O direito à saúde e a população em situação de rua: alunas de Gestão Hospitalar publicam artigo em revista da OAB

PESQUISA Data de Publicação: 11 jul 2023 19:07 Data de Atualização: 11 jul 2023 19:14

Lançada nesta terça-feira (11), a Revista Eletrônica da OAB Joinville, em seu volume 2 de 2023, traz o artigo “O direito à saúde e a população em situação de rua: os desafios dos Consultórios na Rua”, produzido pelas alunas do curso de tecnologia em Gestão Hospitalar do Câmpus Joinville Andrêssa Kelyn Portela Mendonça e Daialle de Santana Dias Evangelista Feijó e pela professora Andrea Heidemann.

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A partir de pesquisa bibliográfica, o artigo descreve as demandas e os desafios encontrados na implementação dos Consultórios de/na Rua no Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo faz parte do trabalho de conclusão de curso (TCC) das duas alunas formandas, com orientação da professora Andrea.

O programa Consultório na Rua foi criado pela Política Nacional de Atenção Básica – PNAB/Portaria n.º 2.488, de 21 de outubro de 2011, e tem como finalidade acolher toda e qualquer pessoa que esteja em situação de vulnerabilidade com ênfase na saúde de cada indivíduo. Até 2020, o Brasil contava com 165 equipes distribuídas em 105 municípios.

Conforme as autoras do estudo, os problemas mais recorrentes envolvem o “acolhimento e a escuta qualificada da pessoa em situação de rua, o preconceito vivido por eles por parte da sociedade e dos profissionais, a falta ou pouca infraestrutura para o atendimento dessa população (tanto pelos espaços físicos inadequados para o atendimento e para abordagens coletivas), a falta de transporte que viabilize a locomoção da equipe de saúde e o encaminhamento dos usuários para a rede de saúde.”

O artigo apresenta ainda a desmotivação dos profissionais e a falta de articulação entre os setores da atenção primária à saúde (APS) e os atores sociais envolvidos no processo como desafios listados pelos autores pesquisados. “Outro dado relevante refere-se à informatização dos dados, tanto pela falta de equipamentos como, também, pela falta de capacitação dos profissionais, o que acarreta no registro descontinuado dos atendimentos e na consequente fragilidade na integralidade das ações e planos terapêuticos proposto”, complementam.

Como exemplos de ações adotadas pela Política Nacional de Humanização (PNH), elas citam direcionamentos para garantir a privacidade nos atendimentos, políticas públicas para o amparo dessa população, suporte emocional, entrega dos kits higiene para o cuidado do corpo. “Por fim, é enfatizado que a educação permanente dos indivíduos é um fator essencial nesse processo de mudança, para o conhecimento acerca dos fatores que os expõe a riscos e para o desenvolvimento da sua autonomia.”
 

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