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Projeto do Câmpus Canoinhas contribui para acessibilidade e autonomia de pessoas com deficiência visual

EXTENSÃO Data de Publicação: 03 mar 2023 11:35 Data de Atualização: 03 mar 2023 12:58

Promover processos educativos em condições de igualdade para todos os estudantes é um dos direitos defendidos pelo IFSC. Como fazer isso na prática incentivando o protagonismo dos próprios estudantes e da comunidade atendida? Uma iniciativa do Câmpus Canoinhas deu um ótimo exemplo ao promover acessibilidade para pessoas cegas e com baixa visão, por meio de oficinas de leitura e escrita em braille, orientação em mobilidade e uso de tecnologias assistivas e da produção e fixação de placas de sinalização tátil para identificação de ambientes.

Subsidiado pelo edital de Protagonismo Discente do IFSC, o projeto “Ações para promover acessibilidade e autonomia para deficientes visuais adultos de Canoinhas e região” foi desenvolvido em parceria com a Associação Canoinhense dos Deficientes (ACD) e o Grupo Escolar Municipal Xeila Elisabete Cornelsen, que atende uma criança cega. 

O principal público das oficinas foi o Grupo dos Visionários, da ACD, formado por dez pessoas com deficiência visual de Canoinhas, Três Barras, Bela Vista do Toldo e Major Vieira, com limitações na escrita e leitura em braille – problema comum em pessoas que perderam a visão fora da idade escolar. Já a principal etapa de sinalização em braille contemplou a ACD e a escola municipal.

No IFSC, cinco estudantes extensionistas dos cursos técnicos integrados em Alimentos e Edificações foram os protagonistas do projeto: Carla Cristina Wawrzyniak, Felipe Pokryviecki Waldmann, Fernanda Correa Sudbrack, Jucilene Zakalusne e Julia Victoria Pereira. Também fizeram parte da equipe os professores Mauricio Begnini (coordenador), Crisliane Boito (coordenadora adjunta), Eduardo Luis Gomes e Luciano Barreto. Os representantes externos foram Marizete Darmorus Pereira, da escola municipal, Rodrigo Plewka e Vanderson José dos Passos, da ACD.

Para o desenvolvimento das atividades práticas, a equipe discente, primeiro, estudou as normas técnicas de acessibilidade brasileiras indicadas na NBR 9050, o conjunto de elementos formais da identidade visual do IFSC e as regras para escrita de relatórios. Na divisão de tarefas, Felipe, que tem baixa visão, e Julia, que é cega, foram os responsáveis pelas oficinas de braille e uso dos recursos tecnológicos assistivos (softwares de celular e computador). Os alunos videntes ficaram com a produção das placas de sinalização tátil, atuando na modelagem 3D, impressão 3D dos modelos, montagem e fixação das placas, e na parte de orientação e mobilidade do público-alvo beneficiado.

“Além de promover várias oficinas para melhorar a acessibilidade nos espaços, o projeto foi muito importante para conscientizar a comunidade sobre a realidade das pessoas com deficiência visual e mostrar as dificuldades que essas pessoas enfrentam no cotidiano”, ressalta o estudante Felipe Waldmann, do terceiro módulo do técnico integrado em Alimentos. “Essa iniciativa possibilitou que as pessoas com deficiência visual conversassem entre si sobre suas vivências, para perceberem que não estão sozinhas nessa jornada e poderem lidar melhor com a deficiência”, enfatiza Felipe.

O coordenador do projeto concorda que o sucesso da iniciativa foi muito além das oficinas de braille e da sinalização. “Foi impressionante conhecer a história de cada um dos participantes, como perderam a visão, as dificuldades que enfrentaram e enfrentam, e como vêm, a cada dia, superando os desafios impostos pela deficiência. Foi um grande aprendizado sobre inclusão para todos os envolvidos, e foi muito gratificante poder aprender com eles e oferecer algo para ajudar na superação dos desafios do dia a dia”, avalia professor Mauricio.

EXTENSÃO CÂMPUS CANOINHAS

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