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Crianças do Monte Cristo e Coloninha fazem curso de programação e robótica no Câmpus Florianópolis

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 17 abr 2018 13:34 Data de Atualização: 17 abr 2018 13:55

Um grupo de crianças entre 8 e 13 anos moradoras dos bairros Monte Cristo e Coloninha, área continental de Florianópolis, está cursando programação e robótica no Câmpus Florianópolis. São 14 semanas de curso, totalmente gratuito e com o transporte e lanche incluído. O curso é uma parceria com o projeto Ação Social Santa Maria Goretti, com a coordenação da assistente social Malu Teixeira e os professores Adriano Régis, Jean Paulo Rodrigues e Édson Melo.

“Nosso desafio maior foi convencer as crianças e os pais destas crianças. Moradores de comunidades que sofrem preconceito social por causa da violência da região, eles recebem com desconfiança as pessoas 'de fora'. E a dinâmica da comunidade acaba fazendo também com que eles saiam pouco do bairro. Algumas delas aqui, com 10, 11 anos, nunca passaram a ponte”, explica Malu.

Para a assistente social, mais do que robótica e programação, o projeto tem sido uma chance de mostrar uma perspectiva diferente para o grupo. “Não é só aprender a programar. Queremos que eles conheçam outras opções de escola, opções de trabalho, e também que identifiquem os próprios talentos. Não sou pedagoga, mas acompanhando as aulas, a gente já nota aqueles que têm facilidade para a área. E se a gente não tá ali observando, estimulando, observando, isso se perde. E tem muito talento nessas comunidades”.

E a vontade de aprender é grande. Tanto que, ao contrário de muitos cursos gratuitos oferecidos pelo IFSC, até hoje não houve nenhuma desistência. “Eu já conhecia o IFSC, porque um primo meu estuda aqui. Mas nunca pensei que poderia fazer um jogo. Antes eu já pensava em fazer computação na faculdade, e agora sei que posso fazer algo como Eletrônica no Ensino Médio”, conta Fábio Júnior, de 12 anos, estudante do sétimo ano do Ensino Fundamental.

Dos alunos atuais do curso, nenhum deles tem computador em casa. Mas quase todos tem contato com o mundo da computação, especialmente com os jogos. Eryka Fernanda, de 11 anos, conta que já tinha jogado no computador. “Só que nunca pensei que poderia fazer meu próprio joguinho”.

“Queremos transformar esse projeto em algo de longo prazo – quem sabe fazer as aulas na própria comunidade nesse segundo semestre. Também queremos trazer os pais para uma visitação ao Câmpus Florianópolis, para que eles conheçam o IFSC, entendam o que podemos oferecer e, assim, incentivem seus filhos a estudarem aqui”, planeja o professor Jean Paulo Rodrigues. Outra ideia é tornar o projeto itinerante, trazendo crianças e jovens de outras comunidades vulneráveis da região. 

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