Ex-reitores do IFSC participam de livro sobre a história dos institutos federais

INSTITUCIONAL Data de Publicação: 10 nov 2023 17:59 Data de Atualização: 17 nov 2023 11:21

Dois ex-reitores do IFSC, Consuelo Aparecida Sielski Santos e Jesué Graciliano da Silva, estão entre os colaboradores do livro Institutos federais dos brasileiros: a história contada por quem fez, lançado nesta semana durante a 47ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), realizada em Natal.

Institutos federais dos brasileiros… traz em seu início um resumo histórico sobre a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e o contexto em que ocorreu a criação dos IFs. Na sequência, vêm os depoimentos de 14 ex-reitores - incluindo Consuelo e Jesué, organizador da obra - que acompanharam o processo de criação dos institutos federais (IFs) por meio da lei 11.892, em 29 de dezembro de 2008.

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Nos textos, eles relatam os cenários que suas instituições e a Rede Federal viviam na primeira metade dos anos 2000, contam como foi o processo de transformação de antigas instituições - em sua maioria, Centros Federais de Educação Tecnológica, os CEFETs - em institutos federais e os benefícios e desafios que essas transformações e a expansão da rede federal trouxeram.

“Já há algum tempo nós temos um grupo, um fórum de ex-reitores, e nós temos a preocupação de que a história dos institutos seja preservada e que ela seja contada. Tem muitos servidores e pesquisadores estudando a Rede Federal e nem sempre eles têm clareza e compreensão daquilo que aconteceu nos anos de 2007, 2008 e 2009”, explica Jesué. O aniversário de 15 anos de criação dos IFs, a ser comemorado em dezembro, foi outra motivação para que o livro fosse lançado.

Primeiros reitores

Consuelo Sielski foi a primeira reitora do IFSC, dando continuidade ao cargo equivalente que ela já ocupava desde 2004, o de diretora-geral do CEFET-SC, nome anterior do atual IFSC.  Consuelo ficou no cargo até junho de 2011, quando saiu para assumir a gestão da universidade corporativa dos Correios, em Brasília. Seu mandato foi completado até dezembro daquele ano por Jesué da Silva, até que estudantes e servidores escolhessem uma nova reitora (Maria Clara Kaschny Schneider) por eleição. Jesué atuou ainda como reitor pro tempore (temporário) nos institutos federais Farroupilha (IFFar) e do Paraná (IFPR).

-> Saiba mais sobre a transformação do CEFET-SC em instituto federal no Histórico do IFSC

Para a ex-reitora, a bibliografia sobre os institutos federais ainda é muito restrita e ela espera que o livro seja uma fonte de pesquisa para instigar outras pessoas a escrever sobre os IFs. “Acredito que um livro com histórias contadas por quem fez vai chegar aos servidores, estudantes e à sociedade em geral para que conheçam a história no ano em que os IFs completam 15 anos”, diz.

Na visão de Jesué, Institutos federais dos brasileiros… deve contribuir para a preservação da história dos IFs. “São apenas 15 anos, mas, a cada dia que passa, temos uma nova geração de servidores que não estavam naquele momento [da transformação]. Isso significa que as pessoas não têm algo para comparar: ‘era assim e ficou desse jeito’”, destaca o ex-reitor, que continua atuando como professor no Câmpus São José.

Além de pesquisadores, qualquer pessoa interessada em saber mais sobre o funcionamento dos IFs e suas diferenças para outros tipos de instituições pode encontrar essas informações na obra, complementa Jesué.

Mudanças


Para Consuelo, os principais benefícios que a transformação do CEFET-SC em IFSC trouxeram foram a criação de novos câmpus (em 2008, o CEFET-SC tinha oito unidades de ensino em funcionamento. Hoje o IFSC tem 22 câmpus), a oferta de cursos desde a formação inicial até a pós-graduação e o fortalecimento da pesquisa e da extensão.

Outros pontos, segundo ela, foram as melhorias nas condições para parcerias internacionais, mais investimentos, uma relação política mais próxima com mais projetos e mais emendas parlamentares e atuação em rede das instituições, com identidade própria dos IFs, uma marca única e uma lei única.

“Antes cada CEFET, a exemplo do nosso, tinha  uma marca e um decreto [que criava a instituição]. Tivemos mais visibilidade com uma educação profissional e tecnológica e como uma política pública para a transformação das pessoas e transformação social”, completa.

O livro está disponível online, em formato PDF. No site da obra, podem ser acessados os depoimentos dos ex-reitores também no formato vídeo. Versões impressas poderão ser encontradas em breve nas bibliotecas dos 22 câmpus do IFSC, como doação dos dois ex-reitores da instituição.

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