Ministro dos Direitos Humanos afirma que experiência com educação de surdos deve ser ampliada para todo Brasil

CÂMPUS PALHOÇA BILÍNGUE Data de Publicação: 02 ago 2023 10:30 Data de Atualização: 11 ago 2023 19:52

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e a Secretária Nacional da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, permaneceram nesta terça-feira (1º) no Câmpus Palhoça Bilíngue do IFSC para conhecer a única escola de educação profissional da América Latina na modalidade Português-Libras. Eles foram recebidos pelo reitor do IFSC, Maurício Gariba Júnior, e pela diretora-geral do câmpus, Eliana Bar, além de alunos e servidores. Na oportunidade, também esteve presente a reitora do Instituto Federal Catarinense (IFC), Sônia Regina de Souza Fernandes, que apresentou uma experiência do Câmpus Camboriú com o Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guia. ​​​​​

O ministro reconheceu a importância do pioneirismo do Câmpus Palhoça Bilíngue e afirmou que é obrigação do governo olhar para experiências sociais que já funcionam e que merecem ser ampliadas: "Aqui temos uma experiência que tem sido muito aplaudida pelos alunos e pela comunidade geral e acho que é nosso dever levar essas experiências, essas tecnologias, essas formas de sociabilidade que se constituem aqui e as replicam em nível nacional. É um exemplo para construir políticas públicas. Trabalhamos para que o Ministério dos Direitos Humanos seja uma caixa de ressonância nacional dessas interações sociais." O governo federal prevê lançar em setembro o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência “Viver sem Limite 2”. 

O reitor Maurício Gariba Júnior reforçou a importância desse diálogo e da atuação conjunta no momento atual de expansão da rede federal, "mostrando o quanto os institutos federais são inclusivos", mas destacou a necessidade de mais recursos para ampliar o acesso das pessoas surdas à educação profissional.​​​​​

O desafio da mobilidade

Foi nesse sentido que a diretora do câmpus, Eliana Bar, reivindicou junto ao Ministério a construção de políticas públicas para que as famílias possam se mudar de suas cidades de origem para centros que oferecem a educação bilíngue. "Esse é o maior desafio hoje. Temos uma comunidade linguística espalhada pelo país e defendemos a necessidade destas famílias terem condições de se deslocar para que estes jovens tenham acesso à educação bilíngue", afirmou.

O Câmpus Palhoça Bilíngue recebe estudantes de todo Brasil, como os estudantes Eduardo Chiesa Rodrigues e Yago Bento Romero Dutra, que vieram do Rio Grande do Sul para estudar em Palhoça e deram seus depoimentos para o ministro. "Conheço muitos outros surdos que gostariam de estar aqui, mas as famílias não têm condições de se mudar para cá. Peço que olhe para essas pessoas", reivindicou Eduardo.

O ministro reafirmou o compromisso em quebrar as barreiras para que todos tenham acesso à educação e a garantia de uma vida plena.

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