Estudante do Câmpus Criciúma é selecionada para intercâmbio no Japão

CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 23 set 2019 09:16 Data de Atualização: 24 set 2019 15:32

Prepara as malas porque a viagem vai ser longa. Nicole Citadin, estudante do curso técnico em Mecatrônica do Câmpus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), foi uma das alunas selecionadas para participar de um intercâmbio de curta duração no Japão. A jovem de 17 anos ficará sete dias no país oriental e, juntamente com mais nove alunos de Institutos Federais de todo o Brasil, participará de uma grande imersão na área científica e tecnológica japonesa.

Realizado pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), o programa Sakura High School Experience irá proporcionar aos alunos visitas e centros de pesquisa e universidades, aulas especiais com ganhadores do prêmio Nobel, além de diversas atividades ao lado estudantes japoneses e de outros países. No total, foram selecionados dez estudantes de Institutos Federais de todo o Brasil. Nicole é a única representante de Santa Catarina no intercâmbio. O rendimento escolar, a proficiência em inglês e a participação em eventos científicos e projetos de pesquisa extensão estavam entre os critérios de seleção do edital.

“Espero adquirir muitos conhecimentos, tanto a respeito da cultura japonesa quanto, e principalmente, sobre as tecnologias, sistemas de ensino e pesquisa que são desenvolvidas lá”, diz a estudante.

Conhecer um país tão avançado tecnologicamente foi um ponto decisivo para que a aluna fizesse sua inscrição para o intercâmbio. Nicole pretende prosseguir na área de desenvolvimento de tecnologias futuramente, principalmente nos ramos de eletrônica e automação, e visitar o Japão é um conhecimento que enriquecerá sua formação.

“Acredito que vou descobrir outros ramos e aplicações tecnológicas que, com certeza, poderei trazer para as minhas próximas pesquisas e que me ajudarão em futuras experiências profissionais”, ressalta. “Conhecer a cultura de um outro país é sempre muito enriquecedor para o crescimento pessoal. Vai ser incrível poder estar presente no cotidiano japonês, entrar em contato com sua língua, gastronomia e, principalmente, ver forma como eles vivem e se relacionam, procurando entender um pouco mais sobre essa nação que fica do outro lado do mundo”, completa Nicole.

Não é a primeira vez que Nicole viaja ao exterior como estudante do IFSC. Em 2018, ela participou com outros colegas da RoboCup, competição mundial de robótica e inteligência artificial para alunos de ensino superior e ensino médio, que naquele ano foi realizada no Canadá.

Para o professor Guilherme Schmidt, que incentivou a inscrição da aluna no intercâmbio e vem sendo o responsável por levar estudantes de Mecatrônica para a Robocup, experiências como essa fazem os estudantes descobrirem as possibilidades que existem lá fora. “A maior missão de um professor é fazer os alunos acreditarem que é possível, acreditarem que eles também podem, acreditarem que seus esforços os levarão aonde nunca imaginaram”, diz Guilherme. “Enfrentar viagens de descobrimentos como essa é uma experiência única para o aluno. Eles se tornam mais seguros e mais sábios. Acredito que o amadurecimento depende da quantidade de experiência adquirida longo da vida. E viver uma ‘aventura’ como essa é ganhar muitos pontos de experiência”, conclui.

O programa

Em parceria com a Agência de Ciência e Tecnologia do Japão (JST, na sigla em inglês) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), o programa custeará todas as despesas dos representantes brasileiros – passagens aéreas, hospedagem, alimentação, transporte terrestre no Japão, seguro-viagem e visto japonês. Somente os valores referentes à emissão do passaporte e a viagem para entrevista no consulado japonês para obtenção do visto não serão cobertos.

A lista com o nome dos estudantes selecionados foi enviada ao MEC. O órgão agora fará a intermediação junto à Agência de Ciência e Tecnologia do Japão, responsável pelo programa, para dar prosseguimento ao processo.

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