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IFSC inicia certificação de competências em penitenciárias de Criciúma

ENSINO Data de Publicação: 13 nov 2018 11:30 Data de Atualização: 13 nov 2018 09:47

O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) deu início nesta segunda-feira (12) ao processo de certificação de competências de homens e mulheres que cumprem pena de reclusão na Penitenciária Sul e na Penitenciária Feminina de Criciúma. Até o final do ano, cerca de 70 pessoas serão avaliadas a fim de receber certificados que atestam a experiência profissional em áreas em que atuam dentro das unidades.

Na Certificação Profissional por Competência (Certific), o estudante comprova a experiência profissional em uma determinada área, sendo avaliado pelo IFSC e apenas complementando as disciplinas necessárias para obter a certificação profissional. Iniciativa do Câmpus Criciúma, o Certific será realizado com duas turmas que trabalham para empresas externas dentro das penitenciárias.

Na penitenciária masculina, os reeducandos serão avaliados para receber certificação como Montadores de Esquadrias de Alumínios. Já na penitenciária feminina, as mulheres que atuam em uma panificadora receberão certificação em Boas Práticas para Manipuladores de Alimentos. O objetivo é comprovar a experiência para que as pessoas possam obter melhores oportunidades no mercado de trabalho quando tiverem cumprido suas penas.

“Faz parte da missão institucional do IFSC formar cidadãos por meio da educação profissional e tecnológica e este é mais um trabalho que o IFSC realiza no seu dia a dia. É um processo de avaliação do conhecimento, garantindo um certificado que dê mais oportunidades no mercado de trabalho. É um processo que traz resultados e nos gratifica bastante”, disse o chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa e Extensão (Depe) do Câmpus Criciúma, Daniel Comin, à turma de mulheres que participará do Certific.

Nesta segunda, foram realizadas as primeiras atividades com os dois grupos. Além da apresentação do Certific, foi realizada uma entrevista coletiva para que os alunos relatassem o processo de trabalho em suas unidades. Estiveram presentes as coordenadoras do Proeja e do Certific do IFSC, Elenita de Lima Ramos e Cláudia Hickenbick. Nas próximas semanas, serão realizadas entrevistas individuais e avaliações sobre as habilidades e competências dos participantes.

Parcerias 

O IFSC atua desde 2009 com o Certific e já certificou profissionais em diversas áreas, como soldador, pescador, guia de turismo, garçom e vendedor, entre outras. No Câmpus Criciúma é a primeira vez que o processo acontece. Porém, desde o ano passado o Câmpus vem realizando cursos de capacitação na Penitenciária Sul, estendendo as atividades neste ano para a Penitenciária Feminina.

Além do Certific, outros projetos estão sendo desenvolvidos pelo Câmpus Criciúma nas duas penitenciárias, sob responsabilidade da coordenadora de Extensão, Marisilvia do Santos. O projeto “Empoderamento de Mulheres no Cárcere”, coordenado pela professora Janaína Antunes dos Santos, vem desenvolvendo atividades de artesanato e canto coral. Também está em curso um projeto de literatura desenvolvido pela professora Carla Scapini na penitenciária masculina, além de um curso de qualificação profissional de Assistente de Operador de Águas e Afluentes.

Em março deste ano, a reitora Maria Clara Schneider participou da entrega de certificados para dezenas de reeducandos da Penitenciária.

Gerente de educação da Penitenciária Sul, Max Dagostin de Mello destaca que a presença do Instituto Federal desperta o interesse dos reeducandos por capacitação e contribui para o sistema prisional cumprir sua missão. “A parceria com o IFSC é um marco para o sistema prisional na região. A presença dos professores, o uso de tecnologias, a própria presença da reitoria na formatura realizada ano passado, os alunos percebem essa valorização. O IFSC está presente na rotina da unidade e os alunos costumam solicitar cursos dentro de suas habilidades”, diz. “O IFSC contribui para cumprirmos nossa missão de devolver para a sociedade pessoas capazes de se reintegrar, qualificando profissionais autônomos que possam se reinserir no mercado do trabalho e recuperar vínculos familiares, sociais e profissionais”, completa.

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