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Câmpus Criciúma forma primeiros alunos de graduação

CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 02 mar 2020 10:17 Data de Atualização: 06 out 2020 12:39

Uma solenidade realizada na noite deste sábado (29) marcou um momento importante para a história do Câmpus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Após dez anos de sua implantação, o Câmpus formou as primeiras turmas de cursos superiores, que no final do ano passado tiveram a qualidade reconhecida pelo Ministério da Educação.

Veja as fotos da formatura no Facebook do Câmpus Criciúma.

O evento foi realizado na Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Ao todo, colaram grau onze formandos de Engenharia Mecatrônica e Licenciatura em Química, cursos iniciados respectivamente em 2015 e 2016.

“Esse ciclo começou há praticamente dez anos, quando realizamos as primeiras audiências públicas com intuito de compreender as demandas da sociedade e entender quais caminhos o Câmpus Criciúma deveria seguir. Nestas audiências, houve indicativo da implantação de um curso de Engenharia. Após a implantação do curso técnico em Mecatrônica, com a ideia de verticalizar os eixos tecnológicos do Câmpus, implantamos a Engenharia Mecatrônica como primeiro curso superior do Câmpus”, relata o professor Lucas Dominguini, atual diretor do Câmpus.

“Com a implantação do curso técnico em Química, considerando a verticalização dos eixos e também a legislação que preconiza a implantação de cursos de licenciatura nos institutos Federais, fizemos a opção pela criação do curso de Licenciatura em Química”, completa.

No final de 2019, o Ministério da Educação conferiu ao curso de Engenharia Mecatrônica o conceito 4 e ao curso de Licenciatura em Química o conceito 5, considerado de excelência pelo MEC. Além destes, o Câmpus Criciúma também oferece o curso de Engenharia Civil, cuja primeira turma ingressou em 2018. O IFSC é a única instituição pública de ensino superior da região carbonífera.

Formação de excelência

Ambos os cursos contam com laboratórios estruturados, grupos de pesquisa e uma série de projetos de extensão, além de centros acadêmicos que atuam na apresentação das demandas estudantis. Os estudantes de Engenharia Mecatrônica participam de empresa júnior, representam o IFSC em competições de robótica e realizam projetos de cunho social, em parceria com instituições como a Apae, numa mostra da amplitude da formação dos estudantes. Na Licenciatura em Química, um dos destaques do curso são os projetos que os estudantes realizam em parceria com escolas públicas da região, como no caso do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), em que os futuros professores de Química experimentam metodologias de ensino e se qualificam para a atuação em sala de aula.

Em seu discurso durante a formatura, a reitora do IFSC Maria Clara Kaschny Schneider destacou a importância da expansão dos Institutos Federais, que hoje contam com 660 câmpus espalhados pelo Brasil, levando educação pública e de qualidade para o interior do país.

“A educação pública faz transformação, mas ela precisa que a gente assuma um compromisso de lutar por ela. É um compromisso de toda a sociedade. Educação deve ser uma política de Estado, não de governo. Ela não pode ser objeto de cortes orçamentários, porque ela deixa de ser prioridade. A educação pode mudar o contexto do nosso país, mas queremos que a sociedade esteja engajada neste movimento de defesa e de luta pela educação pública”, disse a reitora.

A solenidade de formatura contou com a presença de servidores do Câmpus, colegas dos formandos e familiares, tanto da região sul de Santa Catarina como também de outros estados. Um dos momentos de maior emoção foi a homenagem que os formandos prestaram aos pais, ao som de uma música cantada pela formanda Dyenifer Martins Barbosa.

Paraninfa das turmas, a professora Marleide Coan Cardoso, que foi a primeira coordenadora do curso de Licenciatura em Química, também fez uma defesa da educação pública, como pilar que sustenta a formação de qualidade dos primeiros engenheiros mecatrônicos e licenciadas em química formados pelo IFSC.

“Não esqueçam nunca da educação pública de qualidade ao desempenharem suas atividades profissionais. Foi ela que permitiu a vocês enxergarem mais longe. Acreditem na força da educação, do conhecimento, da ciência. A ausência da ciência leva o mundo ao caos, precisamos estar vigilantes. É preciso refletir sobre o momento da nossa educação. Vocês, agora professores e engenheiros, não devem deixar que espalhem fake news com relação à educação pública, embora reconheçamos que há muito o que ser feito”, defendeu, em seu discurso na formatura.

Sonhos e perspectivas

Oriundos na maioria de Criciúma e cidades próximas, além de estados como São Paulo, os primeiros graduados do Câmpus comprovam a qualidade e amplitude da formação oferecida pelo IFSC.

