensino, pesquisa e extensão “Desfazendo invisíveis: as mulheres naturalistas e suas obras em impressões fotográficas experimentais de fitotipia e antotipia”. A live de lançamento estará disponível neste link.

Contemplado pelo Edital nº 18/2019 do IFSC/ Câmpus Florianópolis, o projeto, inicialmente, procurou desfazer os invisíveis que foram sendo constituídos historicamente, tanto em relação às mulheres, quanto aos processos de antotipia e fitotipia. A ideia foi do professor de Biologia Eduardo Silveira, que já conhecia as técnicas – de forma resumida, são processos de impressão fotográfica usando materiais obtidos de plantas ou mesmo a impressão de imagens ou fotos em folhas de árvores e flores (clique aqui para fazer o download gratuito do livro e entender melhor).

“Eu achei interessante propor as técnicas, mas envolvendo também alguma outra questão. Sempre procuro tornar o aprendizado agradável e mais instigante. E a Botânica gera esse desafio, pois os alunos normalmente não tem o desejo de estudar plantas. Eu conhecia sobre a história de algumas mulheres na área e percebi a importância de valorizar o trabalho das mulheres na história como ilustradoras científicas, naturalistas e cientistas ao longo do tempo, até porque hoje temos muitas mulheres nos cursos técnicos e é preciso que se perceba que a invisibilidade da contribuição feminina foi algo criado, pois as mulheres sempre tiveram muita participação na ciência”, explica o professor, que teve a parceria do professor de Química Marcel Piovezan na organização do projeto e do livro.

“Trabalhar no projeto foi um desafio pra mim, principalmente porque eu sempre tive dificuldade com a matéria de Biologia, mas os professores e as minhas colegas fizeram tudo ficar mais divertido e fácil também! Outro desafio foi a adaptação do projeto na pandemia, tivemos que reinventar toda a ideia que inicialmente era pra ser feita no laboratório para utensílios e plantas que eram fáceis de conseguir”, conta Luisa Yumi Kaneko, aluna do curso técnico integrado em Química, que assina o livro com Jasmim de Campos Vasques, também do integrado em Química, e Laura Maciel Moreira, do curso técnico integrado em Eletrotécnica.

O desafio da pandemia também foi sentido por Jasmim. “Trabalhar nesse projeto foi uma experiência incrível e muito enriquecedora. Principalmente na situação que estamos, de pandemia com aulas remotas. Isso porque sinto que aprender as técnicas de antotipia e fitotipia (as quais desconhecia antes de iniciar a pesquisa) acabou por me dar mais autonomia e segurança em realizar pesquisa teórica e experimentação caseira, longe do laboratório, mas com base científica”.

“Eu não conhecia nenhuma das técnicas e, por terem sido pouco utilizadas ao longo da história, também era difícil de encontrar algumas coisas em relação a elas. O que eu achei de mais legal foram os resultados, porque a gente nunca sabia se ia funcionar ou não até ver as imagens prontas, é uma técnica bastante empírica, só fazendo pra ver”, relembra Yumi.

“O fato do projeto ser composto por várias partes diferentes, com vários resultados e abordagens distintas tornou tudo muito especial. Por isso, por mais que tenhamos passado mais de um ano com o mesmo projeto, não foi cansativo! Fizemos pesquisa teórica, diversos experimentos, ministramos duas oficinas, publicamos um artigo no congresso online de química, escrevemos um livro. Foi muita coisa mesmo!”, comemora Jasmim, que ainda elaborou o projeto integrador de conclusão do curso. “E melhor de tudo é que todos os resultados foram muito bonitos pois as técnicas são lindas e muito sensíveis”, finaliza a estudante.

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