INSTITUCIONAL Data de Publicação: 18 set 2025 18:18 Data de Atualização: 10 out 2025 19:46
Sete estudantes que ingressaram nos câmpus Florianópolis e São José do IFSC após passarem pelo Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades para Acesso de Alunos da Rede Pública à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Partiu IF) participaram de uma visita ao Ministério da Educação (MEC) na terça-feira, 16 de setembro. Eles, junto com mais cinco estudantes do Instituto Federal do Ceará (IFCE), foram recebidos pelo ministro Camilo Santana. Todos foram aprovados em processos seletivos dos institutos federais antes de concluírem o ensino fundamental.
Os estudantes do IFSC que participaram da visita foram: Guilherme Frez Brito, Gustavo Moraes Costa Sousa, João Victor Silveira da Rosa, Josué Oliveira Martins, Juliana Gonzaga Martins, Lorenzo Faustino Borgaro e Marina de Aguiar Alves. João Victor é do Câmpus São José e os demais, do Câmpus Florianópolis.
O Partiu IF tem como objetivo enfrentar as desigualdades étnico-raciais na educação, por meio da oferta de aulas e atividades voltadas para a recuperação das aprendizagens de estudantes do 9º ano do ensino fundamental que cursaram integralmente a educação na rede pública de ensino, negros, quilombolas, indígenas ou que tenham deficiência e renda familiar per capita de até um salário mínimo.
"A importância principal do Partiu IF foi a estrutura que os professores deram pra gente e a forma como eles explicavam as matérias. Eu acho que se não fosse por esse curso, eu realmente não teria passado [no IFSC] mesmo se eu tivesse ficasse estudando em casa", opina Marina de Aguiar Alves, uma das estudantes que foi a Brasília.
No caso dos 12 estudantes que visitaram o MEC, o que permite a eles ingressar no instituto federal antes de terminar o ensino fundamental no tempo regular é uma medida adotada por algumas prefeituras - como a de Florianópolis - de promover o avanço escolar dos estudantes do 9º ano que são aprovados no processo seletivo. “Esses estudantes receberam a conclusão do ensino fundamental já na metade do ano. Então, eles já terminaram o fundamental e começaram no meio do ano mesmo o ensino médio deles”, explica o coordenador do Partiu IF no IFSC, Paulo Amaro Velloso Henriques dos Santos.
Além de os estudantes serem parabenizados pelo ministro por seus desempenhos nas provas, o encontro buscou incentivar os jovens a prosseguirem com os estudos. “A gente vê vocês, que são de escola pública, tendo o direito de serem aprovados em um instituto federal, de estudar em uma universidade de qualidade, virando médicos, engenheiros, advogados — o filho de um trabalhador rural, filho de uma doméstica, filho de um pedreiro... Isso se chama oportunidade”, celebrou o ministro.
Para o coordenador Paulo dos Santos, do IFSC, a visita ao ministério foi um momento importante para a afirmação da validade, da qualidade e do sucesso do programa. “O fato de a gente ter essa oportunidade de visitar o Ministério da Educação e de apresentar esses casos de sucesso para o ministro Camilo Santana e de dar visibilidade a isso também, contribui muito para o Partiu IF nacionalmente e, lógico, também para o Partiu IF aqui em Santa Catarina, fortalecendo as ações que nós estamos fazendo e dando a garantia de que ele precisa de continuidade, que é um programa que deve ser continuado no próximo ano, que deve ser levado adiante para atingir ainda mais estudantes nesse cenário”, destaca.
Em Santa Catarina, são aproximadamente 900 estudantes participando do programa. “Mas nós temos ainda um público muito grande que ainda não conseguiu participar do programa por causa da limitação de vagas. Então, Partiu IF deve ser não apenas continuado, mas também ampliado”, completa Paulo.
A secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC), Zara Figueiredo, destacou que o Partiu IF é a primeira ação afirmativa direcionada à educação básica. "O que estamos fazendo é mostrar para os estudantes, e muitos nem conheciam essa possibilidade, a existência dos Institutos Federais. É ação afirmativa da maior qualidade”, avalia.