Projeto de Extensão do Câmpus Lages é premiado no Sepei 2023

SEPEI Data de Publicação: 22 abr 2023 12:00 Data de Atualização: 22 abr 2023 12:09

Um projeto de extensão do Câmpus Lages recebeu o primeiro lugar entre os trabalhos apresentados no Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepei) deste ano. O destaque foi na Divisão Temática 3 - Desafios Educacionais no Brasil de Hoje, Inovação Didática e Fazer Profissional Inclusivo. 

O projeto "Práticas Extensionistas de Química Laboratorial para o Colégio Militar (Ensino Médio): Foco Na Complementação Pedagógica" foi coordenado pela professora Carolina Berger e conduzido pelos estudantes Maria Eduarda Santos e Silva, Luã Schieffelbein dos Santos, Alyne Patrycia de Souza Ribeiro e Natália Cristina Ramos. Todos estudantes da quinta fase de Engenharia Química.

"O projeto aconteceu no ano passado, mas ele continua este ano. A ideia principal é trazer os alunos das escolas estaduais, nesse caso foi o Colégio Militar de Lages, para desenvolver práticas de laboratório. Eles (colégio) não têm laboratórios para desenvolver as aulas práticas de química, então os alunos bolsistas desse projeto pensaram em quais práticas seriam as mais adequadas para cada ano escolar. Eles escolheram as práticas e eu, como orientadora, mais os professores Gustavo, Diego e Jaqueline, demos o suporte para que eles testassem as práticas e desenvolvessem essa parte", explica a professora Carolina. 

Depois de escolhida, os alunos prepararam uma pequena explicação do conteúdo necessário para cada prática. Por exemplo, o álcool em gel, onde explicaram um pouco sobre polímeros, um pouco sobre o álcool e aí desenvolveram a prática com os estudantes da rede estadual. Antes e depois da execução os alunos aplicavam um questionário com o intuito de saber o quanto a execução de uma dessas práticas auxiliaram no desenvolvimento de novas habilidades e novos conhecimentos para esses alunos. "Esse projeto realmente melhorou a aprendizagem desses alunos com relação a química", completa a professora acerca dos resultados do projeto.

Sobre a apresentação no Sepei, a professora destaca que foi um momento importante não apenas como estudantes, mas para aquisição de outras habilidades. "A oratória, a desenvoltura, a organização deles, tudo isso eles se autoavaliaram como um grande avanço, pois como eles tinham que realmente explicar sobre conhecimentos que eles aprenderam em disciplinas como química geral, química orgânica, química analítica, eles tiveram que aprender a usar as melhores palavras a organizar as explicações e as ideias então eles viram esse avanço, eles ensaiaram eles apresentaram para mim pediram sugestões, então a gente ia polindo a fala deles depois durante a prática", complementa.

Entre os estudantes, agora premiados, a sensação é de dever cumprido e de ciclo completo de aprendizagem, tanto como acadêmico, quanto pessoal. "Participar deste projeto me fez crescer como pessoa e como acadêmica, uma vez que tive de desenvolver habilidades para conseguir atingir 100% do que gostaríamos de entregar aos alunos. Foi transformador saber que de alguma forma conseguimos fazer com que alunos do ensino médio gostassem de uma matéria que, por muitas vezes, consideram como difícil", destaca Maria Eduarda Santos e Silva, aluna do curso de Engenharia Química. 

No Sepei foi mais uma nova experiência e mais um desafio conquistado. Maria Eduarda apresentou o trabalho no evento junto com a colega Natália e destaca que não foi fácil o momento do evento. Mas elas estavam preparadas. "Eu e a Natália fomos ao Sepei muito apreensivas, uma vez que foi a primeira vez que iríamos apresentar um projeto de tamanha importância, então estávamos muito nervosas. Após ensaios e mais ensaios da apresentação, concluímos que só de estarmos presentes nesse evento já era uma conquista, então fomos à apresentação nervosas, mas também muito gratas. Ao descobrir que ficamos em primeiro lugar, a sensação de dever cumprido foi grande! É gratificante saber que o trabalho dos alunos e também dos professores responsáveis pelo projeto foi exaltado de tamanha maneira, foi uma sensação inesquecível", completa. 

"Participar do projeto impactou na minha vida acadêmica ao me fazer sair da zona de conforto, visto que passamos de agentes passivos do processo de aprendizagem para protagonistas, repassando aos estudantes o que sabíamos. Além disso, desenvolvi melhor oratória e senso de liderança, assumindo grandes responsabilidades ao repassar conhecimento para os estudantes, bem como auxiliá-los durante a aula prática", complementa Natália. 

Ela compartilha do sentimento da colega em relação ao nervosismo e apreensão pela responsabilidade em representar o grupo de alunos no Sepei. Ao final, veio a surpresa pela vitória, em razão do nível elevado dos candidatos, e a alegria pela conquista. "Fomos ao Sepei confiantes, já que tínhamos nos preparado muito para esse momento, desde a escrita do relatório do projeto de extensão, e posterior resumo que foi submetido ao evento. Acompanhamos a apresentação de outros trabalhos e todos eram muito bons, e como eram 80 trabalhos ao todo na nossa categoria, torcíamos para ganhar, mas não esperávamos que ficaríamos em primeiro lugar. É gratificante ver que o esforço que foi investido no projeto, tanto dos alunos que participaram, como dos professores, foi reconhecido nesse evento que reúne as melhores atividades de pesquisa e de extensão do IFSC", completa.

Mesmo aqueles que não foram ao Sepei, mas que conduziram o projeto ao longo de sua execução, estão contentes com o resultado. No fim, a premiação do evento acaba sendo a cereja do bolo, pois a conquista esteve em vivenciar a execução no dia a dia. "Experienciei a oportunidade em poder lapidar uma série de fundamentos que possuo como pessoa e estudante. Tendo aprimorado a didática, postura, oratória e comunicação, além da aptidão para trabalhar em equipe, em protagonizar e coadjuvar em prol do mesmo propósito. Mas sem dúvidas o mais recompensador foi a oportunidade de aproximar os estudantes desse mundo único e fantasioso que é o laboratório, e a partir disso, acompanhar toda a melhoria na compreensão daquilo que era visto apenas sob o olhar teórico, contribuir às pessoas nesse sentido é extremamente gratificante", complementa Luã Schieffelbein dos Santos.

Além disso, a realização do projeto impactou no seguimento de carreira dos estudantes, como é o caso da aluna Alyne Patrycia de Souza Ribeiro. "Essa experiência reforçou o meu  desejo de seguir carreira como professora, pude ter uma breve noção de como é estar frente aos alunos e ter esse protagonismo e responsabilidade. A orientação dos professores foi fundamental para que pudesse corrigir e melhorar a postura, oratória e didática, que se faz necessária para docência, fora que fez  com que me dedique ainda mais aos estudos para que possa adquirir mais conhecimentos e quando estiver frente aos meus futuros alunos, possa contribuir com o desenvolvimento deles, da mesma forma que aconteceu comigo", destaca.

 

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