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Alunos participam de projeto de pesquisa desenvolvido em escola municipal

CÂMPUS SÃO JOSÉ Data de Publicação: 14 set 2017 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:35

 

No início do segundo semestre deste ano a professora Joseane Amorim da escola municipal Adotiva Liberato Valentim, localizada no bairro Costeira, em Florianópolis, entrou em contato com a equipe de estágio do câmpus São José com um questionamento. Ela gostaria de saber se alguma de nossas turmas de Licenciatura poderia contribuir com um projeto de pesquisa, que os alunos do 3º ano do ensino fundamental da escola estão desenvolvendo com o tema: “Novas espécies de animais descobertas na Amazônia entre 2013 e 2016”.

Este tema foi escolhido pelos próprios estudantes da escola municipal, durante a aplicação do projeto “Aprender a conhecer: pesquisar de corpo inteiro”, trabalho que vem sendo desenvolvido desde o início deste ano, em parceria com as famílias das crianças. Adriana Kuhn, que é bibliotecária da escola municipal, e que participa da aplicação do projeto, conta que um dos pontos mais significativos do trabalho de pesquisa é a contribuição dos parceiros acadêmicos e o envolvimento das famílias no dia a dia da escola.

Os resultados da investigação das crianças serão apresentados na feira de ciências da escola, que ocorre em outubro, e a participação dos acadêmicos do câmpus servirá para auxiliar as crianças em suas investigações. 

Participação dos acadêmicos

Nossos alunos da 7ª fase da licenciatura em Ciências da Natureza com Habilitação em Química aceitaram o desafio proposto pela professora Joseane. Durante a disciplina de estágio de regência em ciências organizaram um projeto de intervenção coletiva denominado “Discutindo sobre novas espécies de animais e sobre a taxonomia nos anos iniciais do Ensino Fundamental” (taxonomia é um conjunto de métodos classificatórios. Em biologia, o termo é empregado para classificar seres vivos).

O projeto foi executado na tarde do dia 4 de setembro, quando foi realizada a intervenção com as crianças do 3º ano do ensino fundamental. Os acadêmicos apresentaram uma peça teatral que discutia como os cientistas fazem para descobrir novas espécie de animais.

 

A partir da peça, os acadêmicos debateram com as crianças algumas questões sobre classificação de novas espécie e construíram com eles mapas do Brasil, localizando os seis biomas de características distintas existentes em nosso país, que são a Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Os alunos distribuíam nos mapas os animais e a vegetação existente em cada um destes biomas.

 

No encerramento da atividade, uma das alunas fez o papel de uma engenheira que tirava medidas na floresta. Para grande surpresa de todos os envolvidos, os alunos em peso levantaram-se e foram perguntar para a engenheira o que ela fazia, e ela relatou que tirava medidas por que iriam construir um shopping no local. O professor de Biologia do câmpus Manuel Rebollo conta que "foi lindo ver os alunos discutindo com a engenheira a importância de se preservar aquela floresta, usando argumentos fundamentados na aula que tinham acabado de assistir, enquanto a engenheira defendia os argumentos que justificavam a continuidade da obra".

 

Experiência significativa

 

A professora do câmpus Paula Alves de Aguiar conta que nossos acadêmicos utilizaram diferentes recursos didáticos e de forma lúdica e divertida construíram com os alunos da escola uma significativa tarde de aprendizados e trocas de experiências, "as crianças também ensinaram ao contar sobre o que já tinham aprendido com a investigação que estão realizando". No final do encontro foi debatido e problematizado qual o papel de cada um para a preservação dos biomas do Brasil.

 

 

Kauã Mandrik, aluno do terceiro ano da escola, conta que para ele a aula foi muito interessante, "aprendi bastante sobre a localização dos biomas, teve muitas coisas que eu não sabia e outras que eu já conhecia. As atividades foram importantes pois tiramos dúvidas sobre nosso projeto". Já Bianca Baggio Souza disse que alguns animais que foram apresentados ela já conhecia e sabia o nome, outros não. "O teatro foi muito engraçado e informativo", diz Bianca. Emily Oliveira agradeceu aos acadêmicos por virem a sua escola, "adorei o teatro e as atividades. Eu gostei muito desse dia! Foi legal".

 

A acadêmica de licenciatura Jacqueline Machado acredita que a intervenção na escola foi um excelente desafio. "Fomos muito bem recepcionados, os alunos da turma nos surpreenderam positivamente. Essa oportunidade, com certeza, enriqueceu ainda mais nosso processo de formação acadêmica", comenta.

Para a professora da escola municipal Joseane Amorim a atividade realizada pelos acadêmicos do IFSC foi muito importante, pois contribuiu para ampliar os conhecimentos das crianças sobre o tema que estão investigando. "As atividades foram lúdicas e dinâmicas, o que despertou ainda mais o interesse e mobilizou a participação de todos", comemora.

O projeto de intervenção coletivo desenvolvido por nossos acadêmicos teve a orientação dos professores Manuel Rebollo e Paula Alves de Aguiar.


Por Comunicação do IFSC Câmpus São José
Imagens: Manuel Rebollo

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