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Coronavírus: esclarecendo dúvidas de saúde

BLOG DO IFSC Data de Publicação: 20 mar 2020 15:31 Data de Atualização: 24 jan 2023 12:12

Nós sabemos que já existem muitas informações em circulação sobre o coronavírus, e, infelizmente, muitas vezes nos deparamos com conteúdos duvidosos, imprecisos ou mesmo falsos que não ajudam em nada na prevenção.

Recebemos muitas dúvidas a esse respeito, pelos nossos canais de comunicação. Então resolvemos responder algumas delas neste post, mesmo que essas informações já estejam disponíveis em outras fontes. Isso porque achamos importante que a informação confiável também “viralize”, e não a desinformação.

Mesmo que você já tenha conhecimento sobre o que vamos abordar aqui, nossa ideia é contribuir para que num mesmo lugar tenha informação confiável. Assim, você pode consultar este post em caso de dúvida, ou mesmo indicar a leitura caso conheça alguém que precise de auxílio.

Para responder às dúvidas, recorremos a fontes confiáveis que indicamos em links, para você usar como referência ou indicar sempre que precisar. Não custa repetir: numa época crítica como agora, é muito importante que a gente se informe em fontes idôneas e confiáveis, e também que repasse informações com essas qualidades. Não seja aquela pessoa que compartilha as bobagens que chegam pelo WhatsApp, sem checar a veracidade. Estamos entendidos?

Para facilitar a leitura, o post está organizado por tópicos:
Sobre o coronavírus
Prevenção
Sintomas e atendimento médico
Isolamento, quarentena e distanciamento social
Situação do coronavírus hoje
Fontes de informação confiável
Materiais bacanas para consultar sempre e compartilhar

Sobre o coronavírus

O que é o coronavírus responsável pela atual pandemia? Por que ele vem sendo chamado de “novo” coronavírus?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), coronavírus é uma grande família de vírus que causa vários tipos de infecções respiratórias. Nos humanos, algumas dessas infecções ficaram conhecidas pelas siglas MERS e SARS e não tiveram incidência no Brasil. O novo agente do coronavírus foi descoberto em dezembro de 2019, após casos registrados na China, e provoca a doença infecciosa que está sendo chamada de Covid-19.

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas as mais propensas. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Aliás, o que é um vírus? É um “bicho”? Um tipo de bactéria? Por que eles são tão perigosos?

Vírus é uma partícula. Não é um ser vivo, pois não consegue se multiplicar sozinho, como as bactérias, os fungos e outros parasitas. Rosane Schenkel de Aquino, professora de microbiologia no Câmpus Lages do IFSC, explica que essa multiplicação viral é conhecida como replicação. Assim, o vírus precisa estar dentro de uma célula hospedeira de qualquer ser vivo.

A professora explica também que os vírus são perigosos porque, para se multiplicarem, eles usam a “maquinaria” da célula hospedeira e, com isso, interrompem o funcionamento da célula. Assim que formam novas partículas prontas, idênticas às que entraram na célula, eles saem dela, podendo destruí-la. Além disso, deixam “lixos”, materiais que não usaram na célula, que podem ser danosos a elas.

Nem todos os vírus são patogênicos e nem todos causam infecções graves. Isso depende de como o vírus estimula o sistema imune e da velocidade de replicação que ele tem.

No podcast Ciência para seus ouvidos, a professora fala sobre o vírus e suas características biológicas. Clique aqui para ouvir.

Como ocorre o contágio pelo coronavírus?

Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de um metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato físico com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva (por meio do espirro ou tosse), catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

 

O vírus é transmitido pelo ar?

Sim, ele pode ser transmitido por meio de gotículas de saliva provenientes da tosse ou espirro das pessoas infectadas. Como ele tem um tempo de sobrevivência longa em superfícies (plástico, metal, vidro etc.), também é transmitido por esses meios: por exemplo, uma pessoa infectada que tosse próximo a uma superfície e passa o vírus para ela; posteriormente, outra pessoa (saudável) encosta a mão nessa superfície e leva à boca, nariz ou olhos pode ser infectada.

A pessoa que contrai o coronavírus e fica curada tem alguma sequela depois?

A doença Covid-19 é muito recente e, por isso, ainda não há dados que mostrem possíveis sequelas em pessoas curadas.

Já existe vacina para o coronavírus? E medicação específica para ele, que cure a doença?

