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Por que é importante votar?

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 11 nov 2020 09:00 Data de Atualização: 24 jan 2023 10:29

Depois de uma semana angustiante aguardando o resultado das eleições dos Estados Unidos para presidente, agora é a nossa vez de ir às urnas, mas para escolher prefeitos e vereadores. No próximo domingo, dia 15 de novembro, teremos eleições municipais no Brasil.

Diferentemente dos EUA, aqui o voto é obrigatório para maiores de 18 anos. Algumas pessoas não gostam dessa obrigatoriedade e, vez ou outra, a questão é trazida à tona.

-> Por que somos obrigados a votar no Brasil? Veja cards explicativos do @pmuchscience

Mas, afinal, por que é importante votarmos? Para escrever este post, conversamos com a professora de sociologia do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, Mariana Guerino.

Qual a importância do voto?

A democracia é o regime político que estrutura e permite a participação coletiva nos rumos da sociedade. Uma das expressões da democracia é o voto. Nesse contexto, somos sujeitos ativos e não meros espectadores dessa dinâmica. O voto é um ato contrário à submissão ao poder.

Votar: ato individual de impacto coletivo.

É votando que indicamos o que queremos escolhendo representantes que devem, em teoria, fazer o que acreditamos ser melhor para nosso município, nosso estado e nosso País.

-> Acesse o Guia do Eleitor produzido pelo TRE-SC

Vale a pena votar branco ou nulo?

Sabemos que tem quem pensa que votando assim pode ser um voto de protesto para mostrar descontentamento com as opções disponíveis. Toda eleição sempre rola aquela mensagem via Whatsapp dizendo que se 50% dos votos forem anulados, a eleição inteira vai ser anulada. Isso não é verdade. Aliás, este é um dos mitos eleitorais que já foram explicados por agências de checagem. Veja aqui.

-> Leia artigo sobre Voto nulo e novas eleições publicado no site do TSE

Embora o voto no Brasil seja obrigatório, escolher ou não um candidato depende de cada um, já que é possível votar em branco ou nulo. Entenda aqui a diferença entre essas opções.

Para a nossa professora, não vale a pena votar branco ou nulo porque o resultado das eleições será definido independentemente dos votos inválidos e a perspectiva do candidato eleito irá ecoar sobre as nossas vidas, ao longo dos anos de mandato.

Essa é uma das razões, segundo ela, pela qual não podemos ficar alheios aos processos eleitorais. A legislação eleitoral no Brasil prescreve regras para a contagem dos votos. Assim, para considerar um candidato eleito, são levados em conta apenas os votos válidos.

Sendo assim, mesmo que a maioria dos eleitores votem branco ou nulo, a eleição não é anulada e vence o candidato mais votado. A diferença entre votos brancos e nulos está apenas no modo como as pessoas que votam definem a sua escolha.

Como escolher em quem votar?

Por causa da pandemia, as campanhas eleitorais mudaram um pouco, mas ainda vemos carreatas e pessoas distribuindo panfletos nas sinaleiras. Será que isso faz alguém escolher um candidato? 🤔

Veja as dicas da nossa professora Mariana para definir em quem você vai votar:

- Observe se as propostas apresentadas realmente evidenciam rupturas reais para problemas que temos;
- Suspeite de falas milagrosas ou heróicas, porque isso não condiz com a realidade;
- Analise também a trajetória dos candidatos;
- Verifique se suas perspectivas estão de acordo com os Direitos Humanos e se não estão buscando representatividade política somente para favorecer grupos antiéticos;
- Preste atenção ao uso de palavras de impacto, geralmente utilizadas em campanhas eleitorais, tais como: “renovação”,“família”, “compromisso” etc. Analise o que significam esses chavões e, sobretudo, se as propostas dos candidatos não estão atentando contra a vida das pessoas, seja de forma mais direta, ou mais nas entrelinhas do discurso.

