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Projeto de impressão 3D de modelos anatômicos quer chegar também a hospitais públicos

INOVAÇÃO Data de Publicação: 10 mai 2022 11:43 Data de Atualização: 13 mai 2022 16:24

Dar mais segurança ao paciente é, ao mesmo tempo, justificativa e objetivo final do Projeto Saúde SC 3D, desenvolvido pelo Laboratório de Manufatura Aditiva e Inovação em Saúde (LabMAIS), do Câmpus Florianópolis. A iniciativa propõe a implantação, em hospitais públicos, a impressão em 3D de modelos anatômicos de seus pacientes para auxiliar nos procedimentos cirúrgicos. “O cirurgião consegue compreender com mais facilidade a anatomia do paciente, de forma tridimensional e palpável”, relata um dos responsáveis pelo projeto, e mestre em Proteção Radiológica, Marco Bertoncini.

Segundo a literatura especializada há redução de custos nas cirurgias de alta complexidade ortopédicas e bucomaxilofaciais, maior segurança para o cirurgião que terá de forma tangível a anatomia do paciente para avaliação, treinamento e demonstração. Isto gera ganhos como menor duração da cirurgia, menos exploração cirúrgica, menor sangramento e tem a capacidade de diminuir a quantidade de vezes que um paciente é operado para um mesmo resultado cirúrgico. 

 

Para Savi, a importância da iniciativa está na possibilidade de auxiliar os pacientes, provendo uma cirurgia mais segura e de menor duração, o que leva a uma melhor recuperação do paciente. Ele destaca: “ao médico e dentista cirurgião, de forma a melhorar sua percepção do caso clínico e a possibilidade planejar e/ou de treinar o procedimento. À sociedade e ao Estado, melhorando os resultados das cirurgias, diminuindo sua duração e por consequência o uso de insumos e recursos humanos, que passam a estar disponíveis para outros procedimentos, o que se traduz em potencial redução de custos”.

Início

Pioneiro na produção desses materiais, o IFSC, em parceria com o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), iniciou em 2018, a criação de modelos anatômicos de baixo custo, impressos em 3D. Como projeto de extensão foram produzidos também, modelos de crânio, colunas, pelves e pés. Com o sucesso da inciativa, o Hospital Governador Celso Ramos (HGCR) também solicitou os modelos anatômicos para uso pré cirúrgico.

Sobre como surgiu a ideia de trabalhar com a impressão 3D na área da saúde, e em especial, no campo cirúrgico, Matheus regressa para 2015, quando estava em um congresso vendo uma palestra sobre simuladores radiológicos (phantoms) feitos de forma artesanal. “Achei muito trabalhoso. Pensei então uma forma de tornar mais fácil a sua construção e descobri a impressão 3D. Desde então estudamos materiais e formas de impressão para descobrir a melhor forma de desenvolver simuladores radiológicos”, relata Savi.

Ele conta que, no início, o hospital solicitava um modelo, a impressão era feita pelo grupo de desenvolvedores, e o material era entregue ao médico. “Na sequência houve a oportunidade do hospital comprar sua impressora. Nós demos consultoria sobre equipamentos e software e treinamento para as duas funcionárias da Radiologia que produzem os modelos no HIJG. Hoje nós realizamos apenas desenvolvimento tecnológico de peças e protótipos de diversas áreas e especialidades do HIJG, além de produzir em 3D os casos complexos que exigem mais tratamento da imagem digital e impressão em impressoras maiores ou materiais especiais. Atualmente temos o edital de extensão do IF-Maker 2022, recém aprovado, provendo auxílio nos casos complexos e produção de inovação ao HIJG. O projeto, quando for executado pelo LabMAIS, será financiado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESSC) com apoio da Feesc. A proposta é a inclusão do Hospital Celso Ramos, Hospital Regional de SJ e Instituto de Cardiologia de SC, além do HIJG que já temos parceria”, destaca.

A iniciativa é uma proposta do IFSC, proveniente do LabMAIS, proveniente do projeto IF-Maker, para expandir o que hoje é realizado para o infantil aos outros hospitais da Secretaria de Estado da Saúde. Estão à frente no IFSC os professores Matheus Savi e Flávio Soares, o técnico-administrativo Marco Bertoncini, todos da área da Radiologia. De outras áreas, conforme aponta Savi, pode-se elencar participações pontuais dos docentes Aurélio Sabino Neto e Luiz Segalin de Andrade, da área de Mecatrônica. “Do Hospital Joana de Gusmão, colaboram o Dr. André Andujar e o Dr. Levy Rau”, apresenta Matheus. 

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