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, não há vacina que previna o contágio pelo coronavírus que provoca a Covid-19, embora haja pesquisas com esse objetivo. Também não há medicamento que seja eficaz contra o coronavírus. E, é importante salientar, não há nenhum outro medicamento, substância, vitamina ou alimento específico que possa agir sobre o sistema imunológico de modo a prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

É verdade que Cuba produziu um remédio que combate o vírus?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há, ainda, medicamento antiviral específico para tratar a Covid-19, assim como também não existe vacina contra o coronavírus que provoca a doença. Circulou recentemente a informação falsa de que em Cuba havia sido desenvolvida uma vacina e/ou um remédio contra a doença, mas isso foi desmentido pelas autoridades de saúde pública do próprio país caribenho (a informação correta foi noticiada por vários portais de notícias mundo afora, além de agências certificadas de checagem, como a Lupa). Também se inventou mais recentemente que Israel tinha descoberto a vacina, e isso igualmente não procede. Não há vacina que previna o contágio nem remédio que cure as pessoas infectadas pelo coronavírus. Por isso que evitar o contágio é tão importante.

Há possibilidade de o vírus ficar mais forte ou sofrer mutação?

A professora do IFSC Rosane Schenkel de Aquino explica que sim, os vírus podem sofrer mutações. Alguns sofrem mais mutações, e outros, menos. Isso depende da forma da replicação do vírus. Dependendo do material genético que possuem, os vírus podem ser classificados como vírus DNA ou vírus RNA. Os vírus sofrem mais mutações devido à forma de replicação na célula.

As mutações ocorrem normalmente na “montagem” das novas partículas virais. Eles podem fazer uma montagem um pouco diferente e isso pode mudar a forma do vírus se ligar na célula, estimular o sistema imune e até se ligar em outros locais que antes não se ligavam. Quer dizer, isso pode deixar o vírus mais ou menos “perigoso”.

É verdade que altas temperaturas matam o coronavírus?

Os cientistas ainda não têm muito claro como o coronavírus sobrevive fora do corpo humano, e isso inclui tanto a capacidade dele permanecer ativo em superfícies diferentes quanto em variadas temperaturas. A rede BBC divulgou resultados preliminares de estudos feitos por pesquisadores dos Estados Unidos que indicam que ele pode sobreviver no ar por até três horas, após ser expelido por uma tosse, por exemplo, mas fica de dois a três dias em superfícies de papelão ou aço inoxidável. A neutralização dos vírus com a higiene é rápida: eles morrem em apenas um minuto após a limpeza da superfície com álcool. Já a relação coronavírus x temperatura ambiente ainda está sendo estudada.

Por que o vírus não morre com a temperatura do nosso corpo (37 graus)?

A professora Rosane Schenkel de Aquino explica que existe uma variedade enorme de vírus, e os que mais conhecemos são aqueles que conseguem sobreviver na temperatura de 35-40 graus, temperatura do corpo humano. Isso quer dizer que são aqueles capazes de causar infecções, pois sobrevivem nesta temperatura. Se eles morressem nessa temperatura, não poderiam causar infecção. Existem vírus de outros animais, plantas, além de bactérias que sobrevivem em outras temperaturas e não sobrevivem a 35-40 graus.

Quanto tempo o coronavírus sobrevive fora do organismo?

Os vírus não sobrevivem longos períodos fora de uma célula em função da impossibilidade deles se replicarem, já que não têm DNA e RNA (têm um ou outro, não os dois), explica a professora Rosane. Mas eles podem sim resistir por algum tempo fora da célula. Isso varia de vírus para vírus. Outra característica é que os coronavírus possuem uma camada externa chamada de “envelope”, o que normalmente os torna mais suscetíveis ao uso de sabão. Por isso é que se enfatiza muito a higienização das mãos e das superfícies com muita água e sabão. Quando isso não é possível, álcool 70%!

 

O que o coronavírus faz no sistema respiratório?

De acordo com a OMS, o coronavírus da Covid-19 causa infecções no sistema respiratório que podem gerar sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, mas, nas pessoas dos grupos de risco, o quadro pode evoluir para infecções pulmonares.

Quais as consequências para os infectados fora do grupo de risco?

Em geral as pessoas infectadas têm sintomas muito brandos, semelhantes aos de um resfriado comum. Mas, segundo a OMS, cerca de 20% dos pacientes precisam de algum tipo de atendimento médico em função da doença. E os casos graves demandam internação.

É possível pegar o coronavírus mais de uma vez?

Ainda não há pesquisas conclusivas sobre isso.