Para Vitória Miliolli, 22 anos, moradora de Araranguá, a participação em projetos de extensão com estudantes de uma escola pública reforçou a vontade de ser professora. “Saio com a plena certeza de que fiz a escolha certa pra minha vida. A situação mais importante pra mim foi a participação em um projeto de extensão em que realizamos saídas de campo pelo rio Linha Anta, com alunos de uma escola parceira, e isso me fez me sentir mais confiante ao lidar com alunos e impulsionou ainda mais a vontade de dar aula”, diz a agora licenciada em química.

Os projetos de extensão desenvolvidos pelo Câmpus proporcionam uma maior experiência no contato com estudantes e na elaboração de metodologias inovadoras. Gabrieli Lorenson, 21 anos, natural de Treviso, participou de uma série de projetos de pesquisa e extensão ao longo dos quatro anos do curso. “Os projetos me proporcionaram maior contato com estudantes e professores, com o pensar educacional, e ampliaram meus conhecimentos, o que contribuiu para a futura carreira docente. Além disso, pude através dos estágios obrigatórios viver belas experiências, que me motivam a seguir nessa profissão tão importante”, afirma a professora.

O curso de Licenciatura em Química também foi uma oportunidade para quem já tinha formação na área e desejava atuar com educação, caso de Elen Pereira, 38 anos, natural de São Paulo. “Entrei já com o bacharelado em Química. Tinha uma boa bagagem dessa área, mas sem conhecimentos pedagógicos. Saí com uma visão mais ampla sobre o processo de ensino e aprendizagem”, afirma, lembrando de momentos como a palestra em que falou para mais de 500 professores sobre a plataforma de ensino a distância Moodle, num projeto coordenado pela professora Michele Guizzo.

Natural de Urussanga, Gabriel Biz, 22, já tinha uma formação técnica quando ingressou no curso de Engenharia Mecatrônica. De sua formação no IFSC, destaca a qualidade dos laboratórios que lhe permitiram aplicar na prática os conhecimentos teóricos. “Mas o IFSC não apresenta somente ótimos laboratórios, mas também excelentes professores, com alto grau de formação e ótima didática, ministrando boas aulas e conseguindo integrar o teórico com o prático. Uma das atividades que mais me marcou no IFSC foi o desenvolvimento de um manequim medidor de força na reanimação cardiopulmonar, um projeto de extensão que após a análise da necessidade da comunidade, viu-se que muitas pessoas que sabiam realizar a massagem não aplicavam a força necessária, tornando a massagem pouco eficiente”, relata. “Saio do IFSC me sentido pronto para o mercado de trabalho, proporcionado pelo ótimo ensino que tive no instituto”, completa Gabriel, que pretende fazer um intercâmbio na Irlanda, para depois ingressar no mestrado e também no mercado de trabalho.

O criciumense Alexandre Dalmolim, 23 anos, já está trabalhando como engenheiro mecatrônico. Ele passou no concurso do próprio IFSC realizado em 2019 e começou a atuar recentemente no Câmpus Florianópolis. “Além das amizades, o que mais de importante eu fiz no IFSC foram as participações em projetos que de alguma forma se tornaram benéficos para outras pessoas de dentro e fora do IFSC. Isso refletirá na minha formação profissional, pois me levará a pensar de que forma eu posso ajudar a sociedade com o meu trabalho e conhecimento”, afirma.

Engenharia Mecatrônica

Nome de Turma: Philippe Pauletti

Patrono: Vilmar Menegon Bristot

Paraninfa: Marleide Coan Cardoso

Servidor homenageado: Douglas Lucas dos Reis

Orador: Alexandre Alves Dalmolim

Juramentista: Gabriel Biz

Formandos:

Alexandre Alves Dalmolim

Gabriel Biz

Bruno Destro

 

Licenciatura em Química

Nome de Turma: Graziele Vefago Boaventura

Patrono: Luciano Dias da Silva

Paraninfa: Marleide Coan Cardoso

Servidora homenageada: Thaís Rios da Rocha

Oradora: Vitória Gabrielle Miliolli

Juramentista: Dyenifer Martins Barbosa

Formandas:

Cíntia Máximo de Souza

Daiane Pacheco Borges

Danila Ferreira Niero

Dyenifer Martins Barbosa

Elen Gomes Pereira

Gabrieli Aparecida Lorenson

Giulia Loreto Lovo de Oliveira

Vitória Gabrielle Miliolli

CÂMPUS CRICIÚMA ENSINO

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