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Alunos e professores constroem impressora 3D

CÂMPUS CHAPECÓ Data de Publicação: 13 fev 2017 22:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 15:24


A curiosidade aliada à pesquisa e à determinação de um grupo de professores e alunos de Engenharia de Controle e Automação resultou em um projeto inovador para o Câmpus Chapecó do IFSC: uma impressora 3D.

Assim como uma impressora comum - a chamada 2D – que imprime um desenho ou uma escrita em um papel, a impressora 3D faz o mesmo trabalho, mas é mais evoluída: transforma modelos em três dimensões, que estão desenhados em um programa de computador, em objetos palpáveis.

A impressora 3D pode imprimir desde peças simples, engrenagens, cubos, cones, até protótipos de robôs ou de carros que sejam utilizadas na indústria. “É possível testar um protótipo, ver como ele fica em uma peça de plástico. E, se der certo, a indústria coloca em prática”, exemplifica o professor Gustavo Guedes.

 

Os objetos são construídos com um filamento de plástico, que é derretido a uma temperatura de 200 a 250 graus Celsius, e vai formando camada por camada até o objeto final. “É possível construir qualquer ideia que possa ser modelada em 3D. Basta passar a ideia para um programa específico do computador e deste computador enviar para a impressora, que ela imprime”, explica o professor.

Um dos alunos participantes, Eduardo Todero, lembra que o estudo, juntamente com o uso dos protótipos em 3D, está crescendo significativamente. “Ela poderá substituir processos de fabricação antigos por outros mais modernos. E ao participar deste projeto na graduação, podemos desenvolver futuras ideias na nossa vida profissional, fabricando peças, as vendendo e estimulando o empreendedorismo”, acredita.

O símbolo da Chapecoense

Para testar a impressora, os alunos e professores compraram filamento da cor verde e estão imprimindo diversos objetos. Quanto mais complexos melhor para deixar o equipamento 100%. É o exemplo do novo símbolo da Chapecoense, que está sendo utilizado na impressora.

“A gente imprimou o símbolo da Chapecoense como teste, porque ele é um símbolo bem detalhado e testa com precisão a impressora. Além disso, tem o momento da Chapecoense. A gente sabe que ela está passando por uma fase de ajustes, então é uma homenagem, e nossa impressora também está passando por essa fase de ajustes, então acreditamos ser uma boa relação”, comenta o professor Gustavo.

 

 

Assista ao vídeo da impressora 3D. 

Clique aqui.

Como surgiu a ideia


O projeto de pesquisa e extensão surgiu em junho de 2016 com alunos bolsistas e voluntários e professores de Engenharia de Controle e Automação do Câmpus Chapecó do IFSC. A ideia era fazer kits robóticos para o curso de Engenharia, mas primeiro era preciso decidir como os professores e alunos iriam fabricar os robôs – para auxiliar outro projeto que já existia no câmpus.

“Pensando em como produzir os robôs, surgiu a ideia de montar a impressora 3D. Com isso, veio o segundo desafio: como montar a impressora?”, conta o professor Gustavo.

Os professores Gustavo Guedes e Enio dos Santos Silva reuniram alunos do curso e todos começaram a pesquisar. Eles descobriram que existe um projeto de impressora 3D “aberto” na internet. Fizeram download e começaram a reunir peças já fabricadas no próprio curso que não eram usadas e pediram a ajuda de parceiros do IFSC para fabricar o que faltou.

Agora, além de imprimir as peças para os robôs, a impressora 3D pode melhorar o processo de ensino-aprendizagem, imprimindo protótipos e kits de aprendizagem para as aulas dos cursos técnicos, nos projetos integradores, e até ser utilizada em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) das graduações.
 

“Nesses projetos, você consegue ter um amplo conhecimento, não só na parte específica da impressora, mas também como trabalhar em equipe (fundamental para a construção da impressora), como colocar metas em projetos ( extrema importância para ter uma organização do andamento do projeto), respeito aos colegas e aos líderes do projeto, entre outros vários aprendizados”, detalha outro aluno que participa do projeto, Gustavo Pavan.

O professor Gustavo concorda e vai além: “este tipo de projeto estimula, abre as portas para o pensamento criativo. Cada problema que surge, é preciso resolver. E o aprendizado fica mais fácil com a prática”.

Depois da fase de ajustes, o grupo também pretende levar a impressora em exposições que o IFSC participar para mostrar à comunidade o que é produzido dentro do câmpus.

Por Rafaela Menin / Jornalista IFSC

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