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Pesquisa em Radiologia desenvolve material 40 vezes mais barato para simuladores de ossos e tecidos

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS Data de Publicação: 12 ago 2020 18:24 Data de Atualização: 13 ago 2020 09:28

Em sua tese de doutorado, o professor Matheus Savi, do curso de Radiologia, está utilizando filamentos desenvolvidos no Câmpus Florianópolis para imprimir um simulador de cabeça e pescoço para testes e aprendizagem na área. “A ideia era criar um material acessível às instituições de ensino em Radiologia em todo o país”, explica Savi.

Doutorando em Tecnologia Nuclear, na parte de ensino do Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (IPEN) na Universidade de São Paulo (USP), Matheus usou como base o simulador de cabeça e pescoço disponível no Câmpus Florianópolis. O simulador é uma peça que imita o corpo humano e é utilizado para que os estudantes possam treinar os usos da radiação sem expor uma pessoa. O modelo comprado pelo IFSC custou, na época, com o dólar mais baixo, cerca de R$ 30 mil reais. Hoje, seriam cerca de R$ 85 mil. Com a tecnologia pesquisada por Savi, um simulador feito em impressora 3D ficaria em torno de R$ 5 mil. “Se considerarmos apenas o material, o valor do quilo caiu de R$ 10 mil para R$250, quarenta vezes menos”, destaca o professor.

A ideia surgiu em 2018, depois que Savi e alunos participaram do Desafio IFSC de Ideia Inovadoras, onde foram classificados com a Printing Life 3D. Tratava-se da impressão em 3D de estruturas ósseas. Essas impressões podem ser utilizadas por profissionais da saúde para análises cirúrgicas e também para o ensino, e são feitas a partir de imagens de tomografia. Na época, Savi percebeu a necessidade de criar filamentos que retratassem as diferentes densidades dos tecidos do corpo humano. “O material já existia, mas não para a tecnologia de impressão 3D FFF, a mais conhecida e mais acessível”, conta.

Em colaboração com um Grupo de Pesquisa de professores de Química, Savi foi testando filamentos de diferentes composições, até a fórmula atual, considerada ideal por ele – uma mistura de sulfato de bário, carbonato de cálcio e uma base de polímero ABS. Daí, foi testar combinações para chegar nas diferentes densidades. Hoje, segundo o pesquisador, são quatro tipos de filamentos e, com eles, é possível simular qualquer órgão ou tecido do corpo.

Em junho de 2019, o material foi patenteado. Savi acredita que, havendo recursos, os simuladores possam estar disponíveis aos alunos do Câmpus Florianópolis já em 2021, mesmo ano em que ele deve terminar o doutorado.

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