Estudante desenvolve pesquisa sobre cinzas da queima de biomassa em argamassa no IPS 

INTERNACIONAL Data de Publicação: 13 abr 2023 11:52 Data de Atualização: 13 abr 2023 11:56

“Nossa, essa oportunidade tem sido incrível desde o princípio! Tenho aprendido muito tendo contato com a área da química, que não faz muito parte do meu cotidiano de estudos. Os laboratórios, as práticas, tudo muito interessante e novo! E eu acho que ainda não me caiu a ficha que estou por aqui, de tão incrível que tem sido… O projeto tende a correr até o final de maio e então retorno ao Brasil na primeira semana de junho, totalizando aí 3 meses de trabalho.” A expressão é da estudante de Engenharia Civil do Câmpus Florianópolis, Catarina Marchi Jasper, que realiza há um mês o programa de intercâmbio Propicie no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). O Programa está com inscrições abertas para a nova edição até 20 de abril. 

Catarina é aluna do Câmpus Florianópolis desde 2016, primeiro cursando o Técnico em Edificações Integrado ao ensino médio e agora o curso de Graduação em Engenharia Civil. “Durante o técnico eu ouvi algumas pessoas comentarem sobre o Propicie e a possibilidade de fazer intercâmbio através dessa oportunidade, mas não corri atrás e hoje em dia nem sei o porquê, para ser sincera. Então, quando chegou o ano de 2020, o fim do curso técnico e a época dos vestibulares, o IFSC sempre esteve como minha primeira opção pelas diversas oportunidades que tive, e que sei que teria, sendo o intercâmbio uma delas. Ter essa oportunidade de realizar um intercâmbio foi um dos motivos por ter continuado a minha formação aqui pelo IFSC, e um objetivo meu desde o início da graduação, sem dúvidas.  

Segundo ela, seu trabalho no IPS é dirigido a um projeto de pesquisa que busca incorporar cinzas provenientes da queima de biomassa em argamassas. “Então, em um primeiro momento, realizamos um levantamento bibliográfico sobre o assunto, para conseguir entender um pouco mais sobre a questão e o uso desse tipo de material e prosseguimos para um planejamento e estruturação do projeto como um todo… Nesta semana estamos fazendo pesquisas em conjunto com os laboratórios e a área de química, para conseguir conhecer melhor o material que estamos trabalhando, para então podermos prosseguir para área da Engenharia Civil e formular as composições das argamassas que iremos avaliar”, relata Catarina. 

A futura engenheira ressalta os aprendizados através do intercâmbio: “tenho aprendido muitas coisas novas, fazendo novos ensaios, em um novo ambiente com diferentes normas e práticas, e tendo diferentes materiais para estudo. Além do projeto de pesquisa em si, tenho tido a oportunidade de explorar um pouco Portugal e conhecer diversos lugares novos que são, simplesmente, incríveis. E ao longo dessas aventuras sempre aparecem um perrengue ou outro, mas que fazem parte e sinto que estão me servindo de lição. Sinto que tive um crescimento muito grande e estou tentando aproveitar ao máximo a oportunidade, pois sei que irá me abrir diversas portas para futuras especializações e mestrados”. Ela comenta ainda que, apesar de algumas questões que Portugal enfrentou alguns anos atrás, o mercado da construção civil se encontra aquecido, apresentando diversas oportunidades de estágio e emprego para estudantes e recém-formados no setor da construção civil.  

A intercambista destaca também o apoio dos orientadores: “a professora Nilmara, que tem sido muito prestativa e incrível. Na área da Engenharia Civil não tem sido diferente. Podemos contar aqui com uma orientadora incrível, que é a professora Cristiana, assim como o senhor Alexandre, técnico de laboratório, que tem nos orientado e nos salvado em diversos momentos. 

Quanto à participação no Programa, Catarina conta que para cada etapa da seleção tiveram algumas questões que precisou correr atrás, até antes de se candidatar. “Como o intercâmbio sempre foi um objetivo para mim, me esforcei e tentei dar o meu melhor para manter um Índice de Aproveitamento (IA) elevado o suficiente para a seleção. Na primeira etapa de candidatura, onde são feitas as entregas dos documentos e posterior sorteio, pude contar com o apoio da minha professora e orientadora de projeto de pesquisa, professora Andrea Betioli, que assinou a minha carta de orientação e me incentivou muito, além de toda a minha família e amigos, que sempre estiveram lá por mim. Após o sorteio veio então a entrevista em inglês. Para a entrevista em si, contando com o nível de inglês que possuo, visto que já fiz aulas durante alguns anos, pesquisei um pouco mais sobre o projeto que ia fazer parte, sobre o instituto no qual estudo hoje e sobre o país e a região que me encontro hoje”, finaliza a estudante do Câmpus Florianópolis. 

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