ENSINO Data de Publicação: 26 set 2025 11:50 Data de Atualização: 07 nov 2025 10:32
A estudante Cecília Hoerbe Pippi completou 18 anos, no final do mês de agosto, e uma semana depois embarcou para uma das maiores aventuras de sua vida: morar e estudar três meses na Alemanha. A proeza foi conquistada após a estudante do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, do Câmpus Chapecó, participar do edital do Propicie, o Programa de Intercâmbio do IFSC.
Cecília embarcou na primeira semana de setembro e fica até dezembro. Está morando na cidade de Neubrandenburg, nordeste da Alemanha, que tem 60 mil habitantes. Ela mora em um dormitório da universidade, que fica a cerca de três minutos a pé da universidade. “Atualmente são quatro meninas e quatro meninos morando também no prédio/dormitório, compartilhamos a cozinha e tem um banheiro para cada duas pessoas”, conta ela.
Cecília participa de um projeto de pesquisa na “Hochschule Neubrandenburg”, uma Universidade de Ciências Aplicadas (Fachhochschule) focada em áreas como Engenharia, Ciência Agrícola e outros campos práticos. “No momento estou captando sinais de sensores em um microcontrolador, que futuramente servirá para monitoramento de frequência de vibrações de um máquina/robô da faculdade”, afirma.
No dia a dia, Cecília conta que sai do dormitório de manhã para desenvolver o projeto em um dos laboratórios, almoça na cantina da escola, onde servem opções veganas/vegetarianas, buffet de salada, sobremesas, bebidas e duas opções de cardápio regular, o que custa em torno de cinco euros.
“Após o almoço continuo focada no projeto até umas 15h, quando volto pra casa. Depois disso, passeio na cidade, vou ao mercado ou faço alguma outra atividade com meus amigos. E as outras refeições além do almoço eu mesma preparo”, relata.
Entre as principais vantagens e surpresas positivas do intercâmbio está o contato com outras culturas. “A universidade tem mais de 130 estudantes internacionais, então são organizados semanalmente festas, churrascos e passeios para os alunos internacionais. O escritório internacional daqui é bem preparado para receber alunos de outros países. Já fiz amizades da Jordânia, Colombia, México, Ucrânia etc.”, conta a estudante do IFSC.
Entre as surpresas que teve ao chegar no país estão o idioma. “No começo me falaram que ia ser tranquilo falar inglês com o povo alemão, que muita gente iria saber. Mas aqui na cidade, e até professores na universidade, não sabem falar inglês, então tenho que pedir comida, pagar as compras do mercado, pedir informações tudo em alemão”, conta ela, que já estudava o idioma antes do intercâmbio. Para reforçar, começou também um curso gratuito de Alemão que é oferecido pela própria universidade em vários níveis.