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Pesquisa no Câmpus Florianópolis quer implementar metodologia inédita para levantamentos topográficos urbanos

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 06 jan 2022 11:34 Data de Atualização: 06 jan 2022 12:04

Uma pesquisa de doutorado realizada no Câmpus Florianópolis pelo professor Rovane Marcos de França, do curso técnico em Agrimensura do Departamento Acadêmico de Construção Civil (DACC), está recolhendo dados para propor um novo método de implantação de redes de referência para levantamentos topográficos em áreas urbanas. Rovane é doutorando do Programa de Pós-Gradução em Ciências Geodésicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Quem já conhece bem o câmpus pode ter reparado em pequenos objetos instalados ao longo de paredes e muros e achar que trata-se de sensores de movimento ou câmeras de monitoramento. Na realidade, são prismas 360º, que permitem medições em qualquer direção. “No mercado existem prismas 360º que são todos importados e variam de R$5 mil a R$15 mil, dependendo do modelo e fabricante. Só o custo dos prismas inviabilizaria a minha pesquisa, já que para a comprovação do método foram necessários implantar 20 prismas 360º”, explica Rovane.

Os equipamentos foram desenvolvidos com o auxílio dos professores do DACC Ana Lígia Papsti de Abreu e Guilherme Braguirolli, e apoio do laboratório IFMaker, que viabilizou a impressão dos alvos em diversos materiais para testes, e do Departamento de Infraestrutura (Dinf), que realizou a instalação. Os prismas são recobertos com uma fita refletiva (tipicamente utilizada em caminhões para sinalização) permitindo executar as medições com estações totais de forma remota sem a necessidade de implantar os modelos de alto custo.

“A minha tese é em relação à metodologia, não ao prisma. Mas só o desenvolvimento do prisma já ajudaria tanto as empresas, que poderiam ter acesso a equipamentos mais baratos, aumentando a produtividade, quanto ao consumidor final, que poderá pagar mais barato para fazer um levantamento topográfico, passo obrigatório para qualquer construção. Levando em consideração um terreno urbano pequeno ou médio, o custo poderia ser até 50% menos”, destaca o professor, ressaltando que essa porcentagem de redução seria menor em terrenos maiores e com mais obstáculos, pois muito do valor do levantamento tem a ver com o tempo empregado nas medições.

Atualmente, as redes de referência utilizam marcos topográficos que ficam no chão (como na quarta foto acima). Toda vez que um levantamento é feito, é preciso colocar um prisma sobre o marco. Com a metodologia criada por Rovane, a ideia é que os prismas de baixo custo fiquem fixos em lugares públicos, facilitando a medição por qualquer pesquisador ou profissional.

Após a conclusão da tese de Rovane, os alvos continuarão fixos no Campus, permitindo outras pesquisas científicas e dando apoio às aulas do curso técnico em Agrimensura e Engenharia Civil. O professor pede à comunidade acadêmica, inclusive, cuidado para a preservação dos equipamentos e que, caso seja preciso alguma alteração nos espaços, que o curso técnico em Agrimensura seja avisado para tomar as devidas providências para o deslocamento dos prismas.

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