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Histórico

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Onde tudo começou

O IFSC foi criado em Florianópolis por meio do Decreto 7.566, de 23 de setembro de 1909, pelo presidente Nilo Peçanha, como Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina. Seu objetivo era proporcionar formação profissional aos filhos de classes socioeconômicas menos favorecidas. A primeira sede foi instalada em 1º de setembro de 1910, em um prédio cedido pelo governo do Estado, na Rua Almirante Alvim, no Centro da capital catarinense.

Além do ensino primário, a instituição oferecia formação em desenho, tipografia, encadernação e pautação, carpintaria da ribeira, escultura e mecânica (que compreendia ferraria e serralheria).

Assim, a Escola de Aprendizes Artífices atuava em consonância com os avanços tecnológicos de seu tempo, atendendo às demandas do setor produtivo e da sociedade da época. Havia necessidade de produção de comunicação por meio impresso e soluções em transporte, que consistia basicamente em bondes puxados a burro e embarcações que transportavam carga do continente para abastecer a ilha.

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Mudanças de sede e de status

Dez anos depois da instalação, a Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina transferiu sua sede para um prédio na rua Presidente Coutinho, também no Centro de Florianópolis.

Em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937, a instituição mudou de nome e status, para Liceu Industrial de Florianópolis e, cinco anos mais tarde (Decreto-Lei nº 4.127, de 23 de fevereiro de 1942), transformou-se em Escola Industrial de Florianópolis. Com isso, começou a oferecer cursos industriais básicos com duração de quatro anos aos alunos que vinham do ensino primário e cursos de mestria aos candidatos à profissão de mestre.

Em 1962, a Escola Industrial de Florianópolis transferiu-se para uma nova sede, na avenida Mauro Ramos, no Centro de Florianópolis, no local onde hoje funciona o Câmpus Florianópolis. O nome e o status da instituição mudaram novamente em 1965, com a Lei nº 4.759, de 20 de agosto, passando para Escola Industrial Federal de Santa Catarina.

A partir de 1968, com a portaria ministerial nº 331, de 17 de junho, a instituição tornou-se Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETF-SC). Naquela época, começou o processo de extinção gradativa do curso Ginasial, por meio da supressão da matrícula de novos alunos na primeira série. O objetivo era especializar a escola em cursos técnicos de segundo grau (atual ensino médio).

Depois da edição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971), a LDB, e da reforma do ensino de primeiro e segundo graus (fundamental e médio) introduzida por ela, a então ETF-SC passou a funcionar somente com segundo grau.

Novos cursos e unidades

Nas décadas de 1970 e 1980, a então ETF-SC implantou diversos cursos, como os de Estradas, Saneamento, Eletrônica, Eletrotécnica, Telecomunicações e Refrigeração e Ar Condicionado, motivados principalmente pelo “milagre brasileiro”, que fomentou o uso da tecnologia para o desenvolvimento econômico.

Em 1988, a escola iniciou a oferta dos cursos de Telecomunicações e de Refrigeração e Ar Condicionado em São José, em um prédio cedido pela prefeitura. Três anos depois, a instituição inaugurou a Unidade São José, em instalações próprias. Foi a primeira unidade de ensino fora da capital catarinense.

No início da década de 1990, com a chegada da era dos serviços e da informática, a ETF-SC passou a oferecer cursos como Informática, Enfermagem e Segurança do Trabalho. Em 1994, foi implantada a terceira unidade de ensino da instituição, a primeira no interior de Santa Catarina, na cidade de Jaraguá do Sul, na região Norte do Estado. Naquela época, os cursos oferecidos eram de Têxtil e Eletromecânica. Um ano depois, passou a ser oferecido, no município de Joinville, o Curso Técnico de Enfermagem, como extensão da Unidade Florianópolis.

Mudança para Cefet-SC e fase de expansão

A Lei 8.948/1994 transformava automaticamente todas as Escolas Técnicas Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica, condicionando o ato à publicação de decreto presidencial específico para cada novo centro.

A ETF-SC foi transformada oficialmente em Cefet-SC em 27 de março de 2002, com a publicação do decreto de criação no Diário Oficial da União (DOU). Com a mudança, a instituição passou a oferecer cursos superiores de tecnologia e de pós-graduação lato sensu (especialização).

Em 2006, como parte do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, o Cefet-SC implantou três novas unidades de ensino. Uma delas, a Unidade Continente, foi instalada na parte continental de Florianópolis, oferecendo cursos na área de turismo e hospitalidade.