O projeto Meu, Seu, Nosso Voto - que busca fomentar o diálogo sobre o voto responsável - também elaborou um checklist pré-eleição para você definir em quem votar:

-  Ele ou ela é Ficha Limpa? Acesse o site Divulgação de Contas do Tribunal Superior Eleitoral para verificar essa e outras informações.
- As propostas da candidata(o) representam seus interesses?
- O partido da sua candidata(o) condiz com seu alinhamento político?
- As propostas da candidata(o) representam os interesses da sua comunidade?
- As propostas da candidata(o) representam os interesses de comunidades menos assistidas?
- O que ele ou ela já fez pela sua comunidade e pela sua cidade?
- O que a história dele ou dela mostra sobre sua ética?
- Você já deu um Google com o nome do seu candidato ou candidata? Já checou as notícias vinculadas com seu nome?
- “Me diga com quem andas que te direi quem és…” Se seu candidato já tem uma carreira política, quais filiações e parceiros políticos ele ou ela tem no histórico?
- Quem financia sua campanha?
- A proposta do seu candidato ou candidata condiz com o cargo que se candidatou? Se quiser entender mais sobre o papel dos vereadores e do prefeito - que é quem vamos escolher no próximo domingo - , veja aqui um material bem bacana e explicativo.

Cuidado com a desinformação: #euvotosemfake

Outro cuidado que deve ser tomado em todos os momentos - mas que, infelizmente, nesta época de eleições sentimos mais - é com a desinformação e a checagem da informações. 

-> Como identificar as “fake news”e não encaminhá-las para frente?

Falando em fatos e boatos, se tiver dúvidas, acesse este site de coalizão de checagem de fatos sobre o processo eleitoral #euvotosemfake

Arte simulando um diálogo de uma pessoa desinformada e o amigo explicando a veracidade da informação

A questão é tão séria que o TSE criou um planejamento estratégico para o combate à desinformação nas #Eleições2020. As principais diretrizes do plano são: disseminar informações verdadeiras sobre o processo eleitoral, educar cidadãos sobre o tema e combater comportamentos inautênticos. Acesse aqui.

E tem mais…

Não é só você que tem um tio ou um amigo que A-M-A encaminhar conteúdo duvidoso pelo Whatsapp. O lance é tão preocupante que o próprio Whatsapp lançou algumas iniciativas para diminuir a viralidade e combater a desinformação. Você já notou que agora é possível ver quando a mensagem foi encaminhada? Além disso, o aplicativo até limitou o número de vezes que uma mensagem pode ser repassada.

E, neste ano, eles fecharam até uma parceria com o TSE e criaram um chatbot no WhatsApp para levar informações confiáveis aos eleitores dentro do aplicativo.Por meio do robozinho que conversa com a gente, é possível  tirar dúvidas sobre as eleições e confirmar a veracidade das informações. Não é legal?

-> Conheça o ‘Tira-Dúvidas Eleitoral no WhatsApp’, assistente virtual da Justiça Eleitoral

 Agora é com você!

Se você tem mais de 18 anos - ou optou pelo voto facultativo antes disso no caso de quem completa 16 anos até a data da eleição -, domingo será preciso comparecer às urnas. Anote os números dos seus candidatos para lembrar na hora. Primeiro você digitará o número do(a) candidato(a) ao cargo de vereador(a) composto por cinco algarismos. Depois, indica seu(sua) candidato(a) a prefeito(a) representado por dois números.

-> Treine para as eleições no simulador de votação do TSE

Em um ano em que a pandemia mudou a vida de todos, é lógico que o dia da eleição também exige cuidado.

-> Leia o post do IFSC Verifica sobre os cuidados necessários no dia da votação para minimizar os riscos de contágio do novo coronavírus

Quadro com dicas para  o eleitor

Se tiver dúvidas sobre as Eleições 2020, acesse aqui o site do TSE.

E mais um recado: o nosso exercício da cidadania não termina no ato de votar. Acompanhe o trabalho dos candidatos eleitos - independentemente se foi em quem você votou. 

Gostou deste post? Deixe um comentário ou curta aí embaixo. Se tiver sugestões de assunto para abordarmos por aqui, envie e-mail para blog@ifsc.edu.br.

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