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Estudantes do Câmpus Canoinhas desenvolvem aplicativo para associação de pacientes oncológicos organizar recebimento de doações

CÂMPUS CANOINHAS Data de Publicação: 05 jan 2022 12:20 Data de Atualização: 05 jan 2022 12:50

De um lado, a secretaria da Associação dos Pacientes Oncológicos da Região de Canoinhas (Apoca) cadastra as intenções de doação recebidas por ligação telefônica ou mensagem. Em tempo real, a listagem com os produtos a serem retirados nas empresas ou residências é atualizada para o motorista que está fazendo a coleta na rua. No computador e no celular, está em ação um novo aplicativo desenvolvido por estudantes do curso superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Câmpus Canoinhas, para auxiliar a Apoca a otimizar o processo de coleta de doações.

O aplicativo em duas versões, uma para acesso via web e uma versão mobile, foi proposto para a unidade curricular Atividade de Extensão III e aprovado no edital Protagonismo Discente, lançado pelo IFSC para atender a demandas específicas da comunidade e contribuir com a formação técnica e cidadã dos alunos, por meio de atividades de extensão.

O projeto “Aplicativo de cadastramento e organização de doações para a Associação de Pacientes Oncológicos da Região de Canoinhas – Apoca” foi realizado pelos alunos Adam Slabadack, Daniel Wzoreck, Gustavo Ferreira de Souza, Jardel Pauluka, Ellen Spadotto, Giovanni Bruno, Guilherme Simões de Oliveira, Gustavo Pirró e Leonardo Rodrigues, com coordenação do professor Denilson Fagundes Barbosa.

Aprendizagem na prática

Para chegar à versão final apresentada à Apoca, o grupo utilizou uma tecnologia nova e bem requisitada no mercado, o React, que é uma biblioteca JavaScript de código aberto com foco em criar interfaces de usuário em páginas web. Na parte de gestão, o grupo trabalhou com divisão de tarefas em times de desenvolvimento, em que as funções gerenciais ficaram com os alunos bolsistas Adam, Daniel e Gustavo Ferreia, autores do projeto. As tarefas eram determinadas em reuniões semanais de trabalho com toda equipe e, além das atividades técnicas, incluíam apresentação em eventos acadêmicos e trabalhos de divulgação.

“Um projeto desta dimensão elevou nosso conhecimento, ao passo que foi necessário pesquisar bastante para poder vencer o desafio que impusemos a nós mesmos, que era criar um aplicativo com uma tecnologia até então desconhecida por nós. Acredito que moldar-se aos desafios e resolver problemas é o grande trunfo de um desenvolvedor de software, por isso é essencial desenvolver projetos diversos enquanto estamos na academia”, afirma o estudante Gustavo Ferreira. “Quando tivermos a oportunidade de dar mais um passo em nossas carreiras profissionais, como integrantes de times de desenvolvimento de grandes empresas ou órgãos públicos, já estaremos aptos a trilhar esse caminho”, complementa.

As etapas do projeto eram validadas pelo estudante Adam Slabadack, que desempenhou também o papel de cliente, já que trabalha como gestor da Apoca. No processo, ele atuou como um elo entre os desenvolvedores e a instituição, validando com os usuários do aplicativo questões como cores, fonte e informações necessárias, por exemplo.

“Este aplicativo faz parte de uma intenção da Apoca de modernizar seus processos e a parceria com o IFSC já rende frutos consolidados. Como somos uma ONG [organização não governamental], nosso orçamento para aquisição de softwares é escasso e as possibilidades são imensas”, ressalta o gestor da Apoca e estudante do IFSC.

Papel social

Criada em 1998, a Apoca conta hoje com mais de três mil pacientes cadastrados, de seis municípios da região do Planalto Norte: Canoinhas, Três Barras, Major Vieira, Bela Vista do Toldo, Papanduva e Irineópolis. “Ela presta auxílio a pessoas portadoras de câncer, de diversos tipos e em diversos estágios, e se mantém, desde a sua fundação, com o auxílio de doações oriundas de pessoas físicas ou jurídicas, sejam em valores financeiros ou em produtos que são, direta ou indiretamente, destinados aos pacientes cadastrados na instituição, de maneira inteiramente gratuita”, explica o gestor da entidade.

Antes do aplicativo, as doações eram anotadas em tiras de papel, o que tornava o processo oneroso e pouco ágil. “Sabemos o quanto processos ágeis auxiliam no crescimento das instituições e buscamos instaurar estes em todos os âmbitos possíveis”, enfatiza Adam Slabadack, enquanto gestor. “É um diferencial imenso o fato do IFSC disponibilizar o talento de seus acadêmicos para resolver problemas cotidianos da comunidade, isso demonstra o comprometimento em formar profissionais com um amplo conhecimento técnico, mas também com responsabilidade social”, enaltece Adam, pelo ponto de vista acadêmico.

Este é o segundo projeto que alunos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas fazem com a entidade. No primeiro projeto, foi desenvolvido o módulo de cadastramento de pacientes, que está em uso há cerca de um ano auxiliando com relatórios gerenciais estatísticos sobre os pacientes. Por mês, é realizada uma média de quatrocentos atendimentos nas diversas áreas de atuação, como assistência jurídica, acompanhamento de evolução médica, atendimento multidisciplinar com assistente social, nutricionista e psicóloga e fornecimento de auxílio para aquisição de medicamentos e alimentos, entre outras ações.

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