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Grupo de pesquisa sobre Mobilidade Elétrica transformará carros doados pela PF em laboratórios

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 25 set 2020 17:26 Data de Atualização: 25 set 2020 17:38

O recém-criado grupo de pesquisa Emol (sigla em inglês para Laboratório de Mobilidade Elétrica) recebeu neste mês de setembro, como doação da Polícia Federal (PF), dois veículos a combustão para serem convertidos em carros movidos a energia elétrica e, assim, transformá-los em laboratórios de mobilidade elétrica.

O Emol engloba as diversas iniciativas do Câmpus Florianópolis na área de mobilidade elétrica, como a bicicleta elétrica, motocicleta elétrica, barco elétrico, drones e o EV-IFSC (leia mais abaixo).

Coordenada pelo professor Adriano Bresolin, além de dar apoio as iniciativas de mobilidade elétrica, a equipe tem como meta tornar o Câmpus Florianópolis uma referência em cursos de mobilidade urbana eficiente. Para tanto, o grupo pretende lançar, em 2021, uma pós-graduação na área de mobilidade elétrica com o objetivo de formar mão de obra qualificada nesta área promissora do mercado de trabalho.

Emol, EV-IFSC e projetos de mobilidade elétrica

A criação do grupo de pesquisa Emol é consequência de mais de quatro anos de investimentos sobre estudos, pesquisa e extensão na área. O primeiro grande projeto foi o Electric Vehicle (EV, sigla em inglês para veículo elétrico) , iniciado em 2016, com a aprovação de um projeto de pesquisa multidisciplinar e multidepartamento envolvendo os professores Adriano de Andrade Bresolin, do Departamento de Eletrotécnica (DAE), e o professor Marcelo Vandresen, do Departamento de Metal Mecânica (DAMM), todos do Câmpus Florianópolis.

Inicialmente, o projeto visava a conversão de veículos a combustão para elétricos, mas como os recursos eram poucos, a equipe decidiu pela construção de um protótipo (chassi) de um veículo com motorização elétrica com a utilização de banco de baterias de íon de lítio usadas.

Em dois anos a equipe construiu um chassi de um pequeno veículo para duas pessoas, com um motor e inversor doados pela empresa WEG motores. Ao final de 2018 foram realizados testes com este veículo na pista de atletismo do Câmpus Florianópolis os quais podem ser vistos na reportagem do IFSC em Ação, da IFSCTV.

Projeto de conversão

Em julho de 2019, Bresolin, em parceria com a Celesc, apresentou na Aneel em Brasília um projeto de conversão de veículos a combustão para elétricos voltados aos órgãos públicos. Dois meses depois, o projeto foi foi aprovado na Chamada Estratégica de Projetos da Aneel n° 22/2018 - Desenvolvimento de Soluções em Mobilidade Elétrica Eficiente, com investimentos da ordem de 6,4 milhões de reais. Foi com a aprovação deste, intitulado “Inserção de Veículos Elétricos em Frotas Públicas, através da Conversão de Veículos a Combustão Para Tração Elétrica”, que surgiu a ideia de criar o Emol.

Além dos professores Bresolin e Vandresen, o projeto conta com mais 14 pesquisadores do Câmpus Florianópolis nas áreas de motores, eletrônica, automobilística, eletrotécnica e mecânica. O projeto também contará com o apoio de 30 alunos bolsistas do ensino técnico e superior e mais dois alunos bolsistas de mestrado.

O objetivo principal é desenvolver uma plataforma de conversão de carros movidos a gasolina para motorização elétrica, ou seja, desenvolver um sistema ou kit de conversão com baixos custos e acessível. De acordo com Bresolin, existem ainda uma série de objetivos secundários, como contribuir para redução dos impactos ambientais produzidos pelos veículos a combustão da frota pública, propiciar economia nos gastos públicos, fortalecer os cursos de automobilística e eletrotécnica do IFSC e formação de mão de obra qualificada. “Apesar de serem colocados como secundários, são objetivos de grande importância social, econômica e ambiental”, reforça Bresolin.

Com duração estimada em três anos, o projeto começaria em março, mas, devido à pandemia de Covid-19, teve que ser adiado. A previsão é reiniciar ainda este ano, a partir de outubro. A ideia é fazer a conversão de seis veículos, os quais serão disponibilizados aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário para uso e teste. O projeto prevê ainda a instalação de eletropostos em todos estes parceiros, que incluem também o Ministério Público e o Conselho Regional Engenharia e Arquitetura (Crea-SC).

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