Egressa conta como foi formar-se na primeira turma de Engenharia Civil

ENSINO Data de Publicação: 27 fev 2023 16:20 Data de Atualização: 27 fev 2023 20:40

A engenheira civil Luara Giese Garcez é uma das egressas da primeira turma do curso de Engenharia Civil do Câmpus São Carlos. Na solenidade de formatura, realizada dia 11 de fevereiro, no Salão Paroquial São Carlos Borromeu, ela foi surpreendida ao receber o diploma: foi a ganhadora do Troféu Mérito Estudantil, entregue por um representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SC). “Eu não esperava receber esse troféu. Eu tive colegas com muito potencial, que poderiam ter recebido também”, conta.

Luara é natural de Ijuí, no Rio Grande do Sul. Aos cinco anos de idade mudou-se com a mãe para São Miguel do Oeste, Santa Catarina. Ela conta que sempre foi boa aluna e tirava boas notas, especialmente em Matemática e Física. Desde criança pensava em cursar Engenharia Civil, e ficou em dúvida com a possibilidade de se formar em Arquitetura.

Em 2016, quando estava concluindo o Ensino Médio em escola pública, pensava em prestar o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e tentar uma vaga com bolsa na Unoesc. Porém, quando a mãe foi se inscrever para um curso no Câmpus São Miguel do Oeste do IFSC, ficou sabendo que São Carlos também ofertava esse curso. Assim, Luara se inscreveu nas cotas para estudante de escola pública, porém não conseguiu a vaga. Com a desistência de alguns candidatos, passou para a lista da Ampla Concorrência, ficando com a última vaga. Ao ingressar no curso, mudou-se para São Carlos e alguns meses depois, a mãe mudou-se também. 

Segundo a egressa, os cinco anos de curso foram muito gratificantes. “Eu vim para cá e conheci muitas pessoas novas. O IFSC tem pessoas de diversos lugares, de muitas culturas”, conta. Para ela, uma das maiores dificuldades foi o fato de ser da primeira turma, pois alguns processos ainda estavam sendo organizados. A pandemia também dificultou os estudos, com aulas on-line e acúmulo de disciplinas e artigos nas fases finais. “Com as aulas on-line ficava mais difícil se concentrar e algumas aulas práticas foram teóricas”, explica.

A primeira turma teve 12 formandos, sendo 10 na solenidade de formatura e outros dois em gabinete. A maioria oriundos de escola pública, os formandos têm idade entre 23 a 40 anos, sendo que três já estavam na segunda graduação. 

Luara explica que houve desistências durante o curso por diversos motivos: a dificuldade de colegas com as matérias de Cálculo já no primeiro semestre foi uma delas. “Eu nunca reprovei em cálculo, mas muitos alunos reprovaram e alguns desistiram. Deveria ter a disciplina de pré-cálculo”, afirma. Outros fatores foram a pandemia e também o fato de que muitos estudantes, que ingressaram pelo Enem, inscreveram-se no IFSC de São Carlos pensando ser a cidade paulista de São Carlos, onde há um curso de Engenharia Civil ofertado pela Universidade de São Paulo (USP).

Experiência na Extensão e estágio

Durante o curso, Luara participou de dois projetos de Extensão e fez o curso Protagonismo Discente. Também fez estágio em um escritório de Arquitetura, o que a ajudou a ter mais experiência para seu futuro profissional.

Agora, está em busca de uma colocação no mercado de trabalho. Está buscando oportunidades em São Carlos, onde reside, mas não descarta a possibilidade de trabalhar em outros locais.

Saiba mais sobre o curso de Engenharia Civil no Câmpus São Carlos no Guia de Cursos do IFSC.

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