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Conheça o RepeTEA, um jogo de treino de memória por repetição desenvolvido em projeto do Câmpus Joinville

EXTENSÃO Data de Publicação: 09 dez 2021 10:27 Data de Atualização: 23 dez 2021 10:55

Quatro figuras geométricas e um desafio: memorizar e repetir a sequência em que as figuras aparecem. Esta é a base do RepeTEA, um jogo para celular de treino de memória por repetição, criado no Câmpus Joinville pelo projeto “Desenvolvimento de jogos sérios para plataformas móveis com temas voltados ao transtorno do espectro autista”.

O aplicativo para sistemas Android está disponível gratuitamente na loja virtual do Google e não tem restrições de público. “É um jogo genérico de entretenimento, mas que estimula a memorização”, explica o coordenador do projeto e professor da área de elétrica do Câmpus Joinville, André Bonetto Trindade.

Ao iniciar o RepeTEA, uma sequência de figuras aleatórias é gerada. O jogador deve memorizar a sequência e a repetir em seguida. Para avançar de fase, precisa acertar mais de 50% da sequência. A cada nova etapa, a sequência aumenta, desafiando a memória do jogador.

Clique aqui para assistir ao vídeo explicativo sobre o jogo

Jogos sérios e autismo

Por ter finalidades a mais que o entretenimento, o RepeTEA entra na classificação de jogos sérios, que são os jogos com propósito. Neste caso, o objetivo é que ele também possa ser jogado por autistas, tanto como lazer quanto para apoio no processo de aquisição ou treinamento de habilidades.

Para isso, o projeto levou em consideração orientações repassadas por especialistas em transtorno do espectro autista (TEA), como psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, consultados pela equipe. As principais preocupações foram trabalhar inicialmente com objetos simples e evitar situações repentinas (sustos), muitos estímulos ao mesmo tempo e fundos musicais (principalmente comerciais).

“Esse trabalho me acrescentou um conhecimento que vou levar pra vida. Hoje, eu posso dizer que minha empatia e sensibilidade estão mais vivas. Além disso, este projeto desenvolveu muito a minha criatividade”, conta a aluna bolsista do projeto, Rayanne de Souza Pinto, do curso técnico integrado em Eletroeletrônica, que também aprimorou seu conhecimento técnico de programação.

A equipe do projeto contou com a participação da professora Joice Luiz Jeronimo, também da área de Elétrica do Câmpus Joinville do IFSC, e com a colaboração do professor Marcelo da Silva Hounsell, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que orienta professor André Bonetto em outro projeto relacionado a jogos sérios e autismo, no mestrado em Engenharia Elétrica.

Pai de uma criança diagnosticada com autismo, professor André busca conciliar os objetivos acadêmicos e profissionais com suas motivações pessoais, por mais conhecimento no tema. “A motivação profissional é que me identifico bastante na área de programação e desenvolvimento de jogos e aplicativos, que é bastante ligada aos cursos de Eletroeletrônica e Engenharia Elétrica em que atuo. Sei também, como docente, que temos alunos diagnosticados com transtorno do espectro autista e quanto mais nos aprofundarmos neste tema, mais poderemos nos adaptar e entregar uma educação de qualidade para todos”, enfatiza.

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