ENSINO Data de Publicação: 12 mai 2023 16:25 Data de Atualização: 12 mai 2023 17:35
Nos dias 5 e 6 de maio, 20 professores da rede municipal de Bombinhas participaram de um curso teórico sobre a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e de um mergulho guiado na ilha de Galé, que integra a unidade de conservação. A atividade foi promovida pela pós-graduação em Ciências Marinhas Aplicadas ao Ensino, curso que é ofertado pelo Câmpus Itajaí do IFSC. “Na sexta-feira fizemos um curso teórico de quatro horas em que abordamos aspectos ambientais, sociais e culturais do município de Bombinhas, enfatizando a importância das unidades de conservação e sobre a legislação ambiental fazendo um recorte sobre a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. A ideia do curso foi trabalhar esses aspectos de forma a despertar nos professores esse sentimento de pertencimento ao território, à cultura e aos aspectos sociais e ambientais da região. No sábado, fizemos uma vivência na reserva em que promovemos um mergulho de superfície na Ilha de Galé. O local é administrado pelo ICMbio e a entrada só é permitida para fins educativos e de pesquisa”, explica a professora Laura Kramer, do Câmpus Itajaí.
A atividade foi promovida a partir do trabalho de conclusão de curso da estudante da pós-graduação Silvana Leone. Ela é professora e coordenadora do Programa da Escola do Mar de Bombinhas. “Nós envolvemos na atividade professores de cinco escolas municipais. O que percebemos é que muitos tinham um conhecimento muito superficial sobre o que são as unidades de conservação. Muitos dos atuais professores eram crianças quando a área se transformou numa reserva e, por conta disso, nunca haviam tido acesso à localidade, já que é uma área de acesso restrito. O meio ambiente é um dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais e a nossa proposta com essa atividade foi motivar os professores a pensarem neste tema também dentro dos seus eixos formativos. Esta foi a primeira ação neste sentido, mas estamos em conversa com a secretaria de educação e com o ICMbio para que possamos fazer essa vivência todos os meses com os professores da rede municipal. O retorno dos professores que participaram da atividade foi muito positivo. Além de um maior conhecimento sobre a legislação, no circuito guiado que fizemos na reserva eles puderam contemplar de perto a fauna e flora local”, explica Silvana.
Uma das professoras participantes foi a Neide Farias, da escola municipal Manoel José da Silva, onde ministra oficinas pedagógicas de arte e musicalização para turmas da educação infantil. “Eu não conhecia a reserva. Vim de São Paulo e estou há dois anos em Bombinhas. Foi uma experiência fantástica, começando pela aula teórica sobre a reserva. Eu já estava trabalhando com os meus alunos sobre os animais e vejo que com esta vivência eu chego para a sala de aula com muito mais segurança e propriedade. Eu tenho muito medo de água e para mim fazer o mergulho foi uma superação. Eu vejo, inclusive que, este momento de superação também vai me ajudar em sala de aula para eu poder orientar os estudantes em momentos de superação deles. Para algumas crianças também pode ser muito difícil participar de algumas atividades e nós precisamos respeitar o momento, estarmos perto até que elas se sintam seguras.”
Parceiros da atividade
A atividade na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo só foi possível de ser realizada com autorização do ICMBio e com o apoio da prefeitura de Bombinhas, da equipe de guarda-vidas civis do estado e das empresas Hy Brasil, que emprestou as roupas de neoprene para o mergulho, a Zimbros Ecotour, que emprestou as máscaras e snorkel, e a operadora de turismo Celso Turismar, que foi a responsável por levar os professores de barco até a unidade de conservação.