Estudantes do Câmpus Criciúma desenvolvem guincho hospitalar para a APAE de Timbé do Sul

CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 06 fev 2023 13:18 Data de Atualização: 06 fev 2023 18:37

Estudantes do curso técnico em Eletrotécnica do Câmpus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) desenvolveram um guincho automatizado para a elevação de pacientes com dificuldade de locomoção. O equipamento foi entregue à Apae do município de Timbé do Sul, que financiou parte do projeto. 

O guincho hospitalar é uma estrutura metálica utilizada em hospitais e instituições como a Apae para a transferência de pessoas com dificuldades motoras ou sem nenhuma capacidade de locomoção. De forma a auxiliar o trabalho de profissionais, como fisioterapeutas e cuidadoras, o guincho pode movimentar o paciente, proporcionando mais conforto, facilidade e segurança.

O projeto foi desenvolvido no âmbito da disciplina de Projeto Integrador 4, em que os estudantes aplicam na prática os conhecimentos obtidos durante os quatro semestres do curso. O projeto foi registrado como ação de extensão, sob coordenação dos professores Lucas Cúnico e Guilherme Manoel da Silva, considerando o caráter extensionista da atividade de sala de aula e fortalecendo a relação entre ensino, pesquisa e extensão.

A ideia surgiu durante uma edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, quando os alunos Darlan Araújo Fernandes, Fernando Flausino Neto e Thiago Bernardo assistiram a um relato de professores sobre guinchos semelhantes que o IFSC já havia desenvolvido para as APAEs de Orleans e Criciúma. “Após ingressarmos na disciplina de Projeto Integrador 3, surgiu a ideia de confeccionar um aparelho com o mesmo propósito. Eu resido em Timbé do Sul e estava trabalhando na APAE, conhecendo as necessidades de perto, conversamos em equipe e decidimos então entregar a proposta do projeto, que foi viabilizado através da parceria com a APAE que financiou parte dos custos e do IFSC que forneceu material para a parte mecânica do guincho”, conta Darlan.

Os alunos realizaram conversas com a equipe da Apae para identificar a demanda, descobrindo que a instituição enfrentava dificuldades relacionadas à movimentação dos educandos, que gerava uma rotina de esforço repetitivo por parte dos funcionários e ainda oferecia risco aos estudantes atendidos pela Apae.

“Alguns alunos necessitam fazer a troca de fraldas durante os atendimentos, e como as professoras necessitavam de ajuda para retirar da cadeira de rodas e recolocar, apresentava riscos de quedas e acidentes, tanto para o profissional quanto para o paciente, então o projeto foi de grande relevância”, afirma Darlan.

O guincho, financiado pela Apae de Timbé do Sul com alguns componentes do próprio IFSC, ficou idêntico aos encontrados no mercado. Uma das “inovações” implementadas pelos estudantes em relação aos projetos anteriores desenvolvidos no Câmpus Criciúma é que a parte elétrica é abastecid por baterias.

“O projeto tem um ótimo acabamento. Por exemplo, um dos alunos trabalha na empresa de tintas Farben e levou o equipamento para realizar uma pintura profissional lá. O guincho opera com bateria, o que ajuda na sua mobilidade. Eles trabalharam bastante ‘fora do horário’, visto que estavam engajados com a causa nobre do projeto”, elogia o professor Lucas Cúnico.
 
“Para nós foi gratificante poder colocar em prática o conhecimento adquirido ao longo do curso em um projeto de grande relevância para a sociedade, já que a APAE é uma instituição prestigiada e que realiza trabalhos tão importantes para as pessoas com algum tipo de deficiência. Fica o agradecimento à APAE de Timbé do Sul pela confiança no projeto e ao IFSC Criciúma por nos dar a oportunidade de estudar e colocar em prática nossos conhecimentos”, conclui Darlan.

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