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IFSC e Alesc firmam convênio para uso de carro elétrico

INOVAÇÃO Data de Publicação: 15 dez 2021 10:39 Data de Atualização: 15 ago 2022 10:30

O hall da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) foi o local escolhido para a assinatura do convênio firmado entre o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), através da atuação do Câmpus Florianópolis, e a Câmara de deputados estaduais. O documento estabelece a concessão temporária (empréstimo) do veículo elétrico Zoe, para proporcionar que a frota do Poder público migre para o uso de carros elétricos. O primeiro ato para cumprimento dessa cooperação técnica já havia ocorrido com a instalação de um eletroposto no pátio da Alesc. “Nossa iniciativa visa a inserção de veículos elétricos no setor público, disseminar o uso desses veículos, além de gerar tecnologia para o estado de Santa Catarina”, destaca o coordenador do projeto do IFSC ConverTE, Adriano Bresolin. A iniciativa busca ainda obter um levantamento do perfil do usuário da frota pública.

Bresolin classifica a parceria como fundamental para levar à população a urgência do uso dos veículos elétricos. “O carro elétrico tem 90% de eficiência, enquanto o carro convencional tem 20%”, revela. Segundo ele, a expectativa é que o apoio da Alesc oportunize investimentos dos governos estadual e federal para que empresas, startups e instituições públicas como IFSC, possam alavancar o uso da energia e trazer a tecnologia para o cidadão catarinense.

Iniciativa

Para contribuir de forma eficiente com a diminuição da poluição sonora, e da emissão de carbono e com o uso racional de energia elétrica, além de estudar e propor uma redação de legislação sobre o tema, o projeto "ConVerTE", prevê a conversão (para elétrico) de quatro veículos que a principio serão do modelo KWID e/ou CAPTUR (Renault) a gasolina/flex, mas que poderão ser alterados se for entendimento técnico da pesquisa. Ou seja, dois veículos para conversão com tecnologia nacional e dois com tecnologia importada (com duas baterias de tamanhos diferentes). Um quinto veículo será convertido para utilização do IFSC com testes de um novo câmbio desenvolvido pelo IFSC, denominado de CTT (Continuous Transition Transmission). O projeto prevê também a compra de um veículo elétrico de linha (Renault- ZOE) para utilização, levantamento de dados e comparação com os veículos convertidos.

Este veículo deverá ser compartilhado (uso) com os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) com o intuito de contribuir para a disseminação da cultura dos veículos elétricos no Brasil (benefícios e desafios), mais especificamente junto aos poderes públicos constituídos (que são responsáveis pela formulação das legislações de utilização e regulamentação do uso de veículos). O projeto tem execução prevista de 36 meses.

Para o diretor do Câmpus Florianópolis, Zízimo Moreira Filho, o poder público é uma instituição que tem por objetivo evoluir tecnologicamente em todos os sentidos. “Considerando que o IFSC é uma instituição que desenvolve tecnologias, e que está nessa vanguarda e no pioneirismo dentro da Educação Técnica e Tecnológica na nossa região, nós temos hoje tecnologia de ponta, e que estão sendo estudadas e aprimoradas de tal maneira que possam ser aplicadas pelo Poder Público”, afirma ele. Zízimo ressalta que o IFSC desenvolve uma tecnologia de conversão de veículos à combustão para veículos elétricos, em que poderão ser utilizadas nas diversas ações em que o Poder Público possa estar fazendo uso conforme sua função, como segurança pública, infraestrutura, e as demais. Ele destaca ainda que a utilização do carro elétrico contribuirá para a diminuição de Carbono, além de possibilitar uma utilização e conservação mais racional e consciente da energia elétrica. 

Ao comentar o convênio, o presidente da Alesc, Mauro de Nadal, contou que em um primeiro momento imaginava que “seria algo de Europa e Estados Unidos”. Ele conta que “há algum tempo” o seu gabinete recebeu uma indústria automobilística renomada mostrando um projeto na mesma linha. “E, na minha concepção, seria algo ainda em fase de primeiros passos no Brasil. Não deu 20 dias recebemos o IFSC apresentando todo esse trabalho, demonstrando a viabilidade de ter algo para experimento”, disse Mauro.

O reitor do IFSC, Maurício Gariba Júnior, agradeceu pelo fato da Alesc acreditar no IFSC. “A parceria surgiu de um projeto audacioso que envolve professores e alunos do Câmpus Florianópolis da instituição de ensino. Quero agradecer esse reconhecimento por parte da Casa do Povo e dizer da satisfação de estarmos assinando esse convênio”, comentou.

Eletropostos

O projeto, que tem previsão de conclusão para daqui a três anos, também prevê a instalação de sete eletropostos, sendo quatro no Câmpus Florianópolis do IFSC, onde dois deles já foram instalados, um dentro de um laboratório e outro no pátio interno do estacionamento. Os outros três ficarão em órgãos públicos da Capital, sendo um no Poder Judiciário, outro no Poder Executivo e outro no Poder Legislativo.

O projeto tem também a parceria da Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (FEESC), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e Celesc. A Celesc está investindo R$ 5,4 milhões na iniciativa. A ação tem contrapartida de cerca de R$ 1 milhão da Embrapii e de R$ 330 mil do Polo de Inovação em Sistemas Inteligentes de Energia do Instituto Federal de Santa Catarina (PE-IFSC).

Demais objetivos

Contribuir para redução dos custos das entidades públicas (poder público) com transporte de seus funcionários e mercadorias por meio da mudança gradativa da frota à combustão por veículos elétricos (inserção), com a consequente economia de recursos públicos; incentivar o debate público sobre a mobilidade elétrica e o fomento de legislação de apoio de incentivos aos veículos elétricos; e contribuir para redução dos impactos ambientais produzidos pelos veículos à combustão da frota pública referentes à emissão de CO2 e demais gases de efeito estufa (GEE) são metas específicas do ConVerTE. 

Como o projeto é proposto por uma instituição de ensino não poderiam faltar objetivos educacionais e sociais, como: fomentar parcerias entre os poderes públicos (Executivo, Legislativo e Judiciário, concessionárias de energia elétrica, etc.) e as entidades de pesquisa como o IFSC visando a disseminação e popularização da mobilidade elétrica no País; fortalecer os cursos de eletrotécnica e automobilística do IFSC com a criação de um curso de pós-graduação em Mobilidade Elétrica; equipar o laboratório de Mobilidade Elétrica do IFSC (Co-Working já existente) com novos equipamentos de teste específicos para veículos elétricos e híbridos; além de propiciar à comunidade empresarial (montadoras, concessionárias e oficinas) a formação de mão de obra qualificada na área de mobilidade elétrica através de cursos de técnicos de curta duração FIC (Formação Inicial e Continuada).

Ou seja, o projeto tem diversos objetivos específicos, dentre eles cabe enfatizar além do objetivo principal de Pesquisa e Desenvolvimento, o apoio e fortalecimento ao Ensino e Extensão através de investimentos em novos laboratórios, criação de um curso de pós- graduação na área de mobilidade elétrica, inserção de bolsas para discentes tanto do técnico, graduação e mestrado, bolsas de auxílio aos pesquisadores (docentes) e técnicos administrativos do IFSC, a formalização de parcerias com entidades públicas e privadas para a viabilização e operacionalização do projeto, e a inserção dos veículos convertidos nas frotas públicas para utilização das entidades parceiras, sendo este último item a concretização do fortalecimento da Extensão prevista no projeto. 

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