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Confirmação de primeira morte por febre amarela reforça importância da vacinação

EXTENSÃO Data de Publicação: 29 mar 2019 14:33 Data de Atualização: 29 mar 2019 14:45

Todas as pessoas com idade entre nove meses e 59 anos devem ser vacinadas contra a febre amarela. A campanha, deflagrada em setembro do ano passado, quando Santa Catarina passou a ser área com recomendação de vacinação para a febre amarela, e intensificada no início deste ano com o surgimento de casos da doença no Paraná, acaba de receber um agravante: a confirmação da primeira morte por febre amarela no estado.

Comunicado desta quinta-feira (28), da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), avisou que foi confirmado, pelo Instituto Carlos Chagas (ICC) – Fiocruz do Paraná, o diagnóstico laboratorial de febre amarela para o óbito de um paciente de 36 anos, residente em Joinville, ocorrido no último dia 12 de março. Santa Catarina não registrava casos de febre amarela em humanos desde 1966. O paciente não tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Segundo a professora do curso técnico em Enfermagem do Câmpus Joinville, Kristiane de Castro Dias Duque, agora que está confirmado que a febre amarela chegou em Santa Catarina, é mais que necessária a vacinação de toda a população. "É a melhor forma de prevenção da doença", ressalta a professora da disciplina de Saúde Coletiva, que aborda as doenças transmissíveis com importância epidemiológica. Uma dose da vacina é suficiente para proteger o paciente por toda a vida.

A enfermeira deixa claro que a intenção não é criar pânico na população, mas mobilizar as pessoas sobre os riscos da doença. "Toda a população precisa ser vacinada e não só aquela que reside, trabalha ou faz atividades próximo a regiões de mata, pois o agente transmissor é um mosquito. E, mesmo sendo mosquitos silvestres, já ficou comprovado que eles são encontrados em parques e locais com vegetação abundante até dentro das cidades", enfatiza.

Sinais de alerta

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por mosquitos infectados com o vírus, e que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. "Temos que ficar alertas aos sinais e sintomas e procurar imediatamente o serviço de saúde", destaca a professora.

Os sintomas iniciais são febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença na forma grave podem morrer.

Kristiane lembra que outro sinal de alerta são os macacos. "Se alguém encontrar um macaco morto ou aparentemente doente, não deve tocá-lo e sim informar imediatamente a unidade de saúde mais próxima", orienta. A presença de macacos doentes ou mortos pode indicar que o vírus da febre amarela está circulando em determinada área, podendo a população local ou próxima estar em risco.

Neste sentido, é importante ressaltar que os macacos não transmitem a febre amarela. Eles são vítimas da doença e, em sua maioria, adoecem quando estão infectados com o vírus. Apresentam comportamento lento, costumam descer das árvores, ficam perambulando pelo chão, com dificuldade para beber, se alimentar ou subir nas árvores, e em poucos dias morrem.

Clique aqui  para acessar o portal da Dive/SC com todas as informações sobre a febre amarela no estado.

Joinville

A confirmação da morte de um morador local intensificou ainda mais o trabalho de vacinação em Joinville, que já vinha em sinal de alerta desde o início do ano, após a confirmação de casos de febre amarela no Paraná. Conforme a Secretaria da Saúde de Joinville, até o momento, 209 mil pessoas foram vacinadas no município. O objetivo é imunizar mais 264 mil pessoas.

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