As outras duas unidades foram implantadas no interior de Santa Catarina: em Chapecó, no oeste, e Joinville, no norte. Também em 2006, a instituição passou a oferecer o curso técnico em Pesca, o primeiro em pesca marítima do país, em Itajaí, no litoral norte, vinculado à Unidade Continente. A sétima unidade de ensino do Cefet-SC começou as atividades em fevereiro de 2008, em Araranguá, na região sul.

Mudança para IFSC e nova fase de expansão

A Lei 11.892/2008 criou a  Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, formada por 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Assim, o Cefet-SC transformou-se em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC).

Os Institutos Federais (Ifs) são autarquias vinculadas ao Ministério da Educação, com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. Oferecem educação básica, profissional e superior em estrutura multicâmpus, com forte inserção na área de pesquisa e extensão.

Em 2009 e 2010, o IFSC passou por uma nova etapa de expansão, com a implantação dos câmpus Caçador, Canoinhas, Criciúma, Gaspar, Itajaí, Lages, São Miguel do Oeste e Urupema. Em 2010 foram federalizados os câmpus Geraldo Werninghaus (em Jaraguá do Sul) e Xanxerê e implantado o Câmpus Garopaba. No mesmo ano, foi criado o Câmpus Palhoça Bilíngue, primeira escola a oferecer aulas bilíngues em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e Português na América Latina e implantada a sede própria da Reitoria no bairro Coqueiros, em Florianópolis.

Em 2015, foram inaugurados os câmpus São Carlos, Tubarão, e o Câmpus Avançado São Lourenço do Oeste, ligado ao Câmpus São Miguel do Oeste.

Paralelamente à expansão dos câmpus, houve a implantação da educação a distância no IFSC. A história começou em 2000, quando a Unidade de São José ofereceu o primeiro curso básico em Refrigeração nessa modalidade. Em 2007, o IFSC (então Cefet) também aderiu ao Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil/MEC), implantando o curso técnico em Informática para a Internet.

Atualmente, a educação a distância no IFSC é coordenada pelo Centro de Referência em Formação e EaD (Cerfead), que também é responsável pelos programas de formação de professores e demais educadores e de gestores do serviço público.
Em 2017, foi implantado o Polo de Inovação do IFSC, vinculado à Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação – Embrapii Sistemas Inteligentes de Energia, sediada no Câmpus Florianópolis. 

A instituição chegou a 2023 com 22 câmpus implantados, 2.782 servidores, sendo 1.622 professores e 1.160 técnicos administrativos, e 42.058 estudantes matriculados em cursos presenciais e a distância, que vão da qualificação profissional aos cursos de educação de jovens e adultos, técnicos, superiores e pós-graduação.

Além disso, em maio de 2024, foi criado o Câmpus Tijucas, que está em fase de implantação e irá oferecer cursos nos eixos tecnológicos de Ambiente e Saúde; Informação e Comunicação; e Turismo, e Hospitalidade e Lazer.

Diretores desde a criação da Escola de Aprendizes Artífices

  • 1910 - José Cândido da Silva
  • 1914 - Heitor Blum
  • 1917 - Álvaro Antunes Ramos (pro tempore)
  • 1918 - João Cândido da Silva Muricy
  • 1929 - Gabriel Alencar de Azambuja
  • 1932 - Jorge Pereira de La Roque
  • 1933 - Cid Rocha Amaral
  • 1956 - Sezefredo Blascke
  • 1961 - Moacir Benvenutti
  • 1963 - Antônio de Freitas Moura
  • 1964 - Frederico Guilherme Büendgens
  • 1986 - Alfeu Hermenegildo
  • 1994 - Soni de Carvalho
  • 1998 - José Tadeu Arante (pro tempore)
  • 1999 - Waléria Kulkamp Haeming (pro tempore)
  • 1999 - Juarez Pontes
  • 2004 - Consuelo Aparecida Sielski Santos

Reitores do IFSC

  • 2009 a 2011 - Consuelo Aparecida Sielski Santos (pro tempore)
  • 29/6/2011 a 19/12/2011 - Jesué Graciliano da Silva (pro tempore)
  • 20/12/2011 a 18/04/2020 - Maria Clara Kaschny Schneider
  • 04/05/2020 a 17/08/2021 - André Dala Possa (pro tempore)
  • 18/08/2021 - atual - Maurício Gariba Júnior

Fontes:
ALMEIDA, Alcides Vieira de. Dos aprendizes artífices ao CEFET-SC. Florianópolis: CEFET-SC, 2002.
Plano de Desenvolvimento Institucional do IFSC – PDI 2015 – 2019.
Relatório de Gestão do IFSC – 2015.
Plataforma Nilo Peçanha (PNP) 2024, ano base 2023.

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