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Projeto do Câmpus Lages estuda estabilizante para uso em sorvetes

ENSINO Data de Publicação: 22 fev 2022 15:59 Data de Atualização: 11 mar 2022 15:14

Você compra um sorvete e dependendo do dia, ou da sua velocidade em devorá-lo, ele começa logo a derreter. Ainda, você compra um belo pote de napolitano cremoso e quando o guarda ele cria aquele gelo indesejado. A solução pode estar num projeto de pesquisa do Câmpus Lages do IFSC. O projeto "Desenvolvimento de estabilizante para sorvetes a partir de hidrolisados de gelatina com ação estruturante no cristal de gelo" é um dos que vem estudando formas de ajudar a resolver esses problemas.

"É uma linha que já temos há algum tempo, que é a criação de proteínas que têm ação em cristais de gelo (Peptídeos Crioprotetores). Isso é importante para diversos alimentos congelados, mas neste caso em específico estamos analisando a ação deles em sorvetes", conta João Provesi Provesi, coordenador do projeto e docente da área de Ambiente e Saúde do câmpus. A utilização do componente busca reduzir o crescimento do cristal de gelo durante o congelamento, com isso retardando a formação de gelo no produto e aumentando a conservação da qualidade do sorvete. Além disso, os resultados também mostram a sua atuação para um descongelamento mais lento do produto.

O professor explica que o projeto foi aprovado no edital 02/2020. Segundo ele, o objetivo era ser essencialmente prático, mas com a pandemia de Covid-19 ele teve que ser adaptado. Mesmo assim, João esclarece que o projeto foi concluído com a possibilidade de análise de resultados. "Algumas das análises foram feitas em casa mesmo, devido a pandemia, e isso gerou certa dificuldade no rigor científico, mas com os resultados preliminares conseguimos avançar para um novo projeto, que está em andamento", completa. O projeto ao qual o professor se refere é o "Utilização de hidrolisados de gelatina com ação estruturante no cristal de gelo e vácuo na conservação da qualidade de filés de trutas congelados", que está sendo executado com recursos do edital 02/2021 e que tem previsão de encerramento no meio deste ano.

O projeto contou com a participação de três bolsistas, sendo uma delas voluntária. As alunas eram dos cursos de tecnologia em Processos Químicos, técnico em Análises Químicas e Engenharia Química. "A participação de acadêmicos em projetos contribui muito na formação, pois a partir do projeto você aplica conhecimentos teóricos e vê como ele realmente funciona na prática, sem contar na contribuição extra de conhecimento que, infelizmente, não foi possível ter presenciado por conta das aulas on-line. A minha experiência em relação à participação do projeto foi muito importante, pois foi o meu primeiro contato realizando o primeiro projeto presencial e o retorno ao laboratório de pesquisa", conta Roberta Andrade Furtado, aluna da segunda fase do curso de Engenharia Química.

Ela completa reforçando as dificuldades do período pandêmico, porém reconhecendo que também foi um período muito importante para entender melhor o curso e como aproveitá-lo. Por conta do cenário pandêmico que estamos vivenciando ainda nos dias atuais, fomos obrigados a realizar as atividades que eram presenciais em casa. Então quando voltamos a realidade do presencial é algo satisfatório. A partir do momento que começamos a ver a amplitude da ciência e os diversos resultados que obtemos a partir de uma pesquisa, no meu ponto de vista é o que mais me chamou a atenção", finaliza.



 
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