INSTITUCIONAL Data de Publicação: 15 mar 2023 17:57 Data de Atualização: 15 mar 2023 18:03
A terça-feira, 14 de março, foi um dia de festa no Câmpus São José, que comemorou seu aniversário de 35 anos de funcionamento. A programação incluiu atividades nos três períodos - ginástica laboral, fala do diretor-geral, lanche e apresentações musicais e de dança -, fechando com uma cerimônia à noite no auditório do câmpus.
Na cerimônia, o Coral do IFSC, vinculado aos Câmpus Florianópolis, fez uma apresentação que encantou o público, trazendo tanto músicas do folclore catarinense quanto de compositores estrangeiros, além de ter interpretado o hino nacional. O coral é composto por estudantes e servidores do IFSC e membros da comunidade externa.
Segundo diretor da história do câmpus (o primeiro foi Telmo Luiz Luz), o professor aposentado Juarez Pontes lembrou na cerimônia as dificuldades dos primeiros anos, quando a sede atual do Câmpus São José estava sendo construída - até então, as aulas aconteciam em um espaço cedido pela prefeitura no bairro Praia Comprida, onde hoje funciona um supermercado.
“Em janeiro de 1990, nós recebemos os primeiros servidores, mas não tínhamos estrutura. Tivemos até que pegar cadeiras emprestadas com a unidade de Florianópolis [hoje Câmpus Florianópolis]. Mas começamos muito bem, porque quem veio para cá veio disposto a ajudar essa escola a crescer”, lembrou Juarez, que assumiu a direção em agosto de 1989.
Juarez também recordou a história da democracia no câmpus, que foi a primeira unidade da rede federal de educação profissional a ter um colegiado formado por servidores, estudantes, pais de alunos e a direção, no início dos anos 1990 (essa história foi contada em uma reportagem disponível no canal do IFSC no YouTube).
"Foi uma escola que nasceu participativa e continuou assim”, destacou. Assim como ele, muitos servidores dos primeiros anos do câmpus costumam referir-se a ele como “a escola”, já que, na época, o atual IFSC ainda se chamava Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETF-SC). O Câmpus São José surgiu como “Unidade de Ensino Descentralizada”, também conhecida pela sigla UnED, da ETF-SC.
Também ex-diretor do câmpus e atualmente pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do IFSC, Jesué Graciliano da Silva lembrou dessa história democrática e de tempos com poucos recursos que a instituição enfrentou ao longo dos 35 anos. “Esse câmpus é o resultado do trabalho coletivo de muitas pessoas que lutaram para manter a educação pública, gratuita e de qualidade em tempos muito difíceis”, disse.
O momento atual do câmpus é de dificuldade, como expôs o diretor-geral Tiago Semprebom, ao citar que o orçamento do Câmpus São José para 2023 é o menor dos últimos 10 anos e metade do orçamento de 2014. “Os últimos anos têm sido desafiadores. O IFSC está há vários anos com orçamento sufocado”, ressaltou Tiago, que dirige o câmpus desde 2020.
Apesar das dificuldades, o Câmpus São José é uma “instituição plural e democrática”, além de “um patrimônio do Brasil”, nas palavras do diretor-geral. Ele lembrou que o câmpus tem uma missão social importante, por receber em sua maioria estudantes de baixa renda e oriundos de escolas públicas.
Representando a prefeitura de São José, a secretária municipal de Educação, Maria Helena Krüger, elogiou os egressos do câmpus, que conseguem se inserir no mundo do trabalho com facilidade. Também destacou que é positivo para a cidade ter uma unidade do IFSC, uma instituição que tem bons desempenhos nas avaliações do Ministério da Educação (MEC).