Em visita técnica, alunos do Câmpus Lages passam a noite em contato com a natureza

ENSINO Data de Publicação: 06 abr 2023 12:18 Data de Atualização: 06 abr 2023 12:22

Nos dias 3 e 4 e de abril, alunos dos cursos de Agroecologia e Meio Ambiente realizaram uma visita técnica à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPNE) do Complexo da Serra da Farofa, pertencente à empresa Klabin, que produz papel e celulose. A atividade faz parte da vivência externa proporcionada pelo IFSC em seus cursos desde as fases iniciais.

No curso técnico em Meio Ambiente, os estudantes estão trabalhando a disciplina de Monitoramento Ambiental, enquanto o curso técnico em Agroecologia está na unidade curricular de Recursos Naturais. Então, a visita ao local atende a ambos os cursos no momento. "Foi uma visita para ver solos, para ver recursos hídricos e também a parte de espécies nativas. Como eles (alunos) estão vendo no curso os sistemas agroflorestais, a gente conheceu as nascentes do Rio Caveiras. Também, visitamos a fauna silvestre, observamos parcelas de inventário de Flora Nativa, da Mata de Araucárias", comenta a professora Luciane Costa, docente do curso de Agroecologia.

A visitação incluiu também observação de espécie de pássaros, bem como treinamento com a empresa Sumatra Inteligência Ambiental, que atua no ramo da Educação Ambiental, do diagnóstico ambiental, certificação florestal e ambiental, além do manejo de fauna silvestre, geotecnologia e demais serviços ligados ao licenciamento ambiental. "Um médico veterinário falou da importância das RPPNs e a função deles (empresa) ali dentro daquela unidade de conservação, que é muito grande", completa a professora.

Pela distância do Câmpus, a Serra da Farofa fica entre os municípios de Painel, Rio Rufino e Bocaina, e pelo tamanho do complexo os alunos dormiram no local para estender a visita no dia seguinte. O local possui alojamento e o momento também foi de gerar aproximação entre os estudantes em um momento que, em situação normal de aula, por vezes não é possível. "Foi bem interessante, a conexão com a natureza, com as pessoas, a troca foi bem legal. Uma experiência que só o IFSC proporciona. O lugar é bem aconchegante e já que eu gosto de mato lá estava perfeito!", comenta Stephanie Corrêa da Silva, aluna da terceira fase do curso técnico em Agroecologia.

Atividade como ferramenta de permanência e êxito

Para a professora Luciane, a atividade também é um momento importante para que os alunos vejam as possibilidades que o curso oferece, que vão muito além da sala de aula, e com isso criem um pertencimento. "Eu acredito que cria um vínculo também com o curso. O aluno tem a oportunidade de se adiantar em algumas escolhas e perceber a dimensão em que o curso dele vai atuar. Logo, vai acontecer a criação da identidade com a área e poder dizer 'isso que eu quero para mim', e, assim, ficar no curso, batalhar, enfrentar as dificuldades que o curso possa oferecer em termos de disciplinas, de notas, enfim, ficar porque ele entendeu que aquilo é importante", completa a professora.

A aluna Stephanie segue na mesma linha. "Vejo como um incentivo, pois poucos cursos têm a prática junto, e com ela dá um salto enorme na formação, pelo fato de vermos tudo ao vivo e a cores e passando os 'perrengues' para chegar lá. Sem contar que a prática ajuda a absorver mais os conteúdos teóricos que vemos em sala de aula", complementa a aluna, que também cursa o superior de tecnologia em Gestão do Agronegócio no Câmpus Lages.

A atividade foi proposta pelo curso de Agroecologia, mas abrangia os objetivos do curso técnico em Meio Ambiente, principalmente a unidade curricular de monitoramento ambiental, que está finalizando nos próximos dias. "A visita à RPPNE possibilitou às estudantes conhecer uma unidade de conservação dentro do bioma Mata Atlântica, observando a floresta ombrófila mista, também conhecida como Mata de Araucária, e debater sobre a importância da conservação dessas áreas para o equilíbrio dos ecossistemas e manutenção dos serviços ambientais", comenta a professora Letícia Tramontini, do curso técnico em Meio Ambiente, que também acompanhou a atividade.

Para a professora, o modo prático de ensino do IFSC se mostra presente nesses momentos, fazendo com que os estudantes tenham vivências que não teriam em outros locais. "As atividades práticas como as visitas técnicas são o momento onde os estudantes podem aplicar os conhecimentos construídos ao longo do curso no dia a dia, o que é essencial para o processo de aprendizagem", finaliza.

 

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