Que medicamentos posso tomar se estiver com o coronavírus?

Segundo o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. É indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo: uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos), uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse. Apesar da OMS ter retirado a restrição de uso de medicamentos à base de ibuprofeno, por ainda não haver dados que comprovem seus efeitos negativos no tratamento, o Ministério da Saúde, por precaução, recomenda sua substituição por outros analgésicos. Lembrando que é importante a recomendação médica para o uso de qualquer medicamento.

Qual o período de incubação do coronavírus?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define “incubação” como o período entre “pegar” o vírus e o início dos sintomas. As estimativas indicam que esse período varia de 1 a 14 dias, sendo mais comum que os sintomas se manifestem por volta do quinto dia após o contágio. Os sintomas que devem chamar a atenção são: febre, cansaço, tosse seca e dor de garganta. Falta de ar, dores no corpo e diarreia também podem ocorrer.

Por quanto tempo a pessoa infectada pode transmitir o coronavírus?

A transmissibilidade dos pacientes infectados é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

Animais podem contrair ou transmitir o vírus?

Segundo a OMS, até o momento não há evidências de que um cão, gato ou qualquer animal de estimação possa transmitir a Covid-19. No atual período de crise, é importante manter o cuidado regular com os animais. O abandono nunca é uma opção.

Prevenção

A higienização das mãos só pode ser feita com álcool em gel a 70%? E o álcool 90 ou 60? Excesso de álcool em gel pode fazer mal?

O Ministério da Saúde recomenda que a higienização das mãos seja feita de duas maneiras: lavando muito bem as mãos com água e sabão ou sabonete comum, ou com o uso de álcool gel a 70% INPM. Segundo nota oficial do Conselho Federal de Química (CFQ), o álcool com a concentração de 70% é o mais eficaz contra microorganismos como o coronavírus. Segundo o CFQ, quando as soluções têm concentrações maiores de álcool, como 90%, a evaporação ocorre muito rápido e isso diminui o tempo de contato da substância com o vírus, diminuindo a eficácia. Porém, caso o álcool 70% não esteja disponível, o CFQ informa que graduações um pouco menores ou um pouco maiores, como 60% ou 80%,também são eficazes, embora não sejam as melhores opções.

O CFQ também alerta para a importância de que a higienização das mãos seja feita com produtos adequados para esse fim, ou seja, identificados como gel antisséptico e devidamente registrados pelos órgãos de controle. Os produtos de limpeza com álcool devem ser restritos à limpeza da casa. Porém, mesmo os produtos específicos para as mãos podem provocar irritações de pele quando utilizados em excesso. A cartilha de higienização das mãos voltada a profissionais de saúde publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) relata que o problema mais comum é o ressecamento da pele e recomenda o uso associado com hidratantes específicos para as mãos.

É melhor usar álcool em gel ou lavar as mãos?

O Ministério da Saúde orienta a lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos (lembre-se de lavar todas as partes das mãos: palmas, dorso, dedos e ponta dos dedos/unhas). Se não houver água e sabonete à disposição, deve-se usar álcool gel conforme as recomendações anteriores.

Há como fazer álcool gel em casa, considerando a dificuldade de encontrá-lo?

Estão circulando receitas sobre como fazer álcool gel em casa, inclusive utilizando gelatina sem sabor. Essas informações são falsas, pois não há como fazer álcool gel em casa - além de ser perigoso manipular ingredientes inflamáveis em casa. De acordo com a nota oficial do Conselho Federal de Química (CFQ), isso inclusive contraria a legislação brasileira.

Esta notícia da agência de checagem Aos Fatos tem várias informações sobre por que não se deve tentar fazer álcool gel em casa: além de perigoso, o produto é ineficaz.

Considerando a dificuldade de disponibilidade do produto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou temporariamente que farmácias de manipulação possam produzir e vender o material.

Devo utilizar uma máscara quando sair na rua?

A recomendação atual do Ministério da Saúde é de que todas as pessoas utilizem máscaras - mesmo se não apresentarem sintomas. Porém, as máscaras cirúrgicas e N95 devem ser priorizadas para os profissionais de saúde, pessoas contaminadas e pessoas que estão cuidando de pessoas contaminadas. As demais devem utilizar máscaras caseiras. Veja no vídeo abaixo as orientações dos alunos e professores do curso de Enfermagem do Câmpus Florianópolis sobre a utilização de máscaras.

 

Usar álcool líquido tem o mesmo efeito do álcool em gel?

