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Equipe do Câmpus Florianópolis é semifinalista da Olimpíada do Futuro

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 13 nov 2020 16:21 Data de Atualização: 13 nov 2020 20:16

O projeto Écolos, desenvolvido por quatro estudantes do curso técnico em Química do Câmpus Florianópolis, está na semifinal da Sapientia – Olimpíada do Futuro, concorrendo com outros 19 projetos a uma vaga na semifinal. É a única equipe de Santa Catarina e o grupo desenvolveu o projeto de armação de óculos feita a partir de plástico reciclável, previsto para ter um custo acessível (cerca de R$ 50 no preço final).

A votação vai até domingo, dia 15, pelo site da Sapientia. Além do escolhido pelo público, outros finalistas serão escolhidos pela comissão técnica.

O projeto

O Écolos nasceu da vontade de Victor da Silveira, veterano de olimpíadas do conhecimento e com várias medalhas no currículo, de encontrar novas opções de olimpíadas para continuar aprimorando conhecimentos. Ele se inscreveu sozinho na Sapientia e, entre redações, testes e atividades, foi um dos 50 medalhistas de ouro das fases individuais.

“Na terceira fase, ainda individual, a proposta era desenvolver alguma ideia que visasse solucionar um problema. Propus a ideia de confeccionar as armações. Eu me baseei em um vídeo do canal do Manual do Mundo que ensina a reciclar plástico”, relembra o líder da equipe.

Com a medalha de ouro, veio a vaga para a quarta fase, que exigia uma equipe e um professor-orientador. Victor fez contato com o professor de Biologia Eduardo Silveira, de quem tinha sido aluno nas fases iniciais. “Indiquei material de pesquisa, ajudei na mediação dos trâmites burocráticos. O papel do professor, numa competição como essa, é o de provocar a curiosidade, a busca. O mérito do projeto é todo deles, pois são muito autônomos e organizados. E o Victor, em todas as aulas sobre o tema ambiental, sempre demonstrou essa vontade de ir além, de sair da indignação teórica e realmente colocar em práticas ideias para mudar nossa realidade”.

Além da orientação de Eduardo, Victor encontrou parceria com os colegas do curso técnico em Química e cada um assumiu um papel: Luisa Yumi Antunes (marketing e comunicação), Eduardo Ilha (design de produto) e Bruno Joukoski (logística e edição de vídeo). Juntos, aprimoraram o Écolos e conquistaram a vaga na quinta fase da Sapientia, considerada uma semifinal, sendo a única equipe de Santa Catarina.

Confira o vídeo de apresentação do projeto:

 

Os vencedores do Sapientia receberão gratuitamente uma consultoria educacional que prepara estudantes para os processos seletivos de universidades no exterior.

Olimpíadas aliadas do conhecimento

Sobre o formato da Sapientia, Victor disse que está sendo muito diferente das demais competições das quais ele participou. “Eu já participei de quase todas as conhecidas: química, matemática, física, linguística, economia, astronomia, e outras mais atuais como sobre o coronavírus e sobre o livro 1984. E a de história, minha favorita. Mas a experiência está sendo muito boa. Ela é interdisciplinar, então, aborda um pouco de tudo”, explica o estudante.

Na fase individual, Victor passou por testes de conhecimentos em matemática, química, linguagens, geopolítica, economia, aquecimento global e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Ainda foram cobradas produções textuais – desde uma redação estilo Enem até modelo de relações diplomáticas usado pelo Itamaraty.

Além disso, ele acredita que a parte em grupo permitiu colocar em prática conceitos de inovação e desenvolver habilidades de comunicação, liderança e trabalho em equipe. “Eles também ofereceram aulas e webinares, permitindo uma formação integral”, destacou Victor. “Queria agradecer todo o apoio que os professores do IFSC deram, sempre solícitos para colaborar com a ideia e nos ajudar nos laboratórios”.

Para o professor Eduardo, esse tipo de competição vai bem ao encontro da formação oferecida no Câmpus Florianópolis e no IFSC, em geral. “Sempre dizemos ao aluno que chega no instituto que ele não vai sair dali do mesmo jeito que entrou. Não é só o ensino técnico e tecnológico, mas há uma formação cultural e na área de humanas muito forte também. E os professores têm essa postura de provocar, questionar, para que os estudantes possam fazer uma mudança de vida não só pessoal, mas também perante a sociedade”, afirma.

No caso de Victor, o professor de Biologia destaca que ele sempre foi um aluno que demonstrou paixão pelo conhecimento. “Ele sempre foi engajado e interessado na questão ambiental. Com um olhar crítico e disposto a fazer algo. Porque hoje muita gente fica indignada, mas a indignação raramente sai das redes sociais”, lembra Eduardo. “Eu acho que mostrar essa formação tão completa, que faz com que nossos alunos sejam autônomos, criativos e dispostos a buscar soluções merece um grande destaque em um momento em que a educação pública é tão combatida. É preciso que a sociedade veja o nosso potencial de trazer esse alargamento de visão da realidade na qual vivem os nossos estudantes”.

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