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Professor e estudantes do Câmpus Gaspar apresentam trabalhos no Copene

EVENTOS Data de Publicação: 20 set 2024 15:05 Data de Atualização: 20 set 2024 15:12

Estudantes dos cursos técnicos, da graduação e da pós-graduação do Câmpus Gaspar e o professor Luiz Herculano Guilherme participaram do XIII Congresso de Pesquisadores (as) Negros (as) (Copene), realizado de 09 a 13 de setembro em Belém (PA). O Câmpus levou para o evento banners e comunicações orais que são resultados de pesquisas que envolvem questões étnico-raciais e que envolvem membros do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi). O professor Luiz Herculano também participou da mesa-redonda “Discursos, mídias, racismo: o que circula entre o acadêmico e o corporativo?” e da mesa-redonda que discutiu a Olimpíada Brasileira de Relações Étnico-Raciais, Afro-Brasileiras, Africanas e Indígenas.  “O Copene é o evento de maior expressão no Brasil de discussão de relações étnico-raciais, racismo, raça, racialidade e é organizado pela Associação Brasileira de Pesquisadoras e Pesquisadores Negros e Negras da qual eu faço parte como diretor de assuntos institucionais. Desde 2020, o Câmpus Gaspar vem levando seus estudantes para o Copene. Vale destacar ainda que,  desde 2016, o Câmpus também participa do “Ser Negra” que a Semana de Estudos sobre Gênero e Raça. Esses eventos são muito importantes não só porque discutem questões legais como o cumprimento da lei n°10.639/2003, mas porque pautam discussões muito ricas e necessárias  de educação para as relações étnico-raciais, racialidade como componente do fazer e da formação científica de estudantes da educação básica, dos cursos técnicos, superiores e da pós-graduação. Essa formação é fundamental para que a gente possa construir um percurso  de uma educação não só antirracista, mas transformadora, porque mostra para os estudantes que a questão racial está no escopo e no currículo dos cursos técnicos e precisa ser discutida de forma qualificada”, avalia o professor Luiz Herculano. 

Os estudantes dos cursos técnicos integrados Maico da Silva Corrêa  e Luís César da Silva Júnior apresentaram uma pesquisa sobre as políticas afirmativas no IFSC. “A experiência foi maravilhosa. Foi meu quarto evento científico e sem dúvida voltei de Belém com a bagagem cheia, mas não de objetos, e sim de conhecimentos impagáveis. Sou muito grato pela oportunidade de apresentar minhas pesquisas em um evento dessa magnitude. Sem dúvida sou um pesquisador muito melhor e mais completo após a participação no congresso”, avalio estudante Luis César.

A também estudante do técnico integrado Anita Ribeiro Caruso levou para o evento um banner sobre raça e racialidade pensada a partir das políticas afirmativas do IFSC. “Essa experiência foi extremamente significativa para mim, enquanto jovem estudante negra.  No evento, o que mais me marcou foi a diversidade de ideias e vivências compartilhadas, que demonstram a pluralidade e a força do movimento negro, capaz de abraçar múltiplas perspectivas e formas de resistência. Estar rodeada de educadores, estudantes e pesquisadores negros me fez lembrar o quão longe podemos chegar e a importância da nossa luta para transformar realidades e construir um futuro mais justo e igualitário.”

Além de discussões sobre políticas afirmativas, os trabalhos também abordavam a perspectiva dos estudantes negros dentro de sua área de atuação. Esse é o caso da pesquisa dos estudantes do curso superior de Tecnologia em Design de Moda do Câmpus Gaspar Lídia Reis de Azevedo e Ryan Graciano que apresentaram o trabalho “Vivências pretas no universo da moda: narrativas e experiências pessoais de estudantes pretos no curso de Design de Moda. “Este é um evento de nível nacional em que acontece a interação entre grupos de diversos estados e é muito interessante conhecer uma gama de trabalhos assim como a vivência e a experiência de cada um. Além da riqueza dos debates, foi muito rico também conhecer a cultura de Belém do Pará, assim como o Theatro da Paz e os museus da cidade”, explica a estudante Lídia de Azevedo.

A estudante da pós-graduação em “Pesquisa e prática pedagógica” do Câmpus Gaspar Ângela Maria Rosa Custódio apresentou o trabalho “As amarras que limitam a ascensão de estudantes negros na educação formal”. “A pesquisa busca trazer a consciência as barreiras que impedem muitos estudantes negros de verem a educação como o caminho para diminuir a desigualdade. A educação é direito de todos, mas historicamente a população negra tem ficado à margem por conta de inúmeros obstáculos. Foi uma experiência única, participei de mesa-redonda e oficinas com palestrantes negros renomados e com pesquisas muito significativas. É muito forte estar em um congresso onde todos falam a mesma língua. Representatividade é tudo.”


Confira a lista de trabalhos apresentados:


As amarras que limitam a ascensão de estudantes negros na educação formal -  Ângela Maria Rosa Custódio 

Vivências Pretas no Universo da Moda: narrativas e experiências pessoais de estudantes pretos no curso de Design de Moda  - Ryan de Oliveira Graciano e Lídia Reis de Azevedo 

Caminhos trilhados pelo IFSC na aplicação das políticas afirmativas de cotas raciais - Luis Cesar da Silva Júnior e Maico da Silva Corrêa  

Um Vale não tão europeu: a presença de populações negras em diáspora no Barracão - Luis César da Silva Júnior
  
Caminhos trilhados pelo IFSC na implementação das ações afirmativas e nas discussões a respeito da raça e da racialidade - Anita Caruso Ribeiro, Maria Luiza Costa, Thiely dos Santos e Isadora Prim

Afrodescendentes na educação: o impacto da representatividade negra feminina na luta contra o racismo e a misoginia em escolas de Gaspar (SC) - Maria Eduarda Rosa Custódio e Isadora da Silva Bonelli

Racismo algorítmico e seus desdobramentos para a formação do técnico em Informática: um estudo a partir das discussões sobre raça, racismo e tecnologia - João Pedro Minella, 
Michael Barbosa de Sousa, João Paulo Vieira  e João Victor Alves 

Como andam o acesso, a permanência e o êxito de negros e negras no IFSC: um relato de experiência - Geovana Lemos da Silva 

 

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