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Projeto de extensão do Campus Xanxerê produz adubo a partir de resíduos orgânicos

CÂMPUS XANXERÊ Data de Publicação: 10 out 2012 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 14:09

 

O Campus Xanxerê do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) está com uma iniciativa inédita no campus. O novo projeto de extensão visa o desenvolvimento da prática de reciclagem de resíduos orgânicos na comunidade interna e externa. Para atingir esse objetivo, uma composteira cilíndrica de 0.3 m³ foi colocada ao lado do laboratório de microbiologia do campus. A compostagem é um processo de decomposição biológica de resíduos vegetais e da agroindústria provocado pela ação de micro-organismos, podendo ser acelerada através de inoculantes - produtos que contêm micro-organismos de diversas espécies.
 
O coordenador do projeto e professor da disciplina de resíduos, Juliano Gomes, e a aluna extensionista Ana Laura Stiebe do terceiro módulo do curso técnico em Agroindústria são os responsáveis pela atividade. Ao todo, o projeto tem quatro etapas: escolha e montagem da composteira; preparo dos micro-organismos que irão acelerar o processo de compostagem; montagem da pilha de composto e monitoramento da mesma e maturação do composto e vermicompostagem. O trabalho está na fase de monitoramento da compostagem.

 “Quando deixei meu cargo de coordenação da gestão de resíduos sólidos em uma empresa de engenharia para vir trabalhar no campus, percebi que uma das maiores necessidades da região era justamente a gestão de resíduos sólidos”, afirma o engenheiro ambiental Juliano, professor de Ana Laura, que considerou urgente a realização de um projeto que aplicasse ao menos um dos 3R's (Reduzir, Reutilizar e Reciclar).
 
Segundo o professor, o impacto inicial do projeto será em benefício à comunidade acadêmica do campus. “A principal importância desse projeto será a possibilidade de das pessoas adquirirem conhecimento, valores, atitudes e experiências necessárias para protegerem e melhorarem o meio ambiente através da reciclagem, um dos itens abordados na Política Nacional de Resíduos Sólidos”, declara.
 
A princípio o projeto termina em dezembro. Mas, conforme o resultado, Juliano pretende dar continuidade ao trabalho. “Planejamos formular, na forma de um novo projeto de extensão, uma cartilha simples de compostagem para ser apresentada à comunidade externa, principalmente para a agricultura familiar, que possui pouco suporte técnico na gestão de resíduos, agregando valor em sua atividade e contribuindo para o desenvolvimento regional sustentável”, diz.
 
Segundo o professor, o gerenciamento de resíduos sólidos tornou-se um problema de proporções globais. “Devido à limitação de recursos, população em crescimento exponencial, rápida urbanização e industrialização, todas as atividades na atualidade geram quantidades significativas de resíduos, incluindo detritos altamente perigosos à população e ao meio ambiente”, afirma.
 
A disposição inadequada dos resíduos sólidos em estado de decomposição gera um líquido denominado chorume, que através da lixiviação, pode contaminar as águas subterrâneas e, posteriormente, afetar na qualidade das águas para o abastecimento público e contaminar os alimentos e o solo. “A Educação Ambiental e Gestão de Resíduos Sólidos deveria ser disciplina básica na grade curricular de todos os campi do IFSC”, destaca.
 
 
Doações
 
O campus aceita doações de resíduos orgânicos, tais como restos, cascas e talos de frutas, verduras e legumes, bagaços, borra de café, erva mate, casca de ovo, saquinhos de chá, sementes, entre outros. Os resíduos devem ser depositados na lixeira marrom que está abaixo da caixa d'água do campus, próxima ao letreiro do IFSC.

 

 

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