Professor do Câmpus Urupema leva prática do xadrez para alunos da rede pública estadual

EXTENSÃO Data de Publicação: 12 jul 2023 13:18 Data de Atualização: 14 jul 2023 09:30

O professor de informática do Câmpus Urupema Eder Daniel Corvalão realizou no primeiro semestre deste ano uma atividade voluntária na Escola Estadual Manoel Pereira de Medeiros. O objetivo foi levar o xadrez para os alunos do Ensino Fundamental local. A ideia é que a iniciativa se mantenha, desta vez como projeto de extensão.

Segundo o professor, a escola disponibilizou uma sala que se tornou o "Clube de Xadrez" e teve o envolvimento de 20 alunos. "Associando características do jogo com o conteúdo das disciplinas, foi possível perceber uma evolução do entendimento dos alunos. A direção da escola apoia totalmente a iniciativa e pretende dar seguimento no próximo semestre", conta Eder, que também é coordenador de pesquisa do Câmpus.

Éder relaciona o ensino do xadrez como uma ferramente muito importante no processo ensino-aprendizagem, devido a sua pluraridade de sentidos no âmbito educacional. "Quando apresenta a história do xadrez, sua origem, estuda-se a geografia. As possibilidades das inúmeras jogadas relacionam-se à matemática. Os benefícios morais que o xadrez proporciona são de grande relevância para as crianças, tais como: o respeito mútuo, a autonomia, a tolerância, o espírito de competição, o sentimento de vitória e de derrota, conhecer e reconhecer o ponto de vista do outro. As inúmeras jogadas e possibilidades fazem com que as crianças exercitem o imaginário, o trabalho e a inteligência" diz.

A relação do professor com a modalidade vem de longa data. Éder foi atleta de xadrez e participou de mais de dez edições dos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC). Além disso, foi técnico das seleções de Florianópolis e de Santa Catarina da modalidade. Em Urupema, a ação levou o xadrez para a escola uma vez por semana, em dois turno, para contemplar o máximo de alunos possível.

Sendo um projeto de extensão regularizado, o professor poderá dispor de carga horária docente para realizar a atividade, além de poder contar com recursos financeiros para contratação de bolsistas do IFSC que ajudariam na execução. "Poderíamos ampliar o projeto para duas vezes por semana na escola e, ainda, colocar um Clube de Xadrez dentro do IFSC funcionando semanalmente e aberto à comunidade do município", completa.

O resultado da ação foi perceptível para os alunos. Maria Luiza Farias Rodrigues, de 13 anos e aluna do 8º ano do Ensino Fundamental, nunca tinha tido contato com o xadrez e notou melhoras na aprendizagem. "Senti um pouco mais de facilidade e praticidade na matemática", comenta. O xadrez lhe rendeu não apenas isso, mas também medalhas. Mesmo com apenas três meses de prática, ela ficou com o segundo lugar na etapa do Planalto nos Jogos Escolares de Santa Catarina (JESC), disputado em São Joaquim. "Pretendo continuar praticando o xadrez. Mesmo que não vire atleta profissional, quero manter a prática", finaliza.

O xadrez não era novidade para João Henrique Cardoso de Andrade. Aos 14 anos e estudante do 9°ano do Ensino Fundamental, João já tinha o contato, mas não havia o interesse do aprofundamento até então. "Aí, quando o xadrez chegou na escola, eu entendi o que era o esporte, comecei a jogar e não parei mais", diz. O aluno também notou que a prática foi importante em sua vida escolar, em especial para assimilação de conteúdo e resolução de problemas. "Eu senti um pouco mais de facilidade em realizar as tarefas e exercícios escolares, melhorou bastante minha concentração também", acrescenta.

João também foi um dos participantes da etapa Planalto do JESC. Para ele, ir além da recreação e estabelecer competitividade é um fator primordial para seguir na prática. "Os campeonatos me animam bastante, porque me motivam a treinar para ficar cada vez melhor", finaliza.

 

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