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Apae de Criciúma recebe equipamentos desenvolvidos por alunos do IFSC

CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 18 dez 2018 07:00 Data de Atualização: 17 dez 2018 14:23

A Apae de Criciúma recebeu na semana passada a doação de quatro equipamentos automatizados que vão facilitar o trabalho de profissionais no atendimento aos alunos nas sessões de fisioterapia e outras atividades realizadas pela instituição. Todos os equipamentos foram desenvolvidos por estudantes da sexta fase do curso de Engenharia Mecatrônica do Câmpus Criciúma e representam uma inovação para as Apaes de todo o Brasil.

Vídeo: veja reportagem da TV Primavera

Os equipamentos foram desenvolvidos na disciplina de Projeto Integrador, em que os estudantes de Engenharia Mecatrônica aplicam na prática conhecimentos do curso. No total, 14 estudantes se dividiram entre quatro equipes. O trabalho também envolve bolsistas de Engenharia Civil e Licenciatura em Química do IFSC, que auxiliarão na capacitação dos profissionais da Apae e no acompanhamento do projeto. Isso porque a iniciativa faz parte do processo de incorporação de atividades de Extensão nos currículos dos cursos de graduação do IFSC.

“Considero a disciplina de Projeto Integrador uma das mais importantes do curso de Engenharia Mecatrônica, porque os alunos têm a oportunidade de integrar e aplicar na prática seus conhecimentos. E todos os projetos foram muito bem executados”, destaca Vilmar Bristot, um dos professores que acompanharam os estudantes.

Parceria

A relação entre o IFSC e a Apae de Criciúma começou com uma palestra realizada pela fisioterapeuta Márcia de Assis ainda em 2017 aos estudantes e professores. Depois disso, estudantes de Engenharia Mecatrônica procuraram a associação para entender as principais demandas que eles poderiam atender. Cada equipe pensou em cerca de 20 propostas diferentes. Os quatro equipamentos desenvolvidos foram os que mais atendiam às demandas existentes no dia a dia da Apae.

Um deles foi a automatização do PediaSuit, equipamento usado por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para a reabilitação motora de pessoas com deficiência. A plataforma automatiza um procedimento que antes era feito de forma manual pelas profissionais.

“Temos três gaiolas de PediaSuit na Apae. Nas duas que não são automatizadas, fazemos todo o trabalho de deixar a criança em pé e iniciar o treino de marcha. Com a automação, passamos para uma fase mais avançada que é fazer uma marcha mais independente e treinar o aluno para que ele seja mais independente dentro de sua autonomia”, explica a fisioterapeuta Márcia de Assis, responsável pela área de saúde da Apae de Criciúma. De acordo com a profissional, o sistema é pioneiro nas Apaes em todo o Brasil.

O estudante Marcos Welliton Daros Felipe, de 21 anos, conta que entre as ideias apresentadas, a automatização do PediaSuit foi a mais viável e que mais atendida a uma necessidade da Apae. “Foi um projeto muito proveitoso, tanto para nós, acadêmicos, que conseguimos conciliar as matérias do curso para fazer o projeto, quanto para os profissionais da Apae, que ficaram satisfeitos com o que apresentamos, que era o que eles realmente estavam esperando e vai facilitar o trabalho”, afirma.

Satisfação

Também foi entregue um guincho automatizado que auxilia no deslocamento de alunos atendidos que tem dificuldade de locomoção. A estrutura permite, por exemplo, que um aluno seja retirado da cadeira de rodas para a realização de exercícios em uma maca. Equipamentos similares disponíveis no mercado custam cerca de R$ 7 mil. Um aluno da Apae testou – e aprovou – o equipamento diante dos estudantes.

“Foi bem gratificante. E até emocionante, porque não imaginamos que um aluno da Apae testaria o equipamento. Nós fizemos os testes, mas ninguém era cadeirante, e focamos muito na parte técnica, segurança e estabilidade, então ver o projeto executado e com segurança foi muito gratificante”, diz Sabrina Souza, 20 anos, uma das integrantes da equipe.

O terceiro equipamento doado pelos estudantes foi uma mesa ajustável, também de forma automatizada, que proporciona maior conforto e acessibilidade às pessoas com mobilidade reduzida para a realização de tarefas como estudo e desenho. Além disso, os estudantes desenvolveram uma pulseira que mede batimentos cardíacos e pode ser utilizada principalmente por pessoas que têm dificuldade de comunicação.

“Muitas vezes precisamos retirar o aluno da cadeira para colocar no tatame, fazer fisioterapia, ou mesmo para troca de fraldas. O guincho de transferência vai ajudar muito nesta tarefa. Já a mesa adaptada vem a suprir necessidades de deficiência visual e baixa visão, e nossas terapeutas ocupacionais poderão trabalhar e estimular toda essa parte visual e fazer adaptações específicas de inclinação que a criança precise durante a aula. A pulseira de batimentos cardíacos também é muito importante, principalmente no caso de alunos que têm problemas cardíacos com o envelhecimento. É importante nas atividades mais intensas ter esse monitoramento preciso e mais perto da gente o tempo inteiro”, afirma a fisioterapeuta da Apae.

Para o diretor-geral do Câmpus Criciúma, Lucas Dominguini, o projeto é a concretização da missão institucional do IFSC. “A execução dos projetos vem ao encontro da missão do IFSC, que é promover a inclusão social e formar cidadãos por meio da educação profissional, científica e tecnológica. Conseguimos ver claramente que os projetos desenvolvidos pelos alunos auxiliaram na sua formação e também na inclusão social e na melhoria da qualidade de vida dos alunos da Apae”, destaca.

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