O mais recomendado para uso nas mãos é o gel antisséptico, pois ele é produzido para este fim. O álcool líquido é um produto de limpeza doméstica, de acordo com o CFQ, portanto tem efeito desinfetante e não antisséptico. Se usado diretamente na pele, tem maior possibilidade de causar irritação ou ressecamento.

Vitamina C protege contra o coronavírus?

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus. Isso inclui a vitamina C.

Mulheres podem continuar amamentando se apresentarem sintomas do coronavírus?

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu nota indicando que sim, as mães que apresentarem sintomas de coronavírus, que estejam com suspeita ou mesmo tenham testado positivo para a doença podem continuar amamentando seus bebês, caso se sintam à vontade para isso. O argumento segue a linha da recomendação dada também pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef): os benefícios do leite materno superam os riscos de transmissão. Com base em pesquisas científicas, a SBP sugere que as mães nessas condições mantenham acompanhamento médico e, antes da amamentação, lavem bem as mãos para segurar o bebê. Além disso, também é recomendável utilizar máscara facial durante a mamada e nos demais contatos com a criança. Caso a opção seja por não amamentar, a mãe pode extrair o leite, e outra pessoa pode oferecê-lo ao bebê fazendo uso das técnicas corretas.

Sintomas e atendimento médico

Como identificar os sintomas da Covid-19?

Os sinais e sintomas da infecção por coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. Os principais sintomas conhecidos até o momento são: febre, dores de cabeça, tosse, irritação na garganta e dificuldade para respirar.

O que fazer em caso de sintomas leves? Ficar em casa ou ir no hospital? Que remédios tomar?

A recomendação da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina é que, caso a pessoa tenha febre, tosse e falta de ar, deve procurar atendimento médico, telefonando para o posto de saúde, Unidade de Pronto-Atendimento ou pronto-socorro mais próximo. Em caso de dúvida sobre o melhor contato da sua região, o Disque-Saúde do Ministério da Saúde, número 136, pode ajudar. Ligando com antecedência, o paciente será encaminhado ao centro de saúde correto, agilizando o atendimento e evitando tanto sua exposição quanto a exposição de outras pessoas. Caso os sintomas sejam leves, como os de um resfriado comum, o recomendado é ficar em casa, em isolamento preventivo. Isso porque o coronavírus pode causar sintomas muito leves em algumas pessoas, enquanto leva outras a quadros respiratórios graves. Na dúvida, é melhor evitar o contato mesmo que os sintomas sejam de um resfriado leve, sendo Covid-19 ou não. É indicado repouso, consumo de bastante água e líquidos e medicamentos para alívio da febre e dores no corpo, quando houver. Sempre é bom conversar com um médico antes de tomar qualquer medicamento.

 

Como posso descobrir que estou com o vírus se eu for assintomático?

Pessoas assintomáticas, como o nome diz, não manifestam sintomas ou então sentem sinais muito leves. Por isso é que o distanciamento social é importante para evitar a propagação do vírus. Assim como é crucial que as pessoas em grupo de risco, como idosos, imunossuprimidos, transplantados, diabéticos e doentes cardíacos, entre outros, sejam protegidos da doença e não tenham contato com pessoas mais jovens ou crianças, que potencialmente não têm sintomas ou têm sintomas muito leves. O Governo do Estado de Santa Catarina anunciou a compra de testes rápidos para detecção do coronavírus em pacientes assintomáticos, mas estes serão utilizados apenas em profissionais da saúde e da segurança pública, para evitar a chamada “transmissão silenciosa”.

Pessoas alérgicas, como as que têm rinite, geralmente têm congestão nasal e espirros, que também são sintomas de resfriado. Como diferenciar esse quadro de uma suspeita de Covid-19?

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) emitiu nota de esclarecimento que diz que as pessoas que tenham alergias respiratórias, como rinite, e que estejam com seus sintomas controlados, têm o mesmo risco de se infectar pelo coronavírus quanto as outras pessoas. Mas é importante prestar atenção: os sintomas da rinite em geral não incluem febre e tosse, ambos sinais de alerta para quadros gripais ou para a Covid-19. A alergia em si não representa risco de maior gravidade. No entanto, os pacientes que utilizem imunossupressores são grupo de risco. Os pacientes com asma também precisam ter cuidados especiais, e para eles a Asbai emitiu uma nota específica. O Ministério da Saúde também elaborou um quadro comparando os sintomas típicos de cada infecção: coronavírus, resfriado e gripe.

