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Concluído projeto inédito de inclusão digital em Tubarão

EXTENSÃO Data de Publicação: 22 nov 2018 09:19 Data de Atualização: 22 nov 2018 09:24

O Câmpus Tubarão concluiu nesta quarta-feira (21) mais um curso de inclusão digital, viabilizado por um projeto de extensão. Desta vez, com um ineditismo: os estudantes são pessoas que recebem atendimento do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Tubarão, que pela primeira vez realizou um curso fora da instituição.

“Foi uma luz na escuridão”, como definiu o orador da turma, Ênio Ferreira, em cerimônia de encerramento do curso realizada na manhã desta quarta no Câmpus Tubarão. “Tinha muitos problemas, e esse curso me ajudou a preencher um vazio que a gente tem. Nem ligar o computador eu sabia”, relata. Durante cerca de dois meses, a turma recebeu noções básicas de informática, ministradas pelo professor Matheus Bergmann, auxiliado pelo bolsista Jonathan Rosa, estudante do curso superior em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

Para o professor, trabalhar com a turma foi desafiador. “Alguns nunca tinham utilizado um computador. Procurei concentrar no que era mais interessante para eles. Sempre começando a aula com um exercício para o controle do mouse e terminando com um exercício para digitação”, conta.

O curso foi realizado a partir de uma parceria do Câmpus Tubarão com o Caps e a Fundação Municipal de Saúde de Tubarão. O projeto foi adaptado às peculiaridades do público atendido, com encontros semanais realizados em horário reduzido.

“O projeto teve como objetivo a inclusão social e qualificação para iniciação ao mundo do trabalho, com carga horária de 20 horas, aulas expositivas e práticas, sempre respeitando o tempo do aluno, pois muitos nunca tiveram acesso a um computador”, explica a assistente social Rosiana Andreolla, coordenadora do projeto. “Acreditamos que o curso proporcionou a troca de conhecimento e crescimento mútuo, tanto dos profissionais envolvidos quanto dos alunos. Para o IFSC, o projeto proporcionou aproximação da comunidade externa além da possibilidade de novas parcerias para o ano de 2019”, destaca.

Gerente de saúde da Fundação Municipal de Saúde, Chaiana Marcon explica que pela primeira vez o Caps conseguiu desenvolver uma capacitação fora dos muros da instituição, o que é preconizado pela Política Nacional de Saúde. “O que a gente percebe é que o paciente com transtorno psíquico é mais frágil e precisa ser visto pela sociedade. A partir do momento em que os projetos os incluem na sociedade, abrindo novas portas, conseguimos atingir esse objetivo”, afirma. Tanto o Centro de Atenção Psicossocial II quanto o Caps Álcool e Drogas promove atividades “extramuros”, mas é o primeiro curso de capacitação em parceria com outra instituição e realizado fora do Centro. “Plantamos uma semente e agora precisamos cultivar e ampliar para mais pacientes, mostrar para as pessoas que existe uma luz no fim do túnel, que elas são importantes e são membros de uma sociedade”, completa.

A cerimônia, realizada na Biblioteca do Câmpus, reuniu representantes do Caps e da Fundação Municipal de Saúde, servidores do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), além de amigos e familiares dos formandos. Diretora do Câmpus Tubarão, Consuelo Sielski destacou que projetos como o desenvolvido com o Centro de Atenção Psicossocial fazem parte da missão institucional do IFSC de promover a inclusão e formar cidadãos por meio da educação profissional, científica e tecnológica.

“Escrever sobre inclusão é fácil. O difícil é a prática da inclusão. Os alunos são sempre bem-vindos no IFSC, que tem como missão a inclusão. A prova disso é que este curso deu certo, e muito se deve à persistência dos estudantes”, disse.

Em 2017, o Câmpus Tubarão já havia realizado um curso de inclusão digital para Jovens e Adultos.

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