CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 24 jan 2023 10:44 Data de Atualização: 24 jan 2023 11:26
O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foi a escola de Criciúma que mais aprovou estudantes no Vestibular Unificado UFSC/IFSC em 2023. A informação é disponibilizada pela Comissão Permanente do Vestibular da UFSC (Coperve), que divulga o número de estudantes aprovados por escola de cada município, e não contempla os estudantes aprovados na etapa de reopção, que ocorreu posteriormente.
Entre as 22 escolas da cidade listadas no levantamento da Coperve, o IFSC ficou à frente tanto em número de alunos aprovados quanto em índice de aprovação. Dos 56 estudantes inscritos no vestibular, 17 se classificaram, um aproveitamento de 30,36%. A lista completa pode ser conferida aqui. Mais alunos do IFSC foram aprovados depois, no processo de reopção, mas o levantamento por escola é realizado anteriormente.
Embora o IFSC não seja uma escola voltada à preparação dos estudantes para o vestibular, o dado atesta a qualidade do ensino oferecido pela instituição. Além disso, confirma o esforço coletivo de formação de uma turma que esteve, por cerca de dois anos, em aulas remotas em razão da pandemia de Covid-19.
“Foi um ano extremamente desafiador para toda a comunidade acadêmica, em razão das dificuldades orçamentárias que tivemos e da adaptação de todos ao retorno presencial, após quase dois anos de ensino remoto. Neste sentido, embora seja apenas um indicador e o nosso foco não seja a aprovação para o vestibular, é um parâmetro importante para mostrar o esforço e a dedicação dos nossos estudantes, e a preocupação institucional com a qualidade do ensino mesmo em situação tão adversa”, afirma o professor Niguelme Arruda, chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão (Depe) do Câmpus Criciúma.
“Importante lembrar também que, além do Vestibular UFSC/IFSC, nossos estudantes se inscreveram e foram aprovados em outras instituições de ensino, tanto públicas quanto particulares, o que nos deixa muito satisfeitos pelo trabalho realizado e felizes pela conquista dos alunos. Muitos também estão aguardando o resultado do Enem e esperamos que tenhamos ainda mais aprovados”, destaca.
Vestibular Unificado
Nesta edição, o tradicional vestibular da UFSC foi realizado em parceria com o IFSC, isto é, os estudantes poderiam optar por cursos das duas instituições. Muitos estudantes do ensino médio técnico optam por seguir os estudos no próprio IFSC, caso do técnico em Mecatrônica Vinícius Custódio Ricardo, que agora irá cursar Engenharia Mecatrônica.
“O IFSC, além de me mostrar o que era a área da Mecatrônica e me formar um profissional procurado no mercado, também me preparou para o vestibular, já que os professores das matérias básicas do ensino médio, cobram bastante todo os três anos. Quando cheguei no vestibular eu estava preparado para fazê-lo. E também me abriu diversas portas, com um networking com diversas pessoas de áreas diferentes”, afirma Vinícius.
Também egresso do curso técnico em Mecatrônica, Saymon Poli optou por Engenharia de Computação na UFSC Araranguá, motivado pelo gosto desenvolvido por programação e eletrônica. “O IFSC foi muito importante para minha formação graças à excelente educação oferecida pelo Câmpus, além claro de todo o suporte oferecido pelos professores não só da área técnica, como também do ensinou médio, e também foi graças ao técnico que eu descobri a área que eu gostaria de seguir na minha carreira profissional”, diz.
Nos cursos técnicos integrados ao ensino médio do IFSC, o estudante cursa as disciplinas técnicas ao mesmo tempo em que cursa as chamadas disciplinas propedêuticas. Além das atividades em sala de aula e laboratório, há um suporte de atendimento dos professores e de monitorias realizadas pelos próprios colegas. Visitas técnicas, viagens, jogos, estágios também contribuem para a formação integral.
“O IFSC contribui tanto academicamente quanto na nossa formação como ser humano, como técnico, como profissional, que é difícil colocar em palavras. O que mais gosto é que o IFSC consegue fazer a gente colocar em prática tudo que a gente aprende em sala de aula. Tanto nas matérias do curso técnico, o que é mais óbvio, mas mesmo nas matérias do ensino médio, como Geografia, História, Filosofia, Sociologia… Os professores conseguem produzir uma metodologia que faz a gente colocar a mão na massa, o que é muito interessante. Eu aprendo muito mais. Fora as oportunidades. Eu fui monitora de Matemática, as olimpíadas de conhecimento, ter viajado nos Jogos do IFSC, o que coloca a gente em contato com outros estudantes e faz a gente perceber outras coisas que a gente não consegue ver apenas na sala de aula”, resume Yasmim Bardini, formada no técnico em Mecatrônica e aprovada em Engenharia de Controle e Automação na UFSC em Florianópolis.
Outras vocações
Alguns estudantes também optam por seguir áreas diferentes do curso técnico, respondendo a uma vocação que aparece durante o curso ou que já veio de antes.
Olívia Frasson Souza é apaixonada pelos oceanos desde criança e agora vai estudar Oceanografia na UFSC em Florianópolis. “Sempre quis poder estudar e trabalhar com os oceanos e tenho certeza que a UFSC vai me proporcionar todo o aprendizado para isso. Gosto de dizer que o IFSC me preparou para a vida acadêmica, eu aprendi dentro e fora das salas de aula. Eu percebi o que realmente é estudar de fato, além de toda a experiência laboratorial que tive no ensino técnico e espero continuar tendo na graduação”, afirma a estudante, que se formou no curso técnico em Química.
Também egressa do curso técnico em Química, Marina Soares Alves escolheu Fisioterapia. “Sempre gostei muito de movimentação e também por anos minha vó precisou de Fisioterapeuta. Vendo isso e o trabalho da profissional, me encantei com a profissão”, conta Marina. “O IFSC me proporcionou um ensino de qualidade, com professores preparados para incentivar seus alunos ao mercado de trabalho. Além de tudo, pude fazer amigos que me incentivaram muito. Agradeço ao IFSC por todos os conhecimentos, todas as oficinas e palestras, foi de grande importância para minha vida pessoal e profissional”, conclui.