CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 04 mai 2018 10:32 Data de Atualização: 04 mai 2018 10:52
Em uma iniciativa do Núcleo de Empreendedorismo IFSC (Nuem), em parceria com a Florin - Empreendedorismo e a organização Círculos de Hospitalidade, o IFSC Câmpus Florianópolis ofereceu ao longo do mês de abril o curso Empreendedoras Migrantes, voltado para mulheres refugiadas.
A ideia de ofertar o curso partiu do aluno de Engenharia Eletrônica do Câmpus Florianópolis Leonardo Santiago Benitez, que ministrava aulas de português para refugiados por meio da organização não governamental Círculos de Hospitalidade. Em conjunto com os membros desta organização, o estudante percebeu a necessidade de orientar as migrantes sobre como começar ou profissionalizar seus próprios negócios. Assim surgiu o curso Empreendedoras Migrantes com o objetivo de viabilizar novas possibilidades de negócios para essas mulheres. Participaram da primeira turma 11 alunas de diferentes nacionalidades como Haiti, Jordânia, Líbia, Síria, Palestina e Venezuela.
Depois de quatro semanas de curso, foi organizada uma feira multicultural no hall de entrada do Câmpus Florianópolis para que as participantes pudessem expor seus produtos e serviços. Um dos organizadores do evento, o aluno da quarta fase de Engenharia Mecatrônica Vinícius Silva Silva, destacou os principais objetivos da feira. “Os principais propósitos foram a aplicação de técnicas de padronização de produto, a criação de um grupo colaborativo entre as participantes e, por fim, criar uma experimentação real de negócio para elas”.
Para a migrante venezuelana, Merlina Saudade Ferreira, que vive no Brasil há dois anos, participar do curso e da feira foi de grande valia. Em seu país de origem, Merlina, formada em psicologia, atuava como professora universitária e seu marido como advogado. Diante das dificuldades com a revalidação de seus diplomas, a perspectiva de empreender surge como uma ótima oportunidade. “O curso proporcionou a possibilidade de trabalhar em uma área com a qual me identifico sem necessariamente ter que apresentar um diploma para exercer as atividades”. Na feira ela ofereceu os serviços de coaching e de terapias alternativas.
Vinícius Silva Silva avaliou positivamente a primeira edição do curso Empreendedoras Migrantes, assim como a feira, e vislumbra a possibilidade de criação de novas turmas futuramente. “Várias pessoas nos perguntaram se haverá novas edições. Em princípio não tínhamos conversado sobre isso, mas com todo o apoio e energia gerados, conversamos no mesmo dia com todos os envolvidos e já estamos planejando novas edições do curso e da feira. Ainda não há datas definidas, mas logo mais anunciaremos”.