INOVAÇÃO Data de Publicação: 09 ago 2023 11:34 Data de Atualização: 11 ago 2023 10:33
A equipe Zênite Solar, do Câmpus Florianópolis, conquistou o 2º lugar no Desafio Solar Brasil 2023, realizada entre os dias 31 de julho e 6 de agosto, na praia de Icaraí em Niterói/RJ. Essa 18ª edição contou com a participação de 13 embarcações dos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Amazonas e Pará. O Desafio Solar Brasil é uma competição universitária de rali de barcos movidos a energia solar, visando o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis baseadas em energias limpas e com maior eficiência para o transporte náutico.
Para conquistar a 2ª posição, a Zêmite venceu três das sete provas da competição, com destaque para a prova de match race, onde as equipes participam de uma competição eliminatória direta em pares, e a prova de Sprint, que é a mais rápida da competição. “Pela quarta competição seguida, vencemos esta prova. Destaque para habilidade do piloto Marcos Moraes, o Japonês Voador, e o mascote e copiloto, Marquinhos Trovão”, relata o professor Flabio Batista.
Participaram da competição treze alunos de diversos cursos do Câmpus, como os cursos Tecnólogo em Eletrônica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecatrônica. “Porém é importante ressaltar que o sucesso da equipe na competição é devido ao esforço de todos os membros da equipe, mesmo aqueles que não puderam viajar”, ressalta Batista.
Segundo ele, a equipe tem se destacado por apresentar soluções próprias para o desenvolvimento de diversos elementos que compõe o barco solar de acordo com as necessidades apresentadas, diferentemente da solução comum onde a montagem do sistema é feita a partir de equipamentos comerciais. O grande diferencial deste projeto é um sistema eletrônico robusto e inovador, capaz de operar em uma situação real, não apenas simulada em laboratório e com bom desempenho. Atualmente, 100% do sistema eletrônico utilizado no barco solar é desenvolvido pela própria equipe.
Inovação
Entre os projetos que proporcionaram a conquista deste título a equipe inovou também com a operação no novo painel de piloto com display de informações integradas à rede CAN e o sistema de fixação para os novos painéis flexíveis, que proporcionaram uma redução de 80 kg para 37,5 kg nestes elementos, com um aumento de 1000 W para 1575 W de potência de pico instalada. Estes projetos foram de fundamental importância para a melhoria do desempenho durante as provas da competição.
Flabio destaca que, para a inclusão dos novos painéis, a equipe está desenvolvendo novos controladores de carga dos painéis, os quais ainda estão em fase de teste. “Durante algumas das provas do Desafio esses controladores apresentaram problemas, prejudicando nossa classificação nas provas e na pontuação geral da competição. Nas situações em que conseguimos ter todo o sistema operacional obtivemos um bom gerenciamento de energia, provando que quando essa nova parte estiver mais confiável teremos melhor autonomia e desempenho nas provas longas de percurso”, explica.
Além da apresentação do artigo científico no seminário do evento, outra interação importante foi a da visitação de alunos de diversas escolas e da população local, com a divulgação sobre a energia solar renovável e as características do projeto da nossa equipe.
Ele conta que nesta etapa as condições de mar estavam mais difíceis, onde alguns barcos tiveram problemas com a forte rebentação, o que dificultou entrada, saída e manutenção de barcos danificados.
As equipes foram alojadas no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), sendo que nos primeiros dias foram realizadas as montagens das embarcações, as provas de pilotos (habilitação e natação) e as inspeções técnicas (naval e elétrica).
Durante a competição os alunos puderam interagir com pessoas de diversas regiões, tanto das equipes quanto da comunidade externa, com a troca de conhecimentos técnicos e experiências. Também houve a possibilidade de divulgação do projeto em algumas mídias, como TV, Instagram e blogs.