Isolamento, quarentena e distanciamento social

 

São coisas diferentes! Veja o vídeo que fizemos explicando, e não esqueça: por enquanto, fique em casa. É para o bem de todos!

 

Neste notícia do canal NSC Total também são explicados outros termos que estão sendo muito usados no momento.

Situação do coronavírus hoje

 

Onde é possível consultar quais cidades têm casos confirmados?

Consulte sempre as fontes oficiais. No site da Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina estão sendo atualizados os casos em Santa Catarina. No site do Ministério da Saúde pode ser acompanhada a situação no Brasil e no site da OMS a situação no mundo.

O NSC Total também montou um painel para acompanhar os casos no Estado.

Fontes de informação confiável

 

Hoje todos estão expostos a uma quantidade muito grande de informações vindas desde fontes oficiais e confiáveis, como as instituições científicas, os órgãos governamentais e o jornalismo profissional, mas vindas também de fontes duvidosas. Como evitar a desinformação?

Nossa sugestão é que você esteja sempre atento à origem da informação que recebe. Se for uma fonte da mídia profissional, verifique se é uma instituição jornalística idônea e se, no texto, há referência a fontes oficiais. Confira a data do material - tem muita gente que, até por distração ou ingenuidade, compartilha materiais antigos e isso contribui para a desinformação.

Veja neste post que fizemos outras dicas.

Não deixe também de usufruir das potencialidades que a internet nos oferece hoje, permitindo acesso direto a canais oficiais de comunicação, como os órgãos de saúde internacionais e nacionais, do nosso estado ou do seu município. É neles que os dados oficiais e informações fidedignas estão disponíveis.

Nossas sugestões como fontes idôneas de informação:

Organização Mundial de Saúde (site em inglês)

https://www.who.int

Ministério da Saúde

https://coronavirus.saude.gov.br/

O Ministério da Saúde, inclusive, lançou um aplicativo específico com informações do coronavírus que pode ser baixado gratuitamente para iOs e Android.

Secretaria de Estado da Saúde de SC

http://www.saude.sc.gov.br/coronavirus/

Prefeituras

As prefeituras estão disponibilizando números e orientações específicas para dúvidas sobre o coronavírus. Acesse o site da prefeitura da sua cidade e veja as informações.

Instituições de educação e de ciência

As instituições de ensino - como a gente, a UFSC, a Udesc - e de ciência - como a SBPC e a Fiocruz - também são fontes confiáveis.

Na dúvida sobre a veracidade da informação, não compartilhe.

Se tiver outras dúvidas, mande para blog@ifsc.edu.br. Este post poderá ser atualizado mais pra frente.

Materiais bacanas

 

Sabemos que o que não faltam são materiais circulando pela internet sobre o coronavírus - alguns muito bons e outros nem tanto. Não vamos nem considerar as informações falsas que circulam nos grupos de Whatsapp - essas não merecem o download.

É tanta informação falsa circulando que, muitas vezes, a gente não sabe nem em quem acreditar.

Separamos então alguns materiais confiáveis com informações sobre o coronavírus e orientações para se prevenir e sobre o que fazer caso apresente sintomas.

Podcast Ciência para seus ouvidos

O primeiro programa do Ciência para seus ouvidos, o novo podcast do IFSC, foi só sobre coronavírus.

UFSC

Nossa “prima” UFSC está produzindo muito material bem legal sobre o tema, e aqui a gente indica alguns:

- UFSC Explica: Pandemias

- Professor da UFSC especialista em pandemias indica medidas de proteção para a ida ao mercado

- TV UFSC: Perguntas e respostas sobre o Coronavírus

- Biblioteca da UFSC: Especial Covid-19

Organização Pan-Americana da Saúde

Nesta página há um compilado de todas as principais informações já divulgadas até o momento. As informações são atualizadas diariamente.

Observatório da SBPC sobre o coronavírus

A SBPC disponibilizou um Observatório com links para as principais fontes de informação sobre o novo coronavírus, publicações científicas e técnicas e notícias.

Há também uma playlist no Youtube com vídeos instrutivos sobre o assunto.

Muitos portais de notícias estão disponibilizando o acesso gratuitamente às notícias sobre a pandemia, o que é uma iniciativa muito importante para garantir a democratização da informação neste momento crítico. Aqui a gente recomenda alguns links:

- 115 dúvidas respondidas por especialistas

- Folha responde perguntas sobre coronavírus

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