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Pesquisa sobre peixe orgânico certificado mostra alternativa para produtores rurais

PESQUISA Data de Publicação: 30 jul 2018 11:14 Data de Atualização: 30 jul 2018 11:37

Feira de peixe orgânico vivo e almoço com buffet foram as agendas ocorridas sábado (28) para registrar a conclusão do projeto de pesquisa sobre peixe orgânico certificado, desenvolvido pelo Câmpus Gaspar. O peixe orgânico certificado é um dos primeiros a serem produzidos no Brasil. Ao longo de mais de dois anos de pesquisa, foi desenvolvida uma metodologia específica para garantir que todos os processos fossem feitos de uma forma agroecológica e certificada. 

As espécies cultivadas foram a carpa capim e o jundiá e uma das principais bases de alimentação dos peixes foi feita com o capim elefante picado, ao invés da ração que costuma ser utilizada nos modelos tradicionais de cultivo, o que fez com que os produtores conseguissem reduzir cerca de 60 a 70% dos custos. “O crescimento e o desenvolvimento do peixe nesse sistema que abdica da ração comercial acontece em um tempo maior de cultivo, consequentemente demorando mais para atingir o peso ideal de comercialização. O controle de doenças e parasitas devem ser feitos com indicações alternativas sem o uso de químicos”, explica a professora do Câmpus Gaspar Graciane Pereira, uma das responsáveis pela pesquisa.

Alternativa

A proposta é que o plano de manejo desenvolvido possa ser replicado por outros produtores com certificação orgânica participativa, para que possa ser mais barato e acessível para o pequeno produtor rural. “O peixe com certificação orgânica é uma alternativa para propriedades familiares com mão de obra própria, e deverá ser revisto o modelo de certificação, buscando a participativa como forma mais barata e acessível para o pequeno produtor rural. Com a experiência do modelo de certificação do peixe orgânico, desde o plano de manejo, mão de obra e viabilidade econômica, se faz um estudo mais preciso de buscar grupos de produtores orgânicos em vários municípios.” 

O projeto de pesquisa foi desenvolvido pelo Câmpus Gaspar, em parceria com a Prefeitura de Gaspar, Associação dos Aquicultores do município de Gaspar (Aquipar), Das Bier e Ecocert, por meio de uma chamada pública do CNPq.

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