EVENTOS Data de Publicação: 15 mai 2018 17:15 Data de Atualização: 16 mai 2018 14:45
O seminário “Diálogos e Aprofundamentos na Educação de Surdos”, realizado nos dias 8 e 9 de maio, no auditório do Atrium Offices, no Passeio Pedra Branca, e no Câmpus Palhoça Bilíngue, reuniu mais de 200 pessoas, de diferentes cidades da região sul do Brasil, dentre elas estudantes, professores da rede pública de ensino, tradutores e intérpretes de língua de sinais, pesquisadores e comunidade surda, com o objetivo de compartilhar conhecimentos e metodologias relacionadas à educação de surdos.
A abertura do evento, promovido pelo IFSC Palhoça Bilíngue, em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), contou com a presença do pró-reitor de ensino, Luiz Otávio Cabral, representando a reitora do IFSC, da diretora-geral do câmpus, Carmem Cristina Beck, do diretor-geral do Ines, Marcelo Ferreira de Vasconcelos Cavalcanti, da responsável pela área de educação especial do município de Palhoça, Clarice Maria dos Santos Galvão, representando a secretária municipal de educação, Shirley Nobre Scharf, e da presidente da Associação de Surdos da Grande Florianópolis, Sandra Lúcia Amorim.
A realização do evento é o início da consolidação de uma parceria entre as duas instituições: Ines e Câmpus Palhoça Bilíngue do IFSC. “Houve uma troca muito boa de experiências entre os profissionais das duas instituições, levando em consideração a realidade de cada uma na educação de surdos. Esse é o início de um convênio que vem sendo alinhavado entre as duas direções”, comentou o diretor-geral do Ines, Marcelo Ferreira de Vasconcelos Cavalcanti.
As atividades da tarde do primeiro dia do evento (8) envolveram as seguintes temáticas: educação bilíngue para surdos: concepções e implicações práticas, ministrada pelo tradutor e intérprete de Libras do Ines, Ramon Santos de Almeida; tradução e interpretação da Libras, com a exposição da professora do IFSC, Silvana Nicoloso; e língua portuguesa como segunda língua para surdos, apresentada pela professora do Ines, Verônica de Oliveira Louro Rodrigues.
Já no período da noite, a importância da Libras no contexto escolar, social e familiar foi o tema da palestra das professoras surdas do Ines, Vanessa Alves de Sousa Lesser e Renata Carvalho Rocha. Na sequência, teve ainda a realização de uma mesa redonda sobre tecnologias e educação bilíngue, mediada pela professora do curso de tecnologia em produção multimídia do IFSC Palhoça Bilíngue, Fabiana Bubniak, com a participação dos professores do IFSC, Daniela Satomi Saito e Bruno Panerai Velloso, que abordaram o tema tecnologias para comunidades: a língua de sinais em foco; do técnico em ilustração e animação do câmpus, Diego Urrutia, falando sobre a produção de materiais bilíngues; e da professora do Ines, Alessandra Sirvinskas, que tratou dos recursos didático-pedagógicos.
O segundo dia do evento contou com a realização de oficinas ministradas por profissionais das duas instituições proponentes (IFSC e Ines) e outras parceiras, como Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O grupo de teatro da Associação de Surdos da Grande Florianópolis também fez uma participação especial durante o intervalo das atividades.
A movimentação em torno do evento parece ter agradado aos alunos. "Eu gostei bastante do seminário pelo compartilhamento do conhecimento e pela possibilidade de perceber a realidade das duas instituições. Espero que tenham outros eventos desta natureza no câmpus”, comentou a estudante surda do curso de Pedagogia Bilíngue (Libras/Português), Thalita Aparecida Correia de Lima, que além de participante ajudou na monitoria do evento.
“Nossa intenção com essa parceria, além da realização do evento, é agregar a experiência centenária do Ines na área de educação de surdos ao IFSC Palhoça Bilíngue, pois somos uma instituição profissional e tecnológica que agrega dois eixos formativos: educação bilíngue e multimídia, os quais podem dar suporte à produção de materiais didáticos bilíngues (Libras/Português) que podem ser utilizados em todo o Brasil, bem como atuar na formação de profissionais, nos tornando referência na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, no que diz respeito à educação de surdos", destacou a diretora-geral do IFSC Palhoça Bilíngue, Carmem Cristina Beck.
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