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Estudante de Jaraguá do Sul é vice-campeã de concurso nacional

CÂMPUS JARAGUÁ DO SUL-CENTRO Data de Publicação: 10 dez 2021 16:52 Data de Atualização: 29 nov 2022 08:25

A estudante do curso superior em Design de Moda do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Tainara Ribeiro, alcançou o segundo lugar na etapa final do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva. A etapa reuniu 20 candidatos que mostraram trabalhos de artes e moda voltados à produção de roupas para pessoas com deficiência. Tainara conquistou o pódio com um projeto focado em roupas de casamento para pessoas com nanismo.

A final do prêmio ocorreu no início de dezembro, em Florianópolis. Além de representar o IFSC na final, a estudante de Jaraguá do Sul era a única participante vinda de uma instituição pública catarinense. Atualmente ela está matriculada na 5ª fase da graduação em Design de Moda no Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, mas também é egressa do extinto curso técnico em Produção e Design de Moda do câmpus.

Para Tainara, o resultado obtido na final do Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva representa uma grande realização. “Quem me conhece sabe como eu me dediquei por inteiro a esse trabalho: passava boa parte da semana e do final de semana trabalhando para esta final. Mas fiz tudo com muito amor”, conta.

A segunda colocação rendeu à estudante do IFSC uma máquina de costura nova, três tipos de tecidos e um estágio de uma semana numa grande empresa têxtil da região Sul.

Sobre o projeto apresentado

Apesar de ter 1,78 metro de altura, Tainara decidiu se dedicar ao estudo do corpo e do vestuário para pessoas com nanismo ou deficiências similares. A aproximação com o tema, porém, começou em 2018, quando entrou no curso técnico em Produção e Design de Moda, também do IFSC de Jaraguá do Sul. “Desde o primeiro dia os professores nos chamaram a atenção para a moda inclusiva, nos disseram para ‘abrir a mente’ e sair da mesmice. E é fascinante quando você começa a focar nesse tema”, diz.

Para concluir o curso técnico em 2019, a estudante optou por realizar seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) abordando as dificuldades de encontrar vestidos de noiva e de madrinha de casamento por quem tem nanismo ou deficiências semelhantes. “Eu identifiquei uma grande dificuldade relacionada à busca de vestidos para festa. Nas lojas, por exemplo, as opções de ajuste ficam muito restritas à altura. Mas é um absurdo, pois ninguém tem o corpo igual a ninguém. Para este público, então, fica ainda mais difícil, pois existem medidas do corpo que não são facilmente ajustáveis”, explica.

Um outro desafio foi a valorização da feminilidade das modelos escolhidas por Tainara. “Elas me contaram que as roupas que precisam vestir muitas vezes são infantis. Mas estamos falando de mulheres adultas e um pedido importante que me fizeram foi que as roupas refletissem essa feminilidade”, destaca.

O trabalho desenvolvido por Tainara Ribeiro já foi colocado à prova no desfile de conclusão de curso realizado em 2019, no IFSC. Porém, o trabalho precisou evoluir, com novas adaptações e melhorias, e foi levado à passarela na final do Prêmio Brasil de Moda Inclusiva, em Florianópolis, com três modelos escolhidas pela estudante para apresentar os looks desenvolvidos. Foram, no total, 60 modelos representando os 20 projetos finalistas.

Resultado coletivo

Segundo Tainara, o resultado na final do concurso de moda só foi possível devido à contribuição de muitas pessoas em diversas etapas do projeto. A produção dos vestidos e demais arranjos, por exemplo, precisou ser custeada pela estudante. Porém, devido ao valor financeiro envolvido, foi necessário contar com doações que vieram por meio de rifa, vaquinha online e diretamente de empresas. “Como era um projeto muito delicado, com tecidos e aviamentos para noivas e madrinhas, foi um gasto significativo. Fora o custo de ir até Florianópolis com minhas modelos”, lembra.

Além do dinheiro, também foi preciso contar com a ajuda direta de professores e técnicos de laboratório do curso de Design de Moda. “Foram colaborações importantes, muitas vezes fora do horário de aula. Por isso sou muito grata a cada uma delas que se dispuseram a me ajudar. Eu criei, desenvolvi o projeto, deixei pronto, mas por trás houve muitas pessoas que ajudaram. Por isso que eu falo que juntos conseguimos fazer a diferença”, afirma.

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