Atletas do IFSC se dividem entre paixão pelas quadras e pelo videogame

JIFSC Data de Publicação: 04 ago 2023 14:45 Data de Atualização: 04 ago 2023 17:11

Quem diz que os jovens fissurados em videogame não se exercitam precisa rever seus conceitos. Atletas do IFSC mostram que é possível conciliar a habilidade no mundo virtual com a energia e disposição do futebol, vôlei ou basquete. São alunos que participaram dos Jogos Eletrônicos do IFSC (eJIFSC) e, três dias depois, estavam com toda garra e disposição nas quadras do JIFSC.

Um exemplo são os cinco estudantes do Câmpus Joinville que formaram a equipe “Matadores de Marreco“ para disputar a modalidade League of Legends. Depois de conquistarem o terceiro lugar na edição 2023 dos Jogos Eletrônicos, todos foram para as quadras em diferentes modalidades do JIFSC. “Sou fascinado por todo tipo de competição. Desde muito novo jogo futebol. Ano passado comecei a treinar futsal no IFSC e, quando vimos que teria o eJIFSC, resolvemos montar a equipe também para nos divertir jogando”, conta Arthur Schotten.

Em comum entre os jogos em quadra e na tela, ele cita a necessidade de entrosamento da equipe. “Faz toda diferença. Acho que no jogo eletrônico ganha até da habilidade”, afirma.

Foi o companheirismo que tirou Enrico Dutra Azevedo, do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro, da frente do computador nos finais de semana. A amiga Julia Shamily queria jogar vôlei, mas estava um pouco envergonhada e convidou o Enrico para acompanhá-la nos treinos em dupla aos sábados no câmpus. “Foi por causa desse incentivo dela que comecei a jogar vôlei de praia no ano passado. Como não sou fã de estar com muita gente, gostei muito da modalidade, treinei e já vim pro JIFSC”, conta.

A atividade física não fazia parte da vida dele antes da insistência de Julia. A fascinação era exclusiva pelos jogos eletrônicos. “Na pandemia isso até se intensificou, eu era bem o estereótipo do jovem que só joga videogame”. Mesmo jogando vôlei, ele continuou fascinado pelo Free Fire, disputou o eJIFSC, mas agora o estereótipo ficou para trás.

Para o técnico administrativo Rafael Seiz Paim, do Câmpus Joinville, a popularização dos jogos eletrônicos permitiu uma maior diversidade de público. Ele participa da comissão organizadora do eJIFSC e, antes mesmo do evento ser criado, já ajudava o câmpus a promover disputas locais de jogos eletrônicos. “Chegamos a ter 12 equipes e criamos uma cultura no câmpus”.

Como assistente de alunos, Rafael conhece bem os perfis dos estudantes. “Hoje o público é mais variado, com maior participação feminina nas disputas de videogame. E quem gosta de participar de eventos e competir acaba se envolvendo em diferentes modalidades, seja em esportes tradicionais ou de jogos eletrônicos”.

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