EXTENSÃO Data de Publicação: 26 set 2022 10:33 Data de Atualização: 26 set 2022 10:43
A conscientização da importância da amamentação permeia há tempos as rodas de conversa e debates sobre saúde da mulher e da criança. E no intuito de prestar esclarecimentos, diminuir as taxas elevadas do desmame precoce, e incentivar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e aleitamento materno até a criança completar 2 anos ou mais, são alguns propósitos que levaram um grupo de professores do curso Técnico em Enfermagem do Câmpus Florianópolis a criar, em 2021, o Ambulatório de Amamentação.
Segundo a coordenadora do Ambulatório, Rosane do Prado, a amamentação sempre foi tema dentro de outros projetos desenvolvidos pelo grupo de professores, como o Gestar em Família. “Durante estes momentos identificamos a necessidade da realização de um projeto com maior enfoque neste tema. Com isto, surgiu o ‘Ambulatório de amamentação: promovendo a saúde de puérperas, crianças e famílias’, voltado exclusivamente à amamentação”, destaca.
Ela ressalta que o ambulatório se origina na perspectiva de prestar consultoria em aleitamento materno para famílias em vulnerabilidade e em colaboração com o sistema público de saúde, já que os atendimentos também podem ser encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (USBs).
Rosane conta que, na prática, o primeiro atendimento acontece de forma on line, após o preenchimento do formulário, disponibilizado via whatsapp ((48) 3211-6176 ). Após, a puérpera lactante (mãe) receberá um feedback, onde será marcado o primeiro encontro de forma virtual com alguém da equipe. “As bolsistas do projeto fazem um primeiro acolhimento e solicitam vídeo da mamada, com orientações de uma gravação adequada para posterior avaliação da equipe. Na sequência, uma docente enfermeira faz um primeiro atendimento, com tempo adequado para uma escuta qualificada e orientações. Se for o caso é realizado atendimento presencial conforme a necessidade de cada caso”, revela Rosane.
Ela ressalta que os atendimentos são realizados por docentes, enfermeiras do curso Técnico em Enfermagem do Câmpus Florianópolis; além de médica pediatra, enfermeira obstetra e fonoaudióloga voluntárias ao IFSC. Dentre os casos mais comuns de atendimento, a professora cita a produção láctea insuficiente com peso ponderal inadequado do bebe; a dor ou o desconforto ao amamentar; as fissuras mamarias; e o ingurgitamento mamário.
A taxa de amamentação materna exclusiva até seis meses de idade, ou seja, quando a criança recebe somente leite materno (de sua mãe ou ordenhado) e não recebe quaisquer outros líquidos ou alimentos sólidos, hoje no Brasil é de 45,8%, quando a meta é de 70%.
O trabalho realizado pelo Ambulatório está em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e busca alcançar metas e melhoria dos indicadores de saúde materno-infantil até 2030. “Neste sentido, trabalha-se de forma complementar a rede SUS no intuito de fortalecer ações de promoção, apoio e proteção em Aleitamento Materno”, finaliza a coordenadora do projeto, Rosane do Prado.