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Curso de Gestão de Turismo torna conteúdos acessíveis a pessoas com deficiência visual

EXTENSÃO Data de Publicação: 11 nov 2021 16:43 Data de Atualização: 11 nov 2021 17:00

O lazer é um direito de todos. Mas para quem tem deficiência visual, algumas barreiras tornam até o acesso à informação mais difícil. Nas redes sociais, por exemplo, muito conteúdo não chega até essas pessoas, que utilizam um software específico para leitura do que está na tela. Mas o que não está escrito, não tem como ser lido. Por isso alguns perfis utilizam a descrição das imagens. E é isso que o projeto do Curso de Gestão de Turismo do Câmpus Florianópolis-Continente no Instagram está implantando nas publicações a partir deste mês. Acesse aqui o perfil.

A proposta veio de duas alunas do curso durante a Unidade Curricular de Acessibilidade no Turismo, em que um dos objetivos é despertar a empatia dos estudantes, como destaca o professor Uéslei Paterno. Juliana Xavier de Bastos e Yhasmin de Cássia da Cunha Messa perceberam a importância de ver o Turismo sob esse aspecto: "Tem tanta coisa simples que pode ser feita. Seremos gestores e precisamos pensar nas ações para ampliar o acesso ao Turismo", afirma Juliana.

Internet muito longe do ideal

Da ideia surgiu a necessidade de um diagnóstico sobre o tema. Elas foram atrás de legislação, pesquisas e práticas na internet. Yhasmim cita uma pesquisa do Movimento "Web para Todos" realizada este ano: "Apenas 0,89% dos sites tiveram sucesso em todos os testes de acessibilidade aplicados, de um total de 16,89 milhões de sites ativos no Brasil. Um número muito aquém dos quase 25% da população que precisa destas ferramentas."

Sob coordenação do professor Uéslei, elas estão analisando metodologias e formas de fazer a descrição, já que não há uma norma estabelecida, mas orientações de entidades que atuam com descrição.

Nas imagens acima, é possível ver dois posts com descrição, um deles é do Titanic. Toda semana o perfil de Gestão de Turismo traz a dica de um filme que tem relação com Turismo. Com a descrição da imagem, pessoas com deficiência visual também têm acesso ao conteúdo do post.

#PraTodosVerem

Uma das questões estudadas pelo grupo é o uso de hashtags para indicar que o assunto tem a descrição. A precursora e com maior número de publicações é a #pracegover, mas que não atende todas deficiências visuais, como o daltonismo. Por isso, optou-se por utilizar as mais abrangentes, como #PraTodosVerem #WebParaTodos e #AcessibilidadeDigital. 

A proposta é também validar os posts com o público específico. Segundo Juliana, ao longo das postagens o trabalho será aprimorado. "Estamos dando um passo de formiguinha, mas que é muito importante. Entendemos que a educação inclusiva não é fazer igual para todos. É fazer diferente para que todos tenham as mesmas oportunidades."

A coordenadora do projeto, professora Fabiana Calçada de Lamare, destaca a importância de a extensão estar atuando também na inclusão. "Fico muito feliz por termos novos participantes no projeto, discentes e docentes, inserindo novas ideias e ações, e por estarmos proporcionando um maior alcance do conhecimento para os diversos públicos."

Live apresenta descrição para público

Para compartilhar todo esse conhecimento e discutir a importância de inserir a acessibilidade ao projeto do Instagram do curso, os dois professores e as duas estudantes farão uma live no canal do Instagram no dia 18 de novembro às 17h.

Mas para quem ficou interessado em saber como fazer a descrição, a seguir algumas dicas:

- Ao fazer a descrição da imagem, é preciso que ela seja completa, começando da esquerda para direita e de cima para baixo, apontando tudo o que é mostrado de uma maneira imparcial; 
- A mesma regra deve ser utilizada para gráficos, gifs e outros recursos visuais que não podem ser transformados em textos; 
- Opte por um tamanho maior – o tamanho 14 é uma sugestão, e cuidado com o tipo de fonte. Algumas são difíceis de ler até mesmo para quem não possui perda visual; 
- Coloque menções e hashtags ao final do conteúdo; 
- Limite o uso de emojis e evite usar arroba ou a letra X como recurso de linguagem neutra. Em vez de “tod@s” ou “todxs”, por exemplo, prefira “todes” ou “todas e todos”; 
- Escreva com uma linguagem clara, com pontuação, acentuação e gramática corretas.

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