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Projeto de Extensão do Câmpus Lages cria biofábrica de insetos

CÂMPUS LAGES Data de Publicação: 21 fev 2022 14:55 Data de Atualização: 21 fev 2022 17:10

Neste semestre os alunos do Câmpus Lages do IFSC contam com mais uma opção de área experimental para os cursos da área de ambiente e saúde. Trata-se da Biofábrica de Insetos, um projeto de extensão que utiliza o espaço da Unidade Didática de Agroecologia para a criação de organismos vivos, neste caso insetos da espécie Tenebrios Molitor.

A intenção da biofábrica no campus é utilizá-la como espaço de pesquisa, ensino e extensão. "Para nós o interesse maior não está no inseto adulto em si, mas nas suas larvas. Temos duas espécies, o Tenebrio Molitor e o Tenebrio Gigante. Estes insetos são conhecidos como bicho-da-farinha.", explica a professora Rita de Cássia Freitas Santos, coordenadora do projeto.

Segundo a professora, o potencial dessas larvas é amplo, principalmente pelo seu percentual de proteínas, cujo teor é alto, sendo utilizados para alimentação de animais de cativeiro, como pássaros, lagartos e peixes. "Mas também podem compor ração para aves, suínos, bovinos e na piscicultura. Além disso, já é utilizado na alimentação humana não convencional, na forma de suplemento alimentar", completa.

Sustentabilidade

O custo para produção dessas larvas é baixo e necessita de um espaço pequeno, além disso quase não consome água da propriedade. O ciclo de vida do inseto é curto, ocasionando uma grande produção em um curto espaço de tempo. A coordenadora destaca ainda que o inseto tem uma facilidade de manejo e alta adaptabilidade a diferentes climas, sendo propício para ser cultivado em basicamente qualquer lugar.

Além disso, sua utilização pode ajudar na sustentabilidade ambiental. "Já existem estudos científicos que mostram que a carapaça das larvas, rica em quitina, pode gerar a produção de biofiltros. Essas larvas conseguem degradar plástico e até isopor, sendo um componente de descarte e eliminação de resíduos", adiciona.

Extensão

O projeto Biofábrica de Insetos ainda conta com uma projeção para além dos muros do câmpus. Além de usar o espaço para a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCCs) e de projetos do câmpus, a ideia é abrir para a visitação de escolas da região. "Também, estamos montando um material técnico com o passo a passo de como montar uma biofábrica para piscicultores da Serra Catarinense", finaliza. A unidade (biofábrica) está aberta, inclusive, para outros câmpus que tenham interesse em fazer uso das larvas para projetos de pesquisa, ensino e extensão.

"A experiência tem sido ótima, cada dia aprendendo mais sobre os tenébrios e com isso fazendo ligação com o meu curso é como unir o útil ao agradável", conta Adriano Sell, aluno do segundo módulo do curso técnico em Biotecnologia. O aluno completa afirmando que o leque de opções que a matéria-prima oferece é muito grande e com isso são grandes também as oportunidades. "Isso aumenta cada vez mais o meu nível de capacitação. E isso num mercado de trabalho tão concorrido como nos dias de hoje é importante", finaliza